A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sábado, 20 de junho de 2009

José António Pinto Ribeiro: apenas mais um Ministro da Cultura que não existe...


1. Numa patética tentativa de reconversão de imagem, o “nosso” Primeiro-Ministro faz agora alarde da sua “humildade”, reconhecendo mesmo “erros” na sua governação. Fácil é de ver que, por esse caminho, ainda se descredibiliza mais. Quem funda a Política nas questões da imagem…

2. Um desses supostos erros foi, como o próprio assumiu nesta semana, não ter dado “mais dinheiro para a Cultura”. E eis como, procurando assumir um erro, tirou (uma vez mais) o tapete a um seu ministro, o da Cultura, cuja acção passava, precisamente, como ele próprio anunciou, por “fazer mais com menos recursos”.

3. É verdade que, um ano e meio após a sua nomeação (29 de Janeiro de 2007), o “nosso” Ministro da Cultura já deu mais do que provas da sua inexistência. Mas isso não foi por falta de recursos. Antes, tão-só, por falta de um Programa, antes disso, de uma Visão para o sector…

4. Um Ministro como o da Cultura num país como o nosso tem, à partida, dois grandes instrumentos: a Presença e a Palavra. E isso, por si só, já justificaria a função. Estando presente onde fosse realmente importante estar, falando sobre o que fosse realmente importante falar. O nosso Ministro da Cultura, ao invés, prima pela ausência e pelo silêncio…

5. Obviamente, o dinheiro é importante e, nalguns casos, é mesmo fundamental – sobretudo, na preservação do nosso património (a esse respeito, saúde-se uma das poucas coisas que é de saudar na acção deste Ministro: o estabelecimento de um regime de parcerias com entidades privadas para preservação patrimonial). De resto, atendendo às muitas “coisas” que têm tido subsídio do Ministério, é até bom que o dinheiro falte…

6. Sem dinheiro para distribuir, sem saber onde deve realmente estar presente e o que seria realmente importante dizer, é pois natural que este seja mais um Ministro que não existe. Apenas, contudo, mais um. De há muito que não há em Portugal um autêntico Ministro da Cultura, pelo menos, da Cultura Nacional, mais amplamente, da Cultura Lusófona. O que não admira: a Esquerda acha que isso é uma coisa de Direita e a Direita acha que isso é uma coisa do Passado. Logo…

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