OS PORTUGUESES NO BRASIL COLONIA: FORMAÇÃO ÉTNICA DO POVO BRASILEIRO.
Vários povos contribuíram para a nossa formação no Brasil Colônia; porém,dentre todos,os portugueses,talvez por serem nossos descobridores e colonizadores,suplantaram todos os outros.
A nossa cultura foi desenhada pelos lusos,começando pela língua falada e escrita –a Língua Portuguesa- e pelos costumes e tradições que repassaram para nós.
É importante salientar que, eles mesmo,os portugueses,nunca tiveram uma unidade étnica e cultural,fruto que foram de uma mistura de muitos povos(ligúrios,celtas,iberos,fenincios,visigodos,vândalos,alanos,árabes e judeus)que traçaram até seu tipo físico,pois existem portugueses louros,morenos,baixos e altos,,de olhos verdes,azuis ou negros.
Os povoadores que vieram para o Brasil procediam das regiões do Douro e do Minho, da Beira,Trás-os-Montes, da Estremadura, do Alentejo e,embora em pequena quantidade,das Ilhas.
A presença do português está na língua , que dominou as comunicações e é falada até hoje num país continental como o Brasil, no traçado das cidades antigas-igrejas,cadeia,casa da Câmara-,nos sobrados,nos fortes que protegiam as cidades,nos utensílios domésticos e nas festas religiosas.
A casa tradicional baiana era sem tirar nem por, uma réplica da casa portuguesa::mesmo traçado original,mesma fachada,mesma divisão de cômodos.
Depois da porta de entrada, vinha um corredor comprido,ladeado de quartos semi-escuros e terminando numa ampla sala de jantar.
A cozinha, o banheiro, incrivelmente desconfortável e o alojamento dos escravos eram construídos fora da casa.
Essa divisão estava presente também nos suntuosos sobrados, construídos sem fundações e com paredes de madeira recobertos de barro;durava assim até os proprietários melhorarem de condição,quando ,então,fincavam as fundações e refaziam paredes de adobe ou tijolo.
No início a construção das vilas obedecia a uma planta tradicional; praça central quadrada,igreja,cadeia e casa da Câmara com ruas partindo á direita e á esquerda,tanto transversais como longitudinais,porém sempre estreitas e irregulares.
Com o passar dos anos as cidades criaram vida própria e foram crescendo desordenadamente, com vielas e becos desalinhados, como se via em Coimbra e Lisboa.
O português,povo muito tradicionalista ,trouxe consigo para o Novo Mundo a fé nos dogmas da sua religião,os atos litúrgicos da Igreja de Roma e as festas tradicionais;trouxe também as superstições,os costumes e as comidas.
Mas,o colonizador não era segregacionista;incorporou elementos da cultura africana,como,por exemplo a festa de maior prestígio em Salvador,a do Senhor do Bonfim,que dura quase quinze dias no mês de Janeiro.
A origem desta festa está na devoção ao Cristo Crucificado trazida de Setúbal pelo Capitão Teodósio Rodrigues de Faria que construiu a Igreja do Bonfim no alto da Colina Sagrada.
A cultura negra incorporou a esta festa as Águas de Oxalá,(Sr.do Bonfim na cultura ioruba)tradicional lavagem das escadarias da igreja,na terceira quinta feira do mês de Janeiro,quando centenas de baianas nos seus trajes típicos e carregando porrinhas de água de cheiro,acompanhadas de milhares de fiéis e espectadores deslumbrados,lavam as escadarias para expulsar as más energias e o mau olhado.
A presença, na Bahia,de uma cultura agrária,escravista e mercantil,com uma estrutura social fundamentada na hierarquia,na oligarquia e na repressão,é um remanescente da sociedade desta época colonial e predomina nos dias de hoje,principalmente no Nordeste.
Ao chegar numa terra de nômades, caçadores e pescadores, o colono português implantou uma economia açucareira , capitalista e mercantil,conforme predominava do século XIV.
Trouxe a cana de açúcar dos Açores e da Madeira e plantou nas terras conquistadas; construiu engenhos e começou a produzir açúcar,o artigo de maior procura no mundo europeu.
Plantou também o algodão e fumo.
É necessário esclarecer que, em Lisboa estava o poder central que mandava em tudo,representado na pessoa do rei e seus conselheiros a quem obedeciam os governadores e vice-reis;logo abaixo vinham os grandes fazendeiros e senhores de engenho,parceiros coloniais;em seguida vêm os plantadores de cana de açúcar,pequenos fazendeiros dependentes dos senhores de engenho para a moagem da cana e a comercialização do açúcar,o ouro-branco da época.
Quase na base desta pirâmide social estavam os lavradores pobres que só possuíam seus braços para o trabalho e estavam quase ao nível dos escravos que fechavam a pirâmide.A única diferença é serem brancos.
Os moradores urbanos,oficiais militares,funcionários,altos comerciantes,exportadores,mestres,artesãos eram considerados “homens bons” apesar de lhe faltarem terras ou riquezas.
Senhor de baraço e cutelo no seu engenho,o português,dirigia suas propriedades com mão de ferro,submetidos ás suas ordens e desejos seus escravos,seus agregados e sua numerosa família que incluía avós,tios,sobrinhos,primos,além da esposa e filhos legítimos e dos milhares de bastardos tidos com negras e índias.
Talvez não tivesse poder político,mas,não era carta fora do baralho e freqüentemente era consultado nas questões que diziam respeito á província.
Prova disto é a proibição de 1663 que tornava ilegal a penhora e execução por dívidas nas fábricas e nos engenhos.
Vários povos contribuíram para a nossa formação no Brasil Colônia; porém,dentre todos,os portugueses,talvez por serem nossos descobridores e colonizadores,suplantaram todos os outros.
A nossa cultura foi desenhada pelos lusos,começando pela língua falada e escrita –a Língua Portuguesa- e pelos costumes e tradições que repassaram para nós.
É importante salientar que, eles mesmo,os portugueses,nunca tiveram uma unidade étnica e cultural,fruto que foram de uma mistura de muitos povos(ligúrios,celtas,iberos,fenincios,visigodos,vândalos,alanos,árabes e judeus)que traçaram até seu tipo físico,pois existem portugueses louros,morenos,baixos e altos,,de olhos verdes,azuis ou negros.
Os povoadores que vieram para o Brasil procediam das regiões do Douro e do Minho, da Beira,Trás-os-Montes, da Estremadura, do Alentejo e,embora em pequena quantidade,das Ilhas.
A presença do português está na língua , que dominou as comunicações e é falada até hoje num país continental como o Brasil, no traçado das cidades antigas-igrejas,cadeia,casa da Câmara-,nos sobrados,nos fortes que protegiam as cidades,nos utensílios domésticos e nas festas religiosas.
A casa tradicional baiana era sem tirar nem por, uma réplica da casa portuguesa::mesmo traçado original,mesma fachada,mesma divisão de cômodos.
Depois da porta de entrada, vinha um corredor comprido,ladeado de quartos semi-escuros e terminando numa ampla sala de jantar.
A cozinha, o banheiro, incrivelmente desconfortável e o alojamento dos escravos eram construídos fora da casa.
Essa divisão estava presente também nos suntuosos sobrados, construídos sem fundações e com paredes de madeira recobertos de barro;durava assim até os proprietários melhorarem de condição,quando ,então,fincavam as fundações e refaziam paredes de adobe ou tijolo.
No início a construção das vilas obedecia a uma planta tradicional; praça central quadrada,igreja,cadeia e casa da Câmara com ruas partindo á direita e á esquerda,tanto transversais como longitudinais,porém sempre estreitas e irregulares.
Com o passar dos anos as cidades criaram vida própria e foram crescendo desordenadamente, com vielas e becos desalinhados, como se via em Coimbra e Lisboa.
O português,povo muito tradicionalista ,trouxe consigo para o Novo Mundo a fé nos dogmas da sua religião,os atos litúrgicos da Igreja de Roma e as festas tradicionais;trouxe também as superstições,os costumes e as comidas.
Mas,o colonizador não era segregacionista;incorporou elementos da cultura africana,como,por exemplo a festa de maior prestígio em Salvador,a do Senhor do Bonfim,que dura quase quinze dias no mês de Janeiro.
A origem desta festa está na devoção ao Cristo Crucificado trazida de Setúbal pelo Capitão Teodósio Rodrigues de Faria que construiu a Igreja do Bonfim no alto da Colina Sagrada.
A cultura negra incorporou a esta festa as Águas de Oxalá,(Sr.do Bonfim na cultura ioruba)tradicional lavagem das escadarias da igreja,na terceira quinta feira do mês de Janeiro,quando centenas de baianas nos seus trajes típicos e carregando porrinhas de água de cheiro,acompanhadas de milhares de fiéis e espectadores deslumbrados,lavam as escadarias para expulsar as más energias e o mau olhado.
A presença, na Bahia,de uma cultura agrária,escravista e mercantil,com uma estrutura social fundamentada na hierarquia,na oligarquia e na repressão,é um remanescente da sociedade desta época colonial e predomina nos dias de hoje,principalmente no Nordeste.
Ao chegar numa terra de nômades, caçadores e pescadores, o colono português implantou uma economia açucareira , capitalista e mercantil,conforme predominava do século XIV.
Trouxe a cana de açúcar dos Açores e da Madeira e plantou nas terras conquistadas; construiu engenhos e começou a produzir açúcar,o artigo de maior procura no mundo europeu.
Plantou também o algodão e fumo.
É necessário esclarecer que, em Lisboa estava o poder central que mandava em tudo,representado na pessoa do rei e seus conselheiros a quem obedeciam os governadores e vice-reis;logo abaixo vinham os grandes fazendeiros e senhores de engenho,parceiros coloniais;em seguida vêm os plantadores de cana de açúcar,pequenos fazendeiros dependentes dos senhores de engenho para a moagem da cana e a comercialização do açúcar,o ouro-branco da época.
Quase na base desta pirâmide social estavam os lavradores pobres que só possuíam seus braços para o trabalho e estavam quase ao nível dos escravos que fechavam a pirâmide.A única diferença é serem brancos.
Os moradores urbanos,oficiais militares,funcionários,altos comerciantes,exportadores,mestres,artesãos eram considerados “homens bons” apesar de lhe faltarem terras ou riquezas.
Senhor de baraço e cutelo no seu engenho,o português,dirigia suas propriedades com mão de ferro,submetidos ás suas ordens e desejos seus escravos,seus agregados e sua numerosa família que incluía avós,tios,sobrinhos,primos,além da esposa e filhos legítimos e dos milhares de bastardos tidos com negras e índias.
Talvez não tivesse poder político,mas,não era carta fora do baralho e freqüentemente era consultado nas questões que diziam respeito á província.
Prova disto é a proibição de 1663 que tornava ilegal a penhora e execução por dívidas nas fábricas e nos engenhos.
12 comentários:
????O que é que quer dizer com isso tudo ?
Que continuamos a ser os responsáveis pelos vossos problemas ?
Há 200 anos (julgo) que são independentes , que podem mudar o rumo dos acontecimentos e até agora não modificaram nada sobre o racismo , a destruição da Amazónia , a destruição da cultura dos ìndios e por aí fora ...
Acho muita piada quando alguns (bastantes) de vocês falam de vocês próprios , no passado , referindo-se aos "portugueses" ,aos "colonizadores" , etc .
Vocês são eles , vocês são os seus descendentes , vocês devem assumir o vosso passado e os vossos ancestrais ...
Porque se odeiam tanto ?
Porque odeiam tanto o vosso passado ?
Porque é que estão sempre a falar dos vossos maiores , os vossos antepassados , como se estes não o fossem ?
Porque é que estão sempre a tentar descartar-se de Portugal como se Portugal fosse uma peste ?
... como é ?
Vocês hoje existem , apenas por Obra e Graça do Divino Espírito Santo ?
Quer-me dizer que os Portugueses
***Honra e Glória aos meus bravos patrícios e antepassados , os PORTUGUESES de 1500 (e os que se seguiram) , que VOS deixaram o Brasil intacto e completo!...coisa que hoje , graças á vossa incúria , já assim não é !
chegaram , estabeleceram-se e depois houve um hiato no tempo , uma falha no continuum espaço-tempo e , de repente , o Brasil já estava formado , vocês apareceram miraculosamente para nos apontar o dedo e constantemente falarem da nossa culpa acerca das VOSSAS responsabilidades ...
Sem dúvida que é mais fácil sacudir a água do capote e dizer que o culpado da nossa situação é o outro ...
Porque odeiam tanto as vossas origens ? ... OU PELO MENOS UMA PARTE ENORME DELAS ?
Assumam-se de uma vez por todas , e assumam que Portugal é Pai do Brasil e por consequência de vocês todos .
Assumam as vossas responsabilidades como cidadãos do Brasil e de tudo o que aí acontece , pelo menos de há 200 anos para cá ...
Assumam isso e verão o Brasil a tornar-se numa potência muito maior do que aquela que vocês julgam que têm .
Rogério Maciel
Boa noite,
gostava de ler este texto, parece ser interessante mas fica difícil com essa cor e com o emaranhado inicial das letras ao lado da imagem.
Na minha opinião o texto ficaria muito mais legível se estivesse a preto e justificado, a leitura não seria tão massacrante.
Fica um pouco confuso.
Cumprimentos.
Ruela: tens razão, já alterei.
Rogério: A Miriam acabou de entrar...
Obrigado Renato, melhorou...
Abraço.
As boas-vindas para a Miriam.
Acho o texto demasiado "romântico", tanto no acerto como no desacerto, mas não merece a "recepção".
Anda mesmo difícil respeitar os outros neste blogue, e discordar sem ser com um pau na mão... Ou são pedras?
Texto interessante e justo. Parabéns!
Creio q/o meu artigo n/foi bem interpretado e n/sei porque gerou tanto ódio.
Quis apenas mostrar como foi a civilização portuguesa no meu país,e o quanto devemos aos portugueses ter mantido intato esse império colonial nas Américas,preservando a língua e os costumes dos colonizadores.
Espero que não esteja na cabeça de alguns portugueses q/nos quexamos deles pelos nossos problemas de país continental.
Não posso mudar a História,fomos sim,colonizados por portugueses q/nos imprimiram a sua cultura ,língua(a mais bela do mumdo)e religião.
Tenho orgulho de descender de Caramurú e ser lusófona pela própria natureza,além de casada com um português de Lisboa e,graças à nossa boa cabeça não temos "guerrinhas racias" no nosso lar,onde aliás,não falta um bom vinho sobre a mesa.
Espantada estou eu,pois,visitando Portugal com alguma freqüencia,nunca pressenti toda essa hostilidade que percebi aqui.
O texto q/postarei hoje,vai dirimir estas dúvidas,pois ,perceberão que,ao contrário dos historiadores brasileiros,defendo a colonizaçao portuguesa e não os culpo por nossas mazelas de país continente.
Estou espantada,mas,não triste,reconheço o direito de todos a expôr suas opiniões.
Não ligue, há quem seja só meio-português mas se ache o dono de Portugal.
Tudo bem Renato .Miriam perdoe-me .A realidade é que ao longo de perto de 30 anos de experiência com brasileiros , os factos falam por si , ou seja , tenho tido más , péssimas experiências , com brasileiros que estão ou estiveram cá e outros tantos de lá ...o que escrevi não é ódio .É mesmo zanga .
Estou zangado com o Brasil...parte da minha adolescência , cresceu com as músicas do Tropicalismo , fui habituado , ou habituei-me a sentir carinho e admiração pelo Brasil ...depois já mais crescido foi a grande desilusão quando começei a contactar directamente brasileiros em variadíssimas situações .
Senti-me atraiçoado ...sempre tinha pensado que Portugal e Brasil eram povos irmãos .Porventura são-no , mas na práctica para milhões de brasileiros , infelizmente , Portugal é um país de estúpidos e burros .
É imagem disso as inumeráveis anedotas no Brasil a ridicularizarem , a humilharem ,a desprezarem , a pisarem Portugal e os Portugueses .
São exemplo disso os portugueses residentes e/ou a trabalharem no Brasil(alguns que conheço) que o sentem .
Sim estou zangado com o Brasil , mas o que escrevi mantenho-o , até prova em contrário.
De qualquer modo Miriam , e apesar de tudo seja bem-vinda .
« ...fomos sim,colonizados por portugueses q/nos imprimiram ...»
Quando diz isto , Miriam , está a falar como se tivesse estado lá naquele momento , como se o Brasil sequer já existisse , e como se "os portugueses" fossem invasores e colonizadores do "seu" território ...não vê que isso é um contrasenso ?
Ao mesmo tempo , o que a Miriam está realmente a dizer é que , efectivamente , os Portugueses , são os seus antepassados , por isso não poderia a Miriam ter lá estado , nem ter sido "colonizada" por si própria( os seus antepassados) ...
Se houve alguém que sentiu o seu território (não o país , não o Brasil , pois não existiam)invadido , foram os Índios daquela área (que não se chamava Baía de Todos os Santos), a partir da qual , o território hoje chamado de Brasil , se começou a formar , duma ponta á outra do continente , e foram os Portugueses , vossos antepassados que o fizeram . Não foram outros povos .
( BRASIL : Do «DESCOBRIMENTO» á «CONSTRUCÇÃO»
http://cvc.instituto-camoes.pt/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=908&Itemid=69
...QUANDO SÓ NO SEC XIX , D JOÃO VI ABRIU O BRASIL Á EMIGRAÇÃO DE OUTROS POVOS .
... o Brasil só começou a existir a partir de que foi nomeado pelos seus antepassados , a partir desses heróicos Portugueses , os Bandeirantes.
« ... Quis apenas mostrar como foi a civilização portuguesa no meu país,e o quanto devemos aos portugueses ter mantido intato esse império colonial nas Américas,preservando a língua e os costumes dos colonizadores. ...»
Veja como ficaria se assumissem o vosso passado e origens :
« Quis apenas mostrar como foi a civilização portuguesa no meu país,e o quanto devemos aos portugueses nossos antepassados ,terem mantido intacto para nós hoje ,esse imenso território nas Américas,preservando a língua e os costumes e tradições de Portugal , que são parte vital e identificativa do Brasil ... parte vital , sem a qual , nós não falaríamos Português nem seríamos o Brasil . Apenas um outro qq país da América do Sul »
CONTRADIÇÃO e PARADOXO :
« ...Espero que não esteja na cabeça de alguns portugueses q/nos quexamos deles pelos nossos problemas de país continental. »
« ... perceberão que,AO CONTRÁRIO DOS HISTORIADORES BRASILEIROS ,defendo a colonizaçao portuguesa e não os culpo por nossas mazelas de país continente. ... »
Diria , e com bastantes certezas que , não só os historiadores brasileiros , mas hipócritamente ( falam por fora muito bem de Portugal , principalmente quando cá vêm , a velha história do "avô português",mas interiormente pensam muito mal !) , muitas camadas de diferentes estratos da sociedade do Brasil , incluindo as pseudo intelectuais , agem assim , pensam assim , tratam Portugal assim .
« Espantada estou eu,pois,visitando Portugal com alguma frequência,nunca pressenti toda essa hostilidade que percebi aqui. »
Pois desengane-se . Os portugueses , por natureza ,gostam de receber bem toda a gente , e os brasileiros não são excepção .
Mas digo-lhe que existe no nosso país um mal-estar e uma aversão grande aos brasileiros ( infelizmente paga o justo pelo pecador , e quem disser o contrário aqui em Portugal , está a mentir !)devido , precisamente ao desencanto e a revolta ( que desde então tem vindo a aumentar )que estes provocaram quando começou a haver cada vez mais brasileiros neste país , a começar pelos actores das novelas ( a partir da Gabriela ) que cá pareciam realmente verdadeiros , mas quando regressavam ao Brasil "libertavam-se " , ou seja falavam muito mal de Portugal .
Indague , fale abertamente com Portugueses , e vai ver isso .
Os que lhe disserem o contrário , são hipócritas , a mesma hipocrisia que os brasileiros herdaram ( TAMBÉM , pois herdaram muito mais do que isso ) de nós .
Não me leve a mal pela minha franqueza , Miriam , mas essa ( a hipocrisia ) é uma "qualidade " que não possuo .
Rogério Maciel
:)
Cara Míriam,
O Rogério não fala certamente por todos os portugueses. Eu conheço uma parte do Brasil, tenho família no Brasil que já vai na terceira geração e, todos nós, cá e aí, gostamos do Brasil e dos brasileiros.
Aliás, o gosto dos portugueses pelas novelas brasileiras (sou excepção, não por serem brasileiras mas por não gostar de novelas), pelo futebol brasileiro, pelas praias brasileiras, pelo carnaval brasileiro, pelo sotaque brasileiro, pela música brasileira etc, é revelador disso mesmo.
Existe no entanto, como diz o Rogério quem não goste. Mas daí a inferir que os portugueses que disserem o contrário dele são hipócritas, é de facto uma burrada de todo o tamanho.
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