A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Gotas de Cristal Orvalhadas



Pusera-me certa feita a olhar as gotículas de orvalho a penderem das frescas folhas de uns arbustos quaisquer, mas sem os distinguir; mas verdes, porém; a gotinha sim, lembro-me perfeitamente da forma e da fórmula – líquida – límpida e cristalina e chamou-me a atenção o fato de um oceano inteiro estar composto imenso manso bravo e ondulante de semelhantes gotas cheio. Quantas não haverão de ser naquela imensidão do mar? Embora salgadas!
Também meu corpo está na maior parte composto delas e talvez também a minha alma destas gotículas salgadas ande chorosa e nelas afogada! Não assim tão puras, porque as mágoas as tolheram de à luz do sol refletindo purificarem-se; ou porque não as veja, por ser noite já em meu viver...
Aquela imensidão noturna e sem estrelas por onde vagam com destino certo astros invisíveis, vejo-a apenas em minha imaginação azul, sem luz. Concebo-a em meu pensamento maculado de tristeza, porque minha alma fechara as asas e não quer voar para onde eu gostaria de ir, mesmo que em sonho, àquela imensidão. Pelo menos em sonho! Já que à felicidade não ouse tanto assim ousar, sonhar, pelo menos gostaria muito de sonhar.
Hoje? Ah este momento em que não há onde o pé seguro pise! Momento triste, semelhante àquele em que daquela feita pusera-me a olhar as gotas que pendiam dos arbustos!
Só ao mar levando minhas mágoas, que em gotas em meu corpo jazem, para dissolvê-las livres na imensidão daquelas outras, salgadas! É certo que ao mar levá-las-ei um dia, e com elas hei de me afogar, pois que afogadas em mim já andam e muito querem às vezes a mim próprio mergulhar!
Mas não creio na morte que me mataria a vida, pois a creio infinda e muito mais eterna é, de atrevida, só de atrevida.

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