Não sou monárquico, na acepção mais geral, apesar do simpatizar com o conceito do “mono-arquia”. Quanto muito, sou monárquico no sentido agostiniano, isto é, defendo um rei eleito (que depois poderia ser regularmente confirmado, sem limite temporal, ao contrário do que agora acontece com os Presidentes). Defender um rei por “nomeação hereditária” é confiar demasiado na biologia. Materialista mas não tanto…
Dito isto, sou sensível a alguns dos argumentos pró-monárquicos, desde logo ao de que um Presidente é sempre de extracção partidária. Mas se isso tem acontecido, não tem que continuar a acontecer. Para mais, com o colapso da partidocracia…
Ainda que esse argumento seja também (como todos) reversível. Ao defender-se que o Presidente-Rei deve ser uma figura consensual, “supra-partidária”, importa ter em conta um óbvio risco: na maior parte dos casos, sobretudo neste país, o consenso consegue-se pela negativa, ou seja, por inacção. Este é aliás um dos grandes defeitos dos portugueses em geral: daí a tendência para ficar quieto. Quieto e calado. Quanto mais, melhor…
Vem isto a propósito do episódio da bandeira na Praça do Município. Um típico episódio da “silly season”, sem a menor consequência. Fiquem pois tranquilos, os autores da brincadeira. Ninguém irá preso, ao contrário do que hoje em alguns jornais de forma delirante se especula. Isso sim é que teria piada…
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
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2 comentários:
ora, este episódio serviu apenas para dar mais audiências às TVs hits (muitos) ao blog desses tipos.
Não teve qualquer outra substância.
Uma boa palhaçada, diria eu.
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