A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sábado, 25 de julho de 2009

Texto que nos chegou...

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Voos da Águia

As formas da sociabilidade humana mantêm complexas relações às do mundo natural, como observa até a sabedoria popular, cujos apólogos, exemplos e ditados usam os animais, em especial, como termo de comparação. Compreende-se, por isso, que as publicações periódicas e sobretudo as revistas, mais ciosas do papel que almejam na vida pública, valorizem esse recurso significativo. Assim, os homens da Renascença Portuguesa, apostados em levar ou, melhor, elevar a República Portuguesa aos mais altos graus de consciência, escolheram A Águia como figura heráldica do movimento.
Os seus próceres tinham estudado a fenomenologia e a simbólica religiosa, como está provado nos escritos de Teixeira Rego e de Aarão de Lacerda. Bem sabiam, pois, que a Águia, metaforizando a altura, no plano da transição entre os elementos aéreo e fogoso, está associada ao quarto evangelista, São João, e que na língua por ele usada, o grego, αγιος [águios] significa santo. Admitindo que a lógica simbólica tem virtualidades que ultrapassam o mero plano da consciência, fácil será intuir os benéficos efeitos de tão sábia escolha.
Ao retomar o impulso antecedente, noutro século e em novo ciclo agora, a Nova Águia, movida pela mesma ânsia de altura e altivez, assume a tradição futurante que mora no coração de um povo longamente humilhado. A viva noção de que do envelhecido envoltório está para eclodir um tempo novo e uma vida renovada a confirmei por via de outra revista, que usa também o título de Águia, no caso por razões bem objectivas. Com efeito, através da «Folha informativa dos Amigos do Concelho de Aviz – Associação Cultural» descobri ser esse o símbolo que figura no pelourinho e no escudo da altaneira sede da Ordem de Avis, que marcou a mais gloriosa fase da vida portuguesa.
Pairando sobre o Alto Alentejo, na zona mediana onde se articulam as duas metades do País, a avis rara fita, para além do horizonte, o Sol que preside ao movimento desenvolvido, desde as origens, pela nossa grei, para levar a Sul do trópico de Câncer a Mensagem sintetizada na figura que o poeta, no Brasão, identificou com A cabeça do Grypho

O Infante D. Henrique
Em seu throno entre o brilho das espheras,
Com seu manto de noite e solidão,
Tem aos pés o mar novo e as mortas eras −
O unico imperador que tem, deveras,
O globo mundo em sua mão.

Como pode continuar adormecido o povo que acalentou tão sublime sonho?! Tarda a hora de romper enfim com o pesadelo e despertar para a realidade que a Águia fita.

Joaquim Domingues

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