A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Cadernos de Agostinho da Silva (excertos)

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SÓCRATES — Um povo estragado por uma liberdade excessiva é o mais insuportável de todos os tiranos; é por isso que a anarquia não é o cúmulo dos males senão porque é o mais extremo despotismo: a populaça sublevada contra as leis é o mais insolente de todos os senhores. Mas é preciso um caminho mediano e este caminho mediano consiste em ter um povo leis escri­tas, sempre constantes e consagradas por toda a nação, que estejam acima de tudo, que sejam a única origem da autoridade para os que governam, de modo que tudo possam para o bem, segundo as leis, que nada possam contra elas para permitir o mal. Era isto o que os homens, se não fossem cegos e inimigos de si pró­prios, estabeleceriam unanimemente para sua felicidade. Mas uns, como os atenienses, derrubam as leis, para que os magistrados não tenham autoridade excessiva, visto que por intermédio deles reinariam as leis; outros, como os persas, por um respeito supersticioso das leis, põem-se em tal escravatura perante os que as deviam fazer reinar, que são estes mesmos quem domina, sem que haja outra lei real além da sua vontade absoluta. Todos se afastam do objectivo, que é uma liberdade moderada só pela autoridade das leis de que os diri­gentes deviam ser simples defensores (...).

In Diálogos dos Mortos (Fénelon), Lisboa, Edição do Autor, 1942, pp. 17-18.

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