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Donde vimos, para onde vamos...

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Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O medo dos "mandarins" da Europa

A recusa de referendar a ratificação do Tratado de Lisboa, dando o dito por não dito, por pressão e medo dos caciques da Europa (Álvaro de Campos, há quase um século, chamou-lhes os "mandarins" e continuam a ser os mesmos), é mais um episódio vergonhoso. Não que eu seja contra o estarmos na Europa, onde estamos naturalmente, por situação geográfica, como no resto do mundo, por vocação histórico-anímica. Mas porque isto mostra que não é deste modo que um povo, um primeiro-ministro e um presidente dignos de o ser se podem considerar europeus, numa provinciana subserviência que lhes curva a espinha até baterem com a testa no chão aos pés de meia-dúzia de gestores de um poder de fachada.
Que é um poder de fachada mostra-o o único sinal positivo e de esperança em toda esta farsa. É que, conforme foi notado pelos comentadores, as pressões europeias sobre o presidente e o primeiro-ministro portugueses (formalmente semelhantes às da China para a não recepção do Dalai Lama) mostraram o medo dos "mandarins" de que um referendo popular em Portugal sobre o Tratado de Lisboa, tanto mais feito na cidade que deu o nome ao tratado, poderia contaminar e levar outras nações a fazerem o mesmo, com evidente risco para a implantação da normalização pretendida. Ou seja, os herdeiros do Império romano tremeram perante as consequências, para a sua ordem e para o seu sistema, do exercício da liberdade democrática num pequeno país da sua periferia atlântica. Como outrora Roma perante o amor pela independência do pequeno povo lusitano, que hoje uma vez mais vence pelo recurso a quem no seu seio o atraiçoa.
O que mostra que o aparente gigante é afinal um ídolo de pés de barro, que pode ser derrubado pela mínima pedra certeira. Como no sonho de Nabucodonosor, interpretado por Daniel, o fundamental texto profético do Quinto Império... Se deixássemos de ter medo de quem afinal nos teme...

5 comentários:

Rui Martins disse...

"A recusa de referendar a ratificação do Tratado de Lisboa, dando o dito por não dito, por pressão e medo dos caciques da "
-> É este Portugal menor e tímido que urge sacudir para fora do tapete, remetendo para o monte de poeira onde ele merece estar. Este cego seguidismo e esta babaca admiração pelos "senhores" do norte.

"Europa (Álvaro de Campos, há quase um século, chamou-lhes os "mandarins" e continuam a ser os mesmos), é mais um episódio vergonhoso. Não que eu seja contra o estarmos na Europa, onde estamos naturalmente, por situação geográfica, como no resto do mundo, "
-> Essa é uma discussão muito interessante... De facto, acredito que Portugal é muito mais "atlântico" do que "europeu". O tal rosto da Europa que mira o mar oceano de Pessoa... O tal ponto de partida para uma re-aproximação com o irmão brasileiro...
-> A Europa será um aspecto da nossa essência, mas não é a determinação na mesma e não nos esgotamos nele, certamente.

"por vocação histórico-anímica. Mas porque isto mostra que não é deste modo que um povo, um primeiro-ministro e um presidente dignos de o ser se podem considerar europeus, numa provinciana subserviência que lhes curva a espinha até baterem com a testa no chão aos pés de meia-dúzia de gestores de um poder de fachada."
-> E recordemo-nos que hoje em dia o "governo" já mal governa e legisla... a maioria das leis são emanadas de bruxelas e a gestão da res publica segue os principios e ditames emanados a partir do centro, sempre.

"Que é um poder de fachada mostra-o o único sinal positivo e de esperança em toda esta farsa. É que, conforme foi notado pelos comentadores, as pressões europeias sobre o presidente e o primeiro-ministro portugueses (formalmente semelhantes às da China para a não recepção do Dalai Lama) mostraram o medo dos "mandarins" de que um referendo popular em Portugal sobre o Tratado de Lisboa, tanto mais feito na cidade que deu o nome ao tratado, poderia contaminar e levar outras nações a fazerem o mesmo, com evidente risco para a implantação da normalização pretendida. Ou seja, os herdeiros do Império romano tremeram perante as consequências, para a sua ordem e para o seu sistema, do exercício da liberdade democrática num pequeno país da sua periferia atlântica. Como outrora Roma perante o amor pela independência do pequeno povo lusitano, que hoje uma vez mais vence pelo recurso a quem no seu seio o atraiçoa."
-> Claro... Não fosse os portugueses atreverem-se a pensar de forma diferente... E a submeter a sua vontade ao voto e a exercer a democracia, coisas muito perigosas nesta "democracia parlamentar" em que vivemos.


"O que mostra que o aparente gigante é afinal um ídolo de pés de barro, que pode ser derrubado pela mínima pedra certeira. Como no sonho de Nabucodonosor, interpretado por Daniel, o fundamental texto profético do Quinto Império... Se deixássemos de ter medo de quem afinal nos teme..."
-> As condições estão a ser criadas pelo próprio "sistema"... Se hoje a maioria dos portugueses ainda são eurofilos... selo-ão ainda quando em 2012 acabarem as ajudas financeiras e passarmos a contribuir para povos que não têm laços culturais ou históricos connosco virando as costas aqueles que de facto os têm?

Ana Margarida Esteves disse...

Qualquer semelhança com os "irredutíveis Gauleses" de Goscini & Uderzo é mais do que mera coincidência ... Finisterras da Europa e além dela, uni-vos!

Anónimo disse...

E se as periferias, por onde se processa a osmose com o mundo, se unissem para civilizar por fim a Europa !?...

Paulo Borges disse...

Não duvido que é nas periferias que a Europa ainda preserva algumas reservas de energia vital, não poluída pela domesticação da ordem burguesa que invade desde há séculos o mundo. É uma excelente ideia, essa dos finisterras e das periferias unidos para reorientar a gravitação dos poderes europeus e mundiais ! Portugal tem essa potencialidade inscrita na alma. Assim ela desperte o corpo anestesiado.

Rui Martins disse...

e nas finisterras não esquecer as de Leste: Bulgária, Finlândia, Noruega e... mais para sul: Chipre e Malta...