A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O Dia em que a Terra Parou


Conversa Cósmica entre Saturno e Júpiter (Sons capturados pela NASA)

Para o alto, ó deus, para o alto! Removam do céu todos esses espectros, figuras, imagens, pinturas – histórias da nossa avareza, das nossas luxúrias, roubos, ódios, desprezos e vergonhas. Que essa tenebrosa e escura noite dos nossos erros se desvaneça; já nos convida a alvorada de um novo dia de justiça. Coloquemo-nos de maneira que o sol nascente não nos descubra a imundície. É necessário purificar-nos e fazer-nos belos... Coloquemo-nos, dizia eu, primeiro no céu intelectual que temos em nosso interior, e depois nesse céu sensível e corpóreo, que se nos apresenta aos olhos. Retiremos do céu da inteligência o URSO da Deformidade, a FLECHA da Difamação, o CAVALO da Leviandade, o CÃO da Murmuração, e o CÃOZINHO da Adulação. Desterremos o HÉRCULES da Violência, a LIRA da Conspiração, o TRIÂNGULO da Impiedade, o BOIEIRO da Inconstância, o CEFEU da Crueldade. Longe de nós o DRAGÃO da Inveja e o CISNE da Imprudência, a CASSIOPÉIA da Vaidade, a ANDRÓMEDA da Preguiça, o PERSEU da Vã Ansiedade. Escorracemos o OFIÚCO do Maldizer, a ÁGUIA da Arrogância, o DELFIM da Lascívia, o CAVALO da Impaciência, a HIDRA da Concupiscência. Apartemo-nos da BALEIA da Gula, do ÓRION da Ferocidade, do RIO das Superfluidades, da GÓRGONA da Ignorância, do COELHO da Timidez. Deixemos de trazer no peito o ARGO da Avareza, a TAÇA da Insobriedade, a BALANÇA da Inquiedade, o CÂNCER da Lentidão, o CAPRICÓRNIO da Simulação. Que não se aproxime de nós o ESCORPIÃO da Fraude, nem o CENTAURO da Afeição Animal, o ALTAR da Superstição, a COROA do Orgulho, o PEIXE do Silêncio Indigno. Possam os GÉMEOS da Indecente Familiaridade cair com eles, e o BOI da preocupação com as Coisas Mesquinhas, o CARNEIRO da Desconsideração, o LEÃO da Tirania, o AQUÁRIO da Devassidão, a VIRGEM da Conversação Infrutífera e o SAGITÁRIO da Maledicência.
Se assim purgarmos as nossas habitações, ó deuses, se assim renovarmos o nosso céu, as constelações e influências serão novas, as impressões e as sortes serão novas, pois todas as coisas dependem desse mundo superior...

Spacio della Bestia Trionfante, Giordano Bruno, 1584

1 comentário:

jorge vicente disse...

ainda giordano bruno não sabia que temos milhares de animais selvagens dentro de nós...