A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O Quinto Império: universalismo e multiculturalismo

O conceito de Quinto Império não radica o seu significado naquilo que simboliza a palavra latina “imperium”, tida como símbolo da capacidade militar de impôr uma determinada vontade a um conjunto alargado de povos. Essa é a visão tardo-romana do destino de Roma, mas não é a do fundador do Império, Octavio/Augusto nem é a visão sobre a qual assenta a ideia de um “Quinto Império”.

Porquê, “Quinto”? Se haverá um Quinto Império, quais foram os quatro precedentes? Existem diversas listas, divergindo todas elas num ou noutro ponto. Uma das listas mais comuns seria esta: Assíria, Babilónia, Roma e Macedónia. Sendo judaica a primeira referência aos Quatro Impérios, a lista pressupõe naturalmente a aparição de um quinto, que seria judaico, naturalmente, e de âmbito universal. E foi precisamente aqui que se encontrava a semente para a sua não concretização. É que o conceito de “império universal” só é compatível com a noção de universalismo e multiculturalismo que os judeus - devido às suas constantes guerras de sobrevivência - não puderam conceber, sendo ainda hoje uma das culturas mais autocentradas e intolerantes que se conhece. Não é concebível a existência de um império universal sem a existência de uma regra de tolerância e multiculturalismo, um vez que nenhum Estado ou Nação é capaz de reunir forças militares ou económicas suficientes e por tempo suficiente para suster um império universal. Foi esse o erro da maioria dos fundadores de impérios do passado, desde Roma a Átila, e desde Vitória a Bush. Confundir universalismo com predomínio do Um sobre Todos é arrastar o império para o seu reino das possibilidades perdidas. Foi esse o erro dos impérios do passado e será este o oposto prometido pelo Quinto Império de Bandarra, Vieira e Agostinho.

Dito isto, o “Quinto Império” é tanto mais puro quanto menos português fôr. E tanto mais real, quanto maior fôr o espírito de tolerância e multiculturalismo, inatos, mas adormecidos no seio da Alma Portuguesa.

2 comentários:

Anónimo disse...

Escreveu o payaçu (padre grande) dos índios da Amazônia, Antônio Vieira; que atravessada à boca do rio das Amazonas existe uma ilha maior que o reino de Portugal... É a ilha do Marajó, que na verdade é maior do que a Holanda: e deste reino batavo a dita ilha foi tomada, com todo o imenso arquipélago e o rio maior do que o Nilo onde ela está. Todavia, não com armas mortíferas mas com palavras das "Esperanças de Portugal", data de 29 de abril de 1659; a caminho das pazes com os rebeldes Nheengaíbas, entre 22 e 27 de agosto do mesmo ano.

Pois hoje, 10 de janeiro de 2008, vésperas dos 400 anos de Vieira, faz 99 anos que nasceu na mesma ilha o maior escritor da Amazõnia, Dalcídio Jurandir; autor lusófono a quem Jorge Amado chamou de "índio sutil" em cujas veias - como em Vieira - o sangue africano se misturava ao português. Marajó é o cerne da obra de Dalcídio: "o Arquipélago do Rio de Orelhana, ou das Amazonas" de que fala a "História do Futuro (edição de 1718) ao precisar a geografia daquela distante gente que os rios roubaram a sua terra, segundo interpretação da profecia de Isaias.

Paulo Borges disse...

Inteiramente de acordo ! Só recordo que, na leitura de Fernando Pessoa, os quatro impérios passados são Grécia, Roma, Cristandade e Europa... Para ele, o Quinto Império absorveria, numa síntese superior, o melhor que houve em cada um deles e que ficou a ser parte integrante do património da humanidade. Essa superação e integração do melhor dos quatro impérios (ou momentos de civilização) num plano superior, como na "aufhebumg" hegeliana, seria mediado pelo espírito português mas o seu destino seria universal. Portugal, como bem viu Agostinho da Silva, também será absorvido nesse mesmo processo. Por isso entre nós faz sentido um patriotismo universalista, em que a Pátria progressivamente se reconheça em todo o universo, e não um qualquer nacionalismo... ou europeísmo estreito, como o que por aí se quer fazer passar, sem a coragem de um referendo...