A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 7 de agosto de 2016

Evocação de João Paulo Monteiro, para a NOVA ÁGUIA 18...


Nos seus estudos sobre David Hume, ocupou-se principalmente dos problemas da indução e da causação, entendendo a indução do ponto de vista das inferências causais, do raciocínio lógico causal, e não tanto das relações observáveis entre os objetos e suas qualidades; aliás, prova disso mesmo é, segundo Hume, a nossa capacidade de antecipar relações causais antes mesmo da observação dos fenómenos. Na mesma esteira, concebe o hábito como uma construção teórica que não se manifesta sempre que um fenómeno é observado, isto é, a observação dos fenómenos não é confrontada sempre com outros fenómenos já observados, pois que o hábito é, como princípio, inato, e possibilita uma construção teórica sobre possíveis causas ainda não observadas, não sendo por isso um princípio puramente empírico. Para João Paulo Monteiro, o conhecimento em David Hume refere-se aos fenómenos observáveis; no entanto, as causas e os efeitos observados só o são assim considerados porque há um mecanismo ou princípio da natureza humana que identifica uma regularidade nos fenómenos que os próprios fenómenos não dão à observação. É a clássica questão dos “poderes ocultos” que agem no mundo dos fenómenos entre aquilo que consideramos ser a causa e o efeito – veja-se a questão da gravidade em Newton e David Hume. Tal pressuposto coloca o nosso autor ao lado daqueles que consideram David Hume um realista em termos ontológicos, embora cético moderado em termos gnosiológicos, não obstante e ao contrário de outras leituras, a tarefa a que o filósofo escocês se determinou empreender, isto é, compreender a natureza humana numa tentativa de introdução do método experimental em assuntos morais, conduziu-o claramente à identificação dos princípios que dirigem as operações da mente com aqueles princípios que podemos observar na relação dos fenómenos no mundo exterior à mente.
João Paulo Monteiro faleceu no dia dezassete de abril deste ano de dois mil e dezasseis. A sua obra e o seu legado certamente perdurarão nos estudos humianos de língua portuguesa (excerto).
Luís Lóia