A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Sobre a Galiza

"percorri bastante a Galiza, dei-me com muita gente, fiquei a entender bem qual seria a possibilidade daquele canto da Península e continuo hoje exactamente com a mesma impressão, que é uma coisa fundamental para que a Península se transforme, é o único lugar interessado ao mesmo tem­po, realmente interessado ao mesmo tempo, dum lado na Espanha e do outro lado em Portugal. Eles falam realmente um português arcaico em relação ao nosso português actual; o espanhol é o espanhol actual deles; - são de facto a única região da Espanha bilingue e bilingue com interesse para Portugal, que eles falam de facto português. E encontrei muita gente, ainda era altura do Franco, e en­contrei muita gente que ansiava por poder falar galego e escrever galego à vontade sem licença nenhuma de Madrid, por exemplo um padre, um cónego da Sé da Corunha, homem extraordinário, excelente, que vinha muitas vezes ao Porto e ficava na Rua de Santa Catarina, que era um lugar muito frequentado - era um encontro de ruas e duma praça importante - só para ouvir as pessoas passar e falar a língua dele com toda a liberdade. Como havia outros amigos, uma professora, uma professora do ensino primário e um pouco de secundário, pessoa extraordinária que tinha montado um colégio muito moderno e quando vinha a Portugal com o marido iam sempre para Aljubarrota, prestar homenagem aos portugueses que tinham derrotado os castelhanos. Quer dizer, eles entendiam uma coisa extremamente importante que até hoje os Portugueses não entendem... O meu amigo vai ver agora quando houver as comemorações do 1º de De­zembro, como toda a gente publica artigos, lança discursos, faz manifestações, porque se ganhou uma batalha contra uma coisa que eles chamam os espanhóis. Estes amigos galegos sabiam perfei­tamente que não foi realmente contra os espanhóis, foi contra os castelhanos, o rei só nominalmente era rei de Espanha e havia re­giões da Espanha que lhe escapavam e não estavam sob o domínio dele. A batalha foi realmente de portugueses contra os castelhanos e era isso que os meus amigos vinham saudar, cumprimentar em Aljubarrota e agradecer o resultado daquela batalha."


Agostinho da Silva, inédito

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