A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O novo voo da Águia sobre o projecto da nova Renascença no século XXI

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Após quase cem anos, aqui nos encontramos com a motivação de levantarmos um novo voo e de estabelecermos outros rumos para uma mudança político-ideológica. Ajudados pelo aguçado olhar de uma Águia que, atenta observa do alto, empenhando a sua luta e obstinação pela sobrevivência de um projecto que, convictamente, ainda segura nas suas garras, esforçamo-nos por afirmar o nosso trajecto; um trajecto centenário que, apesar de interrompido nas últimas décadas, devido à dificuldade de abertura e entendimento por parte de algumas facções da sociedade portuguesa, cedente aos modelos europeus, se manteve vivo no desejo de muitos portugueses que o querem fazer renascer.
Desde o ano de 1910, altura em que a Águia fez o seu primeiro voo e se iniciou um período de reestruturação e de acérrima discussão sobre os desígnios do país, que constatamos que Portugal se manteve até hoje, ano de 2009, no que concerne às suas características económicas, sociais e culturais, o mesmo! Completamente alheio a si mesmo, desencontrado, num processo de evolutiva descaracterização. Contradirão as vozes progressistas, que comandaram o país neste entremeio, que o país se modernizou, tendo aderido à Comunidade Económica Europeia, tendo fomentado políticas direccionadas para o desenvolvimento de infra-estruturas e dos sectores necessários para a dinamização económica do país e construção de um Estado moderno: de lá para cá construíram-se muitas estradas, a tecnologia tornou os meios de comunicação extremamente eficazes, o mundo globalizou-se e estamos todos em contacto uns com os outros e a escolaridade já não é mais o privilégio de uma pequena camada da população: é para todos e já obrigatória por mais anos, e, nas escolas, neste momento, até se financiam muitos computadores para que lá fora todos saibam como os portugueses são inovadores e apostam na tecnologia para a educação dos seus jovens. E já agora, como se explica o facto de, nas últimas décadas, o ensino da História não passar, senão muitíssimo superficialmente, pela História de Portugal que surge, apenas, em um pouco mais de duas páginas, num subcapítulo intitulado “o caso português,” dentro da muito explorada unidade dedicada à História da Europa? Nem aos séculos XV e XVI, marco fundamental da História Mundial, é dado um desenvolvimento devido, dentro dos limites do que seria sensato, à História de Portugal! Quais os motivos para tal mortificação de Portugal? Temerão os últimos governos que os portugueses que os elegem, ao conhecerem a sua História, tenham uma opinião mais consciente relativamente às políticas tomadas e se tornem desconfortáveis para a elite governamental? Com certeza não recearão que o conhecimento da nossa História desenvolva uma febre de nacionalismo que ponha a paz, no contexto europeu, em risco? Não se chegaria certamente a tanto, no máximo as políticas nacionais seriam mais bem discutidas e correriam o óbvio risco de serem recusadas! Por outro lado, não seria mais interessante um ensino seriamente preocupado com o cultivo de valores morais e humanos, fundamentais para a formação de relações interpessoais e dirigido para o desenvolvimento da criatividade e das competências reflexivas do que um ensino submergido em formatos tecnológicos e cada vez mais vazios/ estéreis do ponto de vista dos conteúdos? Mas fazer constar dos formulários das estatísticas, exibidos ao país e à Europa, que Portugal é indicado como um país inovador, a isso, sim, se tem dado toda a importância, uma vez que é útil, enquanto estratégia política, apresentar umas percentagens que justifiquem um lugarzinho na corrida atrás da Europa e que tentem evitar que esta não se aborreça, de uma vez por todas, connosco e nos atribua mais umas indemnizações em vez dos cobiçados fundos que nos têm sustentado e ajudado a aprender a viver sem sentido empreendedor e brio. É lamentável que o critério económico e que a maquinação de uma imagem falsa, mas pelos vistos conveniente, seja mais relevante para os nossos governantes do que o desenvolvimento de um trabalho construtivo capaz de olhar, sem vergonha, para os problemas reais da sociedade, definindo planos para os enfrentar, superar ou minimizar. Não seremos nunca uma potência económica, não nos foram dados recursos naturais para fazer uma revolução industrial e nem muita habilidade diplomática e sentido eficiente de oportunidade para acompanhar o ritmo de desenvolvimento seguido por muitos países europeus, pelos Estados Unidos ou Japão. Embora tenhamos andado, nos últimos séculos, a tentar seguir a bússola europeia, saibamos que desafiar a fórmula lógica segundo a qual uma coisa é o que é e não pode deixar de ser igual a si mesma é absoluta e formalmente impossível. Ao violar o princípio da identidade, irrefutável na sua forma, estamos a condenar-nos ao desaparecimento, à contraditória imposição de termos de caminhar no sentido contrário à nossa natureza e entendimento, convivendo com o estranho sentimento de sermos nós e ao mesmo tempo outros: estrangeiros a sentir o estertor da alma portuguesa a vibrar em nós. Quanto mais a elite política impinge a imagem do “Somos Europa,” mais arremessados seremos para o vácuo, intensificando o complexo de culpa, de identidade e, consequentemente, a crise social contra a qual, sem termos devolvida a nossa liberdade e criatividade, sem voltarmos a acreditar na natureza própria das nossas potencialidades, alvo de um processo longo de descrédito, nunca poderemos lutar. A separação entre o poder central e o interesse do povo, evidencia a mentira em que vivemos, a ilusão em que nos querem ver cair, mas que já é incapaz de esconder a inquietação e incredulidade generalizada, deixando, a nu, a real tristeza de vivermos num país doente, desumanizado, sem espírito, tornado egoísta pelas mãos de quem o lidera e se preocupa com a sua ufana imagem e não com as necessidades reais, enquanto os portugueses, fortemente carenciados a todos os níveis, culturalmente lesados e a passar fome, definham rodeados pelos maiores centros comerciais do mundo e por tecnologia avançadíssima de que é exemplo o robot ROV que mergulha a alta profundidade para procurar umas amostras geológicas no fundo do oceano para provar que, afinal, os mapas estão incorrectos e que temos mais espaço marítimo sob a jurisdição portuguesa do que pensávamos. Esperamos nós que, para além da desejada prova que procuram e do deslumbramento causado a alguns que orgulhosamente divulgam que somos dos poucos países do mundo que têm um exemplar do designado robot, seja, sobretudo, de efectiva utilidade e um estímulo para a investigação científica portuguesa, para poder, assim, pelo menos, justificar, com um argumento mais concebível, o seu preço.
Da forma como a política nacional tem sido conduzida, não podemos concluir que os ares europeus nos tenham sido benéficos, pelo contrário, parecem ter feito eclodir uma febre de imitação e colagem ao modelo Europeu que não nos serve, e já não apenas ideologicamente falando, pois é comprovado pela experiência europeia que temos desde a adesão à CCE em 1985 e que não contribuiu, contrariando os fundamentos da ideologia federalista apoiada pelos primeiros republicanos, para a dignidade e enriquecimento de Portugal, mas que feriu, pelo contrário, mais ainda o seu “eu”, asfixiado pela obrigação de ter de fazer como eles, europeus, de ter de ser como eles, de ter de ter o que eles têm. A conduta imposta caracteriza-se pela intenção de humilhar, desprezar, desvalorizar e negar a nossa natureza para que possamos ser o outro. E, como tal, o estado em que nos encontramos, a falta de confiança no governo e nos candidatos a uma nova liderança, enfim, a paralisia, instaurada no seio da sociedade portuguesa, é inevitável, detendo-nos sem esperança, observando imobilizados a decadência. E não se trata de o povo português ser incapaz, mas de ter tido, no comando do seu país, uma elite, sem qualquer sentido de Humanidade, ignorante da nossa História (como é óbvio, pois ninguém a ensina) e que despreza e sente vergonha do povo a que foi chamada para representar: elite de portugueses que, em vez de defenderem e bem representarem a sua sociedade, só demonstram desconhecer o país que dirigem, governando-o para seu proveito, pela ambição exclusiva de poder, empunhando uma política anti-Portugal que sufoca a nossa respiração e pulsar próprios.
Continuamos, pois os mesmos, debatendo-nos por cultura, educação, desenvolvimento económico, numa palavra, por políticas capazes de recuperar o respeito por nós próprios e inspirar orgulho pela nossa identidade. O movimento da Renascença Portuguesa, no qual colaboraram Álvaro Pinto, fundador da Águia em 1910, entre outras notáveis personalidades do meio intelectual português como Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão, Raul Proença, Fernando Pessoa, António Sérgio, Leonardo Coimbra e Agostinho da Silva, foi criado com o intuito de cooperar para a reconstrução da identidade cultural e moral do país, assumindo uma atitude de oposição à forte ideologia positivista, baseado na unilateralidade cega de um cientismo progressista, anticlerical e de pendor capitalista. Porém, se hoje testemunhamos a persistência das mesmas dificuldades, ainda que a um nível de desenvolvimento diferente, é porque, em conclusão, não tomámos os caminhos certos, é porque é emergente lançarmo-nos num novo voo, num novo projecto que nos permita renascer.
A ideologia de uma Europa unida não é exclusividade do século XX. Se quisermos, poderemos remontar tão longe como aos anos áureos do império romano, que apesar de deter fronteiras geográficas e políticas alargadas ao norte de África e à Ásia, sempre inspirou a ideia da construção de uma nova unidade política no continente europeu. Ao longo dos séculos, a Europa experienciou acontecimentos dramáticos e com graves custos humanos, em consequência da ambição aliada ao sonho do poder central europeu. Assim, surgiram os projectos imperialistas de Carlos Magno, Napoleão e há bem menos tempo Hitler. Projectos com propósitos imperialistas que ficarão sempre associados a crimes de extrema crueldade contra as populações que foram sacadas, subjugadas, torturadas e vitimadas. Embora, sendo, por razões óbvias, impossível fazer a comparação entre as realidades atrás mencionadas e o mais recente programa de formação dos Estados Unidos da Europa, o facto é que, por outro lado, também, a CEE está longe de se tornar na pacífica comunidade política dos Estados Federados da Europa, traçada por Prouhdon no seguimento do universalismo do pensamento iluminista. O Neoliberalismo, doutrina de base, sobre a qual se erigiu a ideia de uma Europa próspera, cooperante, unida sobre os fundamentos de uma economia de mercado livre, salvaguardada da intervenção ilimitada dos Estados, falha no seu principio abstracto fundamental com as nações fortes a impor regras e a dominar os países de poucos recursos, gerando, não assumidas, mas, subentendidas relações de subalternização; não há um esforço por igualdade ou respeito mútuo, mas vence a lei do mais forte, entendendo-se por “forte”, na lógica dos senhores que governam o mundo, aquele que detém mais recursos económicos. Seguindo esta linha de pensamento, e sublinhando que sem os comportamentos bélicos registados outrora, a situação gerada pela Comunidade Europeia reincide em aspectos já testemunhadas anteriormente pela História: uma ideologia que se destacou pelas suas proposições de carácter universal e democráticas, sendo por isso meritória no seu princípio, mas que pratica um exercício de poder discriminatório e desigual.
Voltando o olhar para nós, sabemos hoje que não é na Europa que nos podemos descobrir, pelo contrário, nela nos perdemos, seriamente, nos últimos séculos e o movimento da Nova Renascença estará hoje, pelo saber da experiência feito, em vantagem para argumentar contra a inserção europeia na defesa pela instituição de um Portugal livre e próprio.
A obsessão pelo pensamento puramente científico, destituído de alma, pelo pragmatismo e a falsa crença na magnificência dos países europeus, nutrida por algumas elites de portugueses, inquieta seriamente Teixeira de Pascoaes. A sua mensagem, muitas vezes, pejorativamente associada ao lirismo, foi convenientemente incompreendida, secundarizada e atingida na grandeza do seu significado. A filosofia da saudade, um ponto frágil da filosofia portuguesa, tantas vezes atacado e subestimado no âmbito das discussões sobre o pensamento filosófico português, não se identifica, em Pascoaes, como muitos possam ter interpretado, com a saudade comummente originada pela falta ou perda de alguma coisa, mas sim com a necessidade de realização ontológica, com o cumprimento do que Somos na unidade do tempo, onde se encontra a totalidade plena de cada entidade. Encontramo-nos decaídos, perdidos na imperfeição, separados da nossa essência mais pura e divina. Os conceitos da filosofia de Pascoaes constituem vivos símbolos com a função de resgatar o verdadeiro sentido histórico e alcançar o Todo. Portugal vive a incoerência de um tempo incompleto, sem continuidade, decaído na impossibilidade de realização da sua essência. Depois de no passado se ter expressado na plenitude das suas emoções e vontade, deixou-se ficar inacabado, na mais total expressão da sua imperfeição e negação do seu sentimento intrínseco para que é exortado. Porém, capaz de um exercício dialéctico que o racionalismo europeu não apreende, naturalmente, concilia e sintetiza, em si, espiritualidade e paganismo, razão e a emoção. Dando resposta ao seu impulso aventureiro, à sua emoção, mas também ao seu avançado conhecimento científico em técnicas de navegação, cartografia e astronomia, volveu os estagnados olho da Europa para a novidade, limpando os empoeirados e dogmáticos princípios do pensamento europeu baseados na concepção cognitiva das essências aristotélicas: revolucionou a ciência, mostrando que a natureza não podia mais ser aristotelicamente explicada, mas redescoberta na sua forma múltipla, desenhou novos continentes na terra e novas estrelas no céu. Falta, agora, fazer redescobrir o espírito! Colonizar a Europa de alma, transmitindo-lhe uma forma de sentir fraterna e universal. Uma vez reconquistada a sua identidade, distanciado do pobre sentimento de ambição que subverte muitas das células desse Ser português, poderá, pela atitude e sentido de doação, agir para a globalização espiritual dos povos. A nossa tradição política, baseada, até ao século XIV numa monarquia de liberdade popular onde as Cortes, representando o povo, tinham um enorme poder de decisão diante do rei, foi ofendida a partir dos séculos das Descobertas com o início de uma política imperial, direccionada para o lucro e pilhagem, e com a ruptura das relações de proximidade e respeito entre o Rei e o seu povo. O povo português não mais recuperou a sua originária liberdade; degredado da sua vida, valores, liberdade e identidade, cultivando sempre no silêncio do seu íntimo, a sua verdade anímica, espera até hoje por aquele Encoberto que lhe possa devolver a pátria e a vida. E àqueles que emigraram para o Brasil, não na lógica imperial de enriquecimento fácil, mas para lá construir o Portugal perdido, devemos a generosidade, criatividade e espiritualidade que reconhecemos no povo brasileiro e que nos acalenta a alma e traz à memória, não fosse a nossa incompletude presente, a saudade daquilo que Somos. Por ambição, por falta de sentimento e consciência histórica, e por inversão de valores, trilhámos, há séculos, por encruzilhadas que nos destituíram da nossa verdadeira essência. Porém, ela vive, não obstante a falta de espaço para se expressar, no recôndito íntimo da alma popular dos portugueses e dos seus filhos espalhados pelo mundo.
A espiritualidade, a natural capacidade de conciliar arquétipos, conduziu Teixeira de Pascoaes ao elogio da genialidade da raça, o que podemos traduzir pela capacidade irrestrita que o português tem para percepcionar o Todo e se fundir com a Verdade, com o desígnio divino que lhe dá a potencialidade de desempenhar no mundo o papel de espiritualização dos povos. Quando na plenitude da sua identidade, cumprirá a sua Unidade, completar-se-á e realizar-se-á, no mais profundo do seu Ser, contribuindo para construção de relações fraternas pelo mundo.
O passado foi consumado, empenhemo-nos, agora, por reaportuguesar Portugal, fazendo-o renascer e revelar-se, do presente à eternidade, na sua singular forma de expressão, a partir de uma sabedoria sentida, que é só sua, e que perde o equilíbrio em espaços estranhos/estrangeiros.

Cristina Leonor Pereira