A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 8 de junho de 2009

Europeias 2009, resultados

Europa:

Portugal:


Site: http://www.eleicoes2009-resultados.eu/pt/index_pt.html


COMENTADORES PRECISAM-SE (DESAFIO NA CAIXA DE COMENTÁRIOS)

23 comentários:

Ariana Lusitana disse...

Eu acho a subida do Bloco de Esquerda uma derrota dos socialistas descontentes...

José Pires F. disse...

É claro que sim, o Bloco só quer um bocado do mercado, nada mais.

O verdadeiro problema é que a malta cá do burgo é excelente a queixar-se, mas depois, na hora, lá vota no monocórdico rotativismo: ora PS, ora PSD. Conclui-se que, maioritariamente, gostam deste modelo de governação.
Nos próximos meses vamos ouvir a ladainha do voto ‘útil’.

Agora o engraçado nestas europeias e quando se fala tanto em crise e se identificam os que causaram a crise, é o PPE sair reforçado.

julio disse...

Parlamento Europeu rumou à direita

Ariana Lusitana disse...

Mas não terão sido eles a votar no Bloco? teremos nas legislativas 2 PS partidos médios a concorrer contra um PSD anorético e o PP e o PC a tentar "engrossar" à direita e à esquerda?
Eu só vejo uma esperança para acabar mais depressa com isto, termos o Alberto João Jardim a concorrer à presidência da república e a ganhar...

Anónimo disse...

Que terrivéis! :P

Paula Viotti disse...

Caros MIL

Sito Eugénio de Andrade num momento que os novos e os velhos, depois de uma lobotomia, ficaram sem memória.

Sem memória

Haverá para os dias sem memória
outro nome que não seja morte?
Morte das coisas limpas, leves:
manhã rente às colinas,
a luz do corpo levada aos lábios,
os primeiros lilases do jardim.
Haverá outro nome para o lugar
onde não há lembrança de ti?

Eugénio de Andrade

Abraço MIL

P

Eurico Ribeiro disse...

Partido // Votos Relativos // Votos Reais
PPD/PSD // 31,68 // 13,63
PS // 26,58 // 11,43
BE // 10,73 // 4,61
CDU // 10,66 // 4,58
CDS-PP // 8,37 // 3,6
Outros // 11,98 // 5,15

Os votos relativos são enganadores, por isso junto os votos reais (contando a abstenção de 43,01%) à vossa coação. Porque aqui o problema comaça a ser o da legitimidade: o partido vencedor ganhou com 13,63% de votos reais dos eleitores!

AAG News disse...

Continuo a achar que o MIL tem de ter uma vertente política, nomeadamente transformar-se num partido político em Portugal, mas também no Brasil e em Angola, isto para começar, abrangendo depois todos os países membros da CPLP.

Uma força de intervenção militar da CPLP também seria importante, para defesa do Atlântico Sul, por exemplo para uma intervenção na Guiné-Bisau, antes que se inviabilize como estado soberano e se dilua na Guiné Konakri.

Uma confederação de estados soberanos lusófonos, com capitais rotativas em Portugal, Brasil e Angola para começo, mas depois todos os países da CPLP.

A continuação de Portugal na UE deveria ser objeto de uma reformulação e reposiocionamento, primeiro como Pátria nacional, depois como sede europeia de Pátrias Lusófonas.

O municipalismo com livre associação de municípios em que apenas listas de cidadãos possam concorrer e não partidos nacionais ou regionais ou internacionais tem de ser salvaguardada.

Uma política de imigração e emigração seletiva, dando sempre primazia aos cidadãos dos países lusófonos, terá de ser feita em acordo com todos os países membros da CPLP.

A integração de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Galiza como zonas autónomas regionais de Portugal numa federação nacional "integrada" na UE, deverá ser discutida por todos estes países lusófonos e assim saber-se dessa possibilidade.

Estes são alguns tópicos de política Lusófona e Nacional, que eu gostaria de ver discutidos aque no MIL e na sociedade portuguesa e LUSÓFONA.

A forma de governo desta ideia de federação e confederação terá de ser uma República, mas isso não inviabiliza que monarquias possam integrar essa República, o inverso penso que é impossível, uma confederação Monárquica implica que haja um imperador e inviabiliza a integração de repúblicas lusofonas.
Estou mesmo assim disponível para quem argumente sobre este ponto e dsposto a discutir duma forma aberta todos os outros pontos desta minha reflexão politica.

Luís Cruz Guerreiro

Casimiro Ceivães disse...

Ariana, a subida do Bloco é a coisa mais natural do mundo. O que quer que sejam os "socialistas descontentes"...

Eurico, menos do que 13% foram os que estiveram em Aljubarrota. Muito menos. Terá o rei que de lá saiu menos legitimidade por isso?

Luís Guerreiro: esse é um programa para trezentos no mínimo... Será sempre preciso decidir, antes, o que fazer nos primeiros três.

Casimiro Ceivães disse...

Luís, queria dizer "trezentos anos"...

Ariana Lusitana disse...

Casimiro: Não percebi esse "natural", é da "natureza" do Bloco vir a governar o país?

Eurico e Casimiro: pode ainda não ser uma percentagem que dê fim à democracia mas a descer desta maneira... Dou um exemplo, se só votasse um milhão de portugueses não deixaria de ser "eleição democrática" mas qual seria o seu poder real?

AAG News (isto é um jornal?): indique em cada parágrafo o século em que vão acontecer as profecias.

Ariana Lusitana disse...

Não levem isso do João Jardim só como humor, tenho amigos da política na Madeira e a ideia de ser candidato existe.

Eurico Ribeiro disse...

"Continuo a achar que o MIL tem de ter uma vertente política, nomeadamente transformar-se num partido político em Portugal, mas também no Brasil e em Angola, isto para começar, abrangendo depois todos os países membros da CPLP."

Cuidado que colocar a Lusofonia (ou porque não Lusofilia...) no paradigma do velho mundo é condenar todo um movimento que se quer como o advento de uma nova era. Os partidos e a sua partidocracia está gasta e serão no futuro substituidos por movimentos de cidadania alicerçada na regionalização. A Lusofonia não pode ser materializada, mas somente ser a raíz e a força materializadora de coisas novas!

Casimiro Ceivães disse...

Ariana, não é da natureza do Bloco governar, e deus nos guarde do dia em que isso suceda. Não porque isso fosse o nosso fim: porque isso seria o fim deles. Mas é da natureza dos mais novos gostar de uma liberdade que não seja engravatadinha, ou clerical, ou fardada. A primeira exclui aquilo que passa hoje por ser a direita (PS, PSD e CDS), a segunda exclui a CDU; a terceira exclui quem você sabe.

O espantoso no resultado do Bloco (por efémero que seja) é o que sucedeu nos distritos do Norte: os 6% de Bragança, de Viana ou de Viseu não podem ser explicados por intelectualices alegristas, ou por adeptos do Caviar. Pela primeira vez desde o 25 de Abril, a "extrema-esquerda" teve, aí, metade dos votos lisboetas; tradicionalmente, tinha um décimo. Nem sequer esses votos podem ser explicados por opções "políticas" no sentido em que os políticos profissionais o entendem.

Casimiro Ceivães disse...

Quanto ao Alberto João, se bem a entendo, estou de acordo. Embora o Berlusconi esteja mais vivo do que as pilhas Duracell.

Casimiro Ceivães disse...

Eurico, também se bem o entendo dou-lhe razão. Aliás, lembrei-me ao lê-lo do triste percurso dos "democratas-cristãos" do pós-45, que foram isso mesmo: uma materialização, em vez de uma força materializadora.

Abraço

Ruela disse...

Algumas pessoas pensavam que estavam a votar nas 7 maravilhas portuguesas no mundo...

Casimiro Ceivães disse...

Ruela, claro... Mas eu desconfio dos críticos que criticam tudo em nome da perfeição. Um dia virá alguém que diga "a perfeição está na ponta da minha pistola". E aí será tarde demais. Já devíamos ter aprendido isso, ao fim de duzentos anos de aldrabões.

Ariana Lusitana disse...

Casimiro: eu duvido muito disso "dos mais novos", duvido que tenham sido os novos eleitores a fazer esta subida, porque o Bloco é uma espécie de "carraça" do «boi" PS, que reune gente burguesa, elitista, com "a mania" que são mais modernos que o resto da sociedade. Se o PS não estivesse a ser liderado por um inculto político sem ideologia a subida do Bloco seria mais 1 deputado ou ficava igual.

No que diz do norte, a sociedade portuguesa está a mudar, a televisão e a internet estão a criar uma sociedade "sem geografia".

Sem humor, eu acho que o João Jardim ganharia, e isso diz muito de nós...

E um aparte para todos: eu nunca percebi bem o que querem vocês dizer com isso da "lusofonia". Na wikipedia diz
"Lusofonia é o conjunto de identidades culturais existentes em países, regiões, estados ou cidades falantes da língua portuguesa como Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e por diversas pessoas e comunidades em todo o mundo.

Firmado o espaço continental português com a conquista do Algarve, os últimos reis da primeira dinastia dedicaram-se ao ordenamento do território nacional"
está mesmo assim, de repente começam a falar da conquista do Algarve!

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lusofonia

E depois as "identidades culturais existentes" não se anulam pela "língua portuguesa".
Eu acho a lusofonia uma espécie de "pacto de amigos" que falam a mesma língua, e onde são os portugueses que querem criar uma mitologia, os brasileiros piscam o olho porque em população a "língua é deles" e os africanos dos PALOP não querem saber (falo do povo), querem é fugir da miséria para um país decente.

Casimiro Ceivães disse...

Ariana, a televisão e a internet estão a fazer isso sim. E não sei se foi bom aos putos de Bragança sairem da alçada dos padres e dos regedores de paróquia para caírem no pronto-a-ver, pronto-a-querer. O Almeida Garrett, o escritor, lamentava há 150 anos terem os portugueses saído dos frades para caírem nos barões...

E há muita presunção na burguesia esquerdista, sim também. Surge pelos 35 anos, não aos 18... :)

Também acho que o JJ ganharia. E se puser cara de mau depois de ganhar, melhor será ainda. Mas desde que não toque na Banca, a juventude bem comportadinha nem dará por ela. E a outra - ah, enquanto houver youtube nada acontece de muito grave.

Eurico Ribeiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Eurico Ribeiro disse...

Concordo por um lado com a Ariana, e penso que a palavra Lusofonia não só peca por escassa, como também exclui lusodescendentes não falantes da língua, mas que o são por comportamento.
Mais do que aspectos culturais a Luso... (eu prefiro à falta de melhor começar a usar a Lusofilia nos meus rabiscos) tem a ver com a forma de ser e de estar no mundo e na interacção com os outros. É certo que o Brasil terá a sua forma cultural por vezes até um pouco distante da nossa como é obvio terão ainda mais os nossos irmãos africanos. Agora o que é totalmente diferente é eu ou melhor nós (porque sou português) os tratarmos por irmãos coisa que nenhuma povo ou potência colonizadora (mesmo hoje os EUA) o faz!
É esta "estranha forma de vida" a nossa, que caracterizo por Lusofilia, que é uma pertença a um ideal de LUZ que simbolicamente toma a imagem da Verdade, do Conhecimento, da Sabedoria e consequentemente da aceitação plena no outro; não da tolerânciazinha mesquinha (pelos coitados que não deixam por isso de ser isso mesmo, embora como é costume os toleramos) mas da plena aceitação do outro por mais dissemelhante que seja, ou na nossa percepção menos desenvolvido que nós, porque os analisamos nos aspectos que damos mais valor e que por isso nos fechamos à possibilidade de aprender coisas novas e diferentes (em suma aquilo que o outro tem de melhor para nos dar e que nesse espaço nos é claramente superior). Essa capacidade tão nossa de nos aproximarmos de quem quer que seja é também na minha interpretação a Lusofilia, já que o outro é como que obrigado pela nossa atitude a vir ao nosso encontro e não a armar-se para nos combater...
Por esse motivo é que a Lusofilia não pode ser um partido (político) porque é naturalmente inteira e indivisível. Não deverá ficar restrita ao espaço geográfico dos Descobrimentos, porque estes ainda não acabaram, pelo menos na essência, como diria o Agostinho da Silva falta-nos descobrir a Europa e semear nela os nossos valores...
Agora e a meu ver a Lusofilia ou porque não a Lusophilia não pode ser materializada porque rápidamente se extinguiria (tal como o fogo que arde e que se vê!) mas ir-se materializando através de ideais e de acções práticas (a CPLP pode e deve ter acções reais, pode criar partidos ou estimular movimentos cívicos), deve continuar a ser a Grande Utopia, em suma o farol numa noite tempestuosa.
A sobrevivência da Lusofilia depende do seu posicionamento como símbolo de salvação não só de nós mas do Mundo.
Pode parecer um discurso romântico ou utópico, mas no fundo no fundo se olharmos para o mundo em que vivemos e reflectirmos um pouco verificamos que só esta utopia que está desde sempre presente em nós nos Cultos do Divino Espírito Santo (e visitem os Açores de Abril a Junho e sintam como eu senti por dentro ainda hoje o que representam aquelas festas) e no nosso Brasão de Armas Nacionais... é que nos poderá guiar ao Novo Mundo!

Casimiro Ceivães disse...

Eurico, a irmanação no 'outro', que é puríssima herança cristã, é por natureza universal. Quem a sentir verdadeiramente sente-se por igual próximo de um português ou de um remoto esquimó. "Já não há judeu nem grego", disse S. Paulo poucos anos depois da Ressurreição do Cristo.

Aquilo a que temos chamado aqui - e não gosto da palavra - "lusofonia" é uma experiência diversa, ou melhor, uma experiência mais "terrena", mais imediata e menos metafisica do que essa. É uma vivência inconsciente, uma assimilação de culturas na sua localidade, uma percepção de Portugal que é bem diferente daquilo que fez com que na maior parte da Europa cada território seja chamado pelo nome do seu povo dominante: Portugal não foi nunca, e nunca quis ser a "LusoLand", e por isso sempre se sentiu desconfortável na "Euroland" ou na "WhiteLand".

Para nós, a diferença prática entre os dois conceitos - o da fraternidade dos homens e o da sua "lusofilia" (poderia ser "lusotopia", "lugar dos de Luso"), está nisto: o esforço pela realização da primeira é do domínio dos movimentos religiosos ou espirituais, mesmo que se não reconheçam como tal; o segundo é do domínio da política, no real e nobre sentido dessa palavra.

Um abraço

Casimiro