Curiosamente, foi uma expressão que ouvi duas vezes, neste último fim-de-semana. A primeira numa sessão em Torres Vedras, promovida pela Associação Coração em Malaca: alguém da assistência, que havia nascido em Moçambique, recordava, com pesar, esse estigma que pendia sobre todos aqueles nascidos no então chamado Ultramar. A segunda vez, proferida pelo próprio Fernando Nobre, num breve encontro na Feira do Livro de Lisboa, onde esteve a autografar os seus últimos livros.
Como se sabe, Fernando Nobre nasceu em Angola. E contou que muitos dos seus conterrâneos – não só de Angola, mas de todo o Ultramar – seguiam com muito interesse a sua candidatura porque, desde logo, o viam como “um dos seus”. Alguém que, finalmente, poderia superar esse estigma dos “portugueses de segunda”.
Mas “portugueses de segunda” não são apenas aqueles que nasceram no Ultramar. São também aqueles que, tendo nascido no território nacional, não têm as mesmas oportunidades do que “os outros”. Ou porque não têm o apelido certo, ou porque não militam em nenhum partido, etc., etc., etc.
Também desses “portugueses de segunda” Fernando Nobre poderá ser o candidato. Poderá, não – deverá.
Como se sabe, Fernando Nobre nasceu em Angola. E contou que muitos dos seus conterrâneos – não só de Angola, mas de todo o Ultramar – seguiam com muito interesse a sua candidatura porque, desde logo, o viam como “um dos seus”. Alguém que, finalmente, poderia superar esse estigma dos “portugueses de segunda”.
Mas “portugueses de segunda” não são apenas aqueles que nasceram no Ultramar. São também aqueles que, tendo nascido no território nacional, não têm as mesmas oportunidades do que “os outros”. Ou porque não têm o apelido certo, ou porque não militam em nenhum partido, etc., etc., etc.
Também desses “portugueses de segunda” Fernando Nobre poderá ser o candidato. Poderá, não – deverá.
Publicado no MILhafre:
http://mil-hafre.blogspot.com/2010/05/fernando-nobre-o-candidato-dos.html
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