A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 18 de agosto de 2009

PIERRE CURIE

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“…mesmo o trabalho constituía para ele um elemento indispensável na vida: adorava a luta dramática que trava o sábio com a natureza para lhe arrancar o seu segredo, as longas horas de laboratório, com os homens que se movem silenciosos e serenos, absorvidos no seu meditar; nenhum jogo era mais apaixonante do que montar uma experiência, vê-la progredir na incerteza, no desconhecimento do que vai surgir, ou esperar ansiosamente que o resul­tado venha confirmar a teoria que se arquitectou; ali; se sentia puramente que o prazer do jogo supera o de ganhar ou perder; a experiência inútil ou falhada dava-lhe horas de vibração tão intensas como a expe­riência com bom êxito; e era ainda mais do que a segunda, excitante e tónica; na vitória havia sempre um sabor de desalento, um vago sentir que se passou a ser inútil, já que se atingiu o objectivo; mas no erro que se cometeu, que promessas de novas horas de profundo interesse, de aparelhos a imaginar, de monta­gens elegantes, de outro violento palpitar perante a decisão; era seguro que nenhum artista vivia tão in­tensamente como ele; e no viver intensamente encon­trava Pierre Curie o meio de suportar os próprios males da vida.”[1].

[1] A vida de Pierre Curie, Lisboa, Edição do Autor, 1940, p. 11-12.

1 comentário:

Renato Epifânio disse...

Para quem, alegadamente, não gostava do "trabalho", não está nada mal...