A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

UM LIVRO POLÊMICO



UM LIVRO POLÊMICO
Creio que a intenção do autor Gregory Clark no seu livro “Um Adeus Às Esmolas” tenha sido fazer um resumo da Historia econômica da humanidade desde que o homem se conheceu como tal até os dias de hoje,quando os povos deixaram de ser agricultores e criadores e passaram a se sedentarizar e ,entrando na era da tecnologia,encontrar tudo pronto e disponível,sem fazer muita força.
Porém, o livro está sendo entendido como racista,pois,quer provar que determinadas raças são mais bem sucedidas que outras,devido ,principalmente à herança genética, dos seus antepassados.
Segundo ele,os ingleses,notórios opressores e colonizadores cruéis no meu entender,conseguiram através da paciência,trabalho e educação,
um estágio econômico e cultural superior ao dos demais povos,devido aos valores que lhes foram legados pelos seus ancestrais.Daí nasceu a Revolução Industrial que lançou os alicerces da sociedade moderna:baixas taxas de juros,aumento da educação,da vida cultural e do bem-estar coletivo(wellfare).
Segundo esta teoria as sociedades que não tiveram os mesmos benéficos genes seriam incapazes de gerar riquezas, inovar ou desenvolver-se intelectualmente.
Max Weber enfatiza que a ética protestante da valorização do trabalho e da riqueza está na base do êxito de países como a Alemanha e a Inglaterra.
A mão de obra indolente e pouco produtiva tão presente na Índia e nos países colonizados, o Brasil entre eles,é o resultado desses genes que não sofreram a pressão darwinista que os levariam ao progresso e ao desenvolvimento.A pobreza permanente é o resultado mais provável.
Se essa tese for encampada pelos países desenvolvidos toda a ajuda ao Terceiro Mundo será revista com prejuízos tremendos para esses povos.
Ajuda como vacinas,dinheiro,tecnologia só trarão um resultado segundo a tese do autor:aumento demográfico e salários cada vez mais baixos;o círculo vicioso da miséria e da ignorância continuará.
Sem trabalho, perseverança e paciência esses povos jamais sairão da pobreza e nunca alcançarão o nível de desenvolvimento desejado.
Esta é uma visão real ou será apenas a visão do branco imperialista e opressor?
Os economistas acreditam que para um país crescer e se desenvolver basta dar incentivos às pessoas.
O autor quer provar que não.
Segundo ele,chineses , italianos e judeus durante o sec.XVIII foram exportados para o mundo;a maioria cresceu e enriqueceu nos lugares que escolheram para viver.Muitos optaram pela industria e pelo comercio e foram muito melhor sucedidos que os naturais da terra.Haveria algo no DNA destas populações que as tornaria mais aptas ao sucesso econômico.
Nos Estados Unidos e no Brasil,ainda segundo o autor,tenta-se descobrir porque os negros continuam pobres,enquanto os também discriminados judeus atingiram um elevado patamar econômico.
Coisas muito ruins foram feitas no passado em nome da genética;por isso esse livro torna-se perigoso em mãos erradas.
Mas,não deixa de estar relativamente certo.Nosso povo é indolente,adora receber esmolas que os governantes adoram dar.Nenhuma política é feita para ensinar a pescar;todos querem dar o peixe,que rende votos.
“Se eu compro na feira feijão,rapadura,prá que trabaiá?” Diz a música,que retrata tão bem esta situação.
A importância maior do livro é não se contentar com as explicações corriqueiras para o sucesso das nações.Como não é um geneticista não se pode atribuir certezas a tudo que ele prega.Mesmo porque é,no mínimo,perigoso ,sintetizar todo um povo.
O livro,”Um Adeus às Esmolas”,ainda não foi traduzido para o português,mas,pode ser lida na versão portuguesa,feita pela Livraria Bizâncio,de Lisboa.

3 comentários:

Clarissa disse...

O livro que refere é uma obra brilhante, e a genética está longe de ser a sua tese. A grande tese do livro é a mobilidade social e "burguesização" prematura da sociedade inglesa, que levaram à revolução industrial.
Mas é claro que para todo o comportamento humano só dois aspectos mensuráveis contribuem: o gene e o meio. O que se passa é que estes pretensos "escândalos" são inventados pelo politicamente correcto, como se a ciência não pudesse pensar senão dentro dos canônes de cada época.


A entrada na wikipedia http://en.wikipedia.org/wiki/Gregory_Clark_(economist) dá acesso ao site do autor e a críticas nos jornais que valem a pena.


P. S. O livro,”Um Adeus às Esmolas”,ainda não foi traduzido para o português,mas,pode ser lida na versão portuguesa,feita pela Livraria Bizâncio,de Lisboa."

Penso que quererá dizer "ainda não foi traduzido no Brasil".

Miriam de Sales disse...

Realmente Clarissa,me referi ao português do rasil;n/questionei o brilhantismo do livro e,sim,a incompreensão que ocorreu em torno dele ,apontando-o como um livro racista.Concordo que o "espírito protestante" com a sua ordem,precisão e a política do trabalho tenha influido na ascenção das grandes civilizações.
Grata pelo comentário.

Clarissa disse...

O gene não é racista, para nenhum dos lados. A evolução humana divergiu e diverge por razões adaptativas em meios diferentes.
A evolução dos europeus em grande parte deve-se ao crescimento populacional e à excassez de recursos do continente europeu.
Depois há coisas óbvias que ninguém quer ver. Os países mais desenvolvidos estão em climas mais frios ou temperados...