1910 foi ano de ilusões. Chegou Outubro, e a revolução triunfou. Ao vencer, a República perdeu a inocência e parte do encanto. Era a palavra mágica, a chave improvável de todas as portas. Prometia encerrar um passado recente, pobre e sem glória, e abrir janelas para manhãs de outra portugalidade.
Parecia tudo simples. Bastava mudar de Regime para que, no País, se transformassem a aptidão agrícola, o regime das chuvas, a riqueza do subsolo, a estrutura social e a instrução, ou que se pudessem fazer aproveitar melhor, de um momento para outro, por gente iluminada de novos saberes.
Não aconteceu assim. Conhecemos as lições amargas que a História nos deixou.
Miguel Bombarda era o chefe civil da revolução republicana. Cândido dos Reis dirigia os militares revoltosos. O médico foi atingido a tiro por um oficial que andava a tratar e sucumbiu horas antes da revolta eclodir. O almirante terá virado a arma contra si próprio e não assistiu à alvorada do dia quatro. Em menos de dezoito horas, a revolução foi decapitada. Se ninguém armou o matador nem desviou a arma do presumível suícida, estaremos prestes a comemorar o centenário da mais invulgar coincidência da História Universal.
O romance histórico 1910 desenvolve a tese da existência de uma organização contra-revolucionária clandestina formada por monárquicos radicais e católicos ultra-ortodoxos que terão tentado deter os passos da História.
Parecia tudo simples. Bastava mudar de Regime para que, no País, se transformassem a aptidão agrícola, o regime das chuvas, a riqueza do subsolo, a estrutura social e a instrução, ou que se pudessem fazer aproveitar melhor, de um momento para outro, por gente iluminada de novos saberes.
Não aconteceu assim. Conhecemos as lições amargas que a História nos deixou.
Miguel Bombarda era o chefe civil da revolução republicana. Cândido dos Reis dirigia os militares revoltosos. O médico foi atingido a tiro por um oficial que andava a tratar e sucumbiu horas antes da revolta eclodir. O almirante terá virado a arma contra si próprio e não assistiu à alvorada do dia quatro. Em menos de dezoito horas, a revolução foi decapitada. Se ninguém armou o matador nem desviou a arma do presumível suícida, estaremos prestes a comemorar o centenário da mais invulgar coincidência da História Universal.
O romance histórico 1910 desenvolve a tese da existência de uma organização contra-revolucionária clandestina formada por monárquicos radicais e católicos ultra-ortodoxos que terão tentado deter os passos da História.
5 comentários:
deve ser um livro bem interessante!
grande abraço
jorge vicente
Sim, deve ser interessante, deve...
http://www.saidadeemergencia.com/index.php?page=Books.BookView&book_id=242&genre=9
Fico com curiosidade em saber o que é um "monárquico radical" e um "católico ultra-ortodoxo"...
Imaginativo e bem disposto, sem dúvida.
Para ler quando nos ocupam a tv com novelas e concursos.
Excelente para ter á mão quando esta é ocupada por alguns políticos.
Bem visto, Pires.
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