A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Sobre Celina Pereira, na NOVA ÁGUIA nº 27...

 

CELINA PEREIRA: INTÉRPRETE DA CABO-VERDIANIDADE E DA UNIVERSALIDADE

Elter Manuel Carlos

A memória é intemporal (…) Coisas intemporais que são a construção do alicerce da memória de um país que é muito jovem, Cabo Verde, que também tem memórias lusas, porque a nossa mestiçagem vem do português e do escravo africano e de outros povos. (Celina Pereira, Entrevista à RTP).

Celina Pereira (1940, Cabo Verde/ 2020, Portugal) foi condignamente apelidada, não raras vezes, de embaixadora da cultura cabo-verdiana na diáspora. Ainda que esta palavra pareça bastante “vulgar” pela forma como repetidamente é utilizada em diversos contextos, acontece que a grandeza do empreendimento artístico, estético, social e cultural cunhado pela nossa homenageada é digno deste nome. O seu elevado esforço de estudo, criação artística, educação, comunicação e celebração dos horizontes da cultura de Cabo Verde na identidade e universalidade é indesmentível.

Cantora, escritora, educadora, contadora de histórias, pesquisadora das tradições orais cabo-verdianas, Celina Pereira, desde muito jovem, soube serenamente escutar e dar voz a alma cabo-verdiana nas suas mais diversas e genuínas formas de participação, comunicação e comunhão. Por isso, a sua voz que, dolorosa e fisicamente silenciou-se nos últimos dias de 2020, continuará bradando para ser retomada no curso da temporalidade da cultura e pensamento cabo-verdianos, como voz de infinitas harmonias...

(excerto)