A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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sexta-feira, 10 de julho de 2009

Texto que nos chegou...

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Pascoaes, porque deixaste em mim, tanto de ti?

Por certo, serei muito jovem para poder redigir um texto sobre as minhas memórias, todavia tenho sentido, nos últimos momentos, um enorme desejo de solidão para, comigo mesmo, me conseguir redescobrir. Para isso, não posso, de forma alguma, esquecer o pouco que vivi e recordar, com saudade, os bons e maus momentos, de forma a obter com alguma clarividência, a revelação do que o tempo de vida terá para me oferecer.

E são nesses momentos de introspecção que aparece um sentimento único de Saudade. Saudade da minha infância, da minha filha, da saúde de meu pai, de amores em minha Alma presentes e não esquecidos, das gargalhadas e até de momentos que não vivi… ao fim de contas, pura mas não simplesmente, saudades do que me tornou assim, com plena consciência de que este quotidiano, não foi desenhado para mim.

E foi num desses momentos, cuja natureza me escuso de maiores delongas, já que a todos pouco mais poderá interessar do que a mera curiosidade primária, que descobri Teixeira de Pascoaes, poeta e escritor que, no início do séc. XX, nos presenteou, igualmente, como o grande mentor do movimento cultural, exclusivamente português, do saudosismo, que, em linhas gerais, se alicerça na consideração do sentimento da saudade como pedra de toque, única mas universal, da Alma portuguesa na sua relação com o mundo e com Deus. Embora tenha adoptado, simbolicamente, o dia 2 de Novembro de 1877 como data do seu nascimento, em honra do dia dos finados, afinal aqueles que nos deixam mais Saudade, sabendo nós que partiram para não mais voltarem, Teixeira de Pascoaes nasceu efectivamente a 8 de Novembro do mesmo ano, pelas 17 horas em Amarante, conforme seu assento de nascimento. Quis Deus, que o momento mais feliz da minha vida, fosse às 17 horas do dia 8 de Novembro de 2004, data do nascimento de minha maravilhosa e única filha. Em 1901, exactamente um século antes de mim, havia-se estabelecido como advogado, sabendo, tal como eu desde o início, que havia sido feito, segundo suas palavras “para outras convivências”.

Aguentou treze anos como Dr. Jorge nas bocas de toda a gente, com pouco mais do que um jeito natural e uma necessidade de honrar o título, a interpretar normas e regras aplicáveis às “Almas deste mundo, o mais deste mundo que é possível”. Sabemos, eu e Deus, o que ele queria dizer…Muitas outras são as diferenças, desde logo o dom único de Teixeira de Pascoaes sensibilizar, pela escrita, a Alma de quem o lê, enquanto os meus textos se resumem à mais vil tentativa de expressar o que sinto, partilhando-os apenas com os meus amores presentes e esquecidos mas, cada vez mais, me felicito por sentir que a nossa grande curiosidade comum, é conseguir ver o que ele nos seus olhos viu: o mundo e Deus, sempre com essa eterna Saudade.Pascoaes, porque terás tu deixado em mim, tanto de ti?…

José Carlos Pereira Mendes

5 comentários:

Casimiro Ceivães disse...

... e chegou um texto belíssimo.

Clarissa disse...

Tocante e honesto.
Cumprimentos, Renato.

Renato Epifânio disse...

Cumprimentos, Clarissa.

José Pires F. disse...

Olha... a Clarissa. Olá!

Beijinho.

Sim, um belo texto.

Clarissa disse...

Beijinhos, Pires.