A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sábado, 16 de maio de 2009

Cristo Rei

«Em 1934, ao passar pelo Rio de Janeiro, o então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Cerejeira, ao ver a imponente imagem de Cristo Redentor do Corcovado, nasce no seu coração o desejo de construir semelhante obra frente a Lisboa. (...)
Em 1939 inicia-se a II Guerra Mundial. Neste período a ideia da construção do Monumento a Cristo Rei ganha um novo sentido e vigor. Em 20 de Abril de 1940, em Fátima, os Bispos fazem um voto: Se Portugal fosse poupado da Guerra, erguer-se-ia sobre Lisboa um Monumento ao Sagrado Coração de Jesus, sinal visível de como Deus, através do Amor, deseja conquistar para Si toda a humanidade. Portugal não entrou na Guerra. (...)
A 17 de Maio de 1959 (Dia de Pentecostes) perante a imagem de Nossa Senhora de Fátima... inaugurou-se o Monumento. (...) Nas palavras do Cardeal Cerejeira: Este será sempre um sinal de Gratidão Nacional pelo dom da Paz.»

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"(...) à fidelidade de Pedro cometeu o Senhor as chaves do seu Reino: Tibi dabo claves regni cælorum. Primeiro lhe chamou homem de pedra e depois lhe entregou as chaves, porque as chaves do Reino só em homens de pedra estão seguras. Os homens de barro quebram, os de pau corrompem-se, os de vidro estalam, os de cera derretem-se; tão duro e tão constante há-de ser como uma pedra, quem houver de ter nas mãos as chaves do Reino: Tu es Petrus, tibi dabo claves. (...) Que havia logo de fazer com elas S. Pedro? Atar e desatar, diz Cristo: Quodcumque ligaveris, erit ligatum: quodcumque solveris, erit solutum. A peste do governo é a irresolução. Está parado o que havia de correr, está suspenso o que havia de voar; porque não atamos, nem desatamos.»
Padre António Vieira

«Urge aprontar o caminho para a nova forma de cristianismo que deve bem querer aparecer

Vibra, clarim, cuja voz diz.
Que outrora ergueste o grito real
Por D. João, Mestre de Aviz,
E Portugal!

E, se o futuro é já presente
Na visão de quem sabe ver,
Convoca aqui eternamente
Os que hão de ser!

A todos, todos, feitos num
Que é Portugal, sem lei nem fim,
Convoca, e, erguendo-os um a um,
Vibra, clarim!

E outros, e outros, gente vária,
Oculta neste mundo misto.
Seu peito atrai, rubra e templária,
A Cruz de Cristo.

Transcende a Grécia e a sua história
Que em nosso sangue continua!
Deixa atrás Roma e a sua glória
E a Igreja sua!

Depois transcende esse furor
E a todos chama ao mundo visto.
Hereges por um Deus maior
E um novo Cristo!

Não foi para servos que nascemos
De Grécia ou Roma ou de ninguém.
Tudo negamos e esquecemos:
Fomos para além.

Vibra, clarim, mais alto! Vibra!
Grita a nossa ânsia já ciente
Que o seu inteiro voo libra
De poente a oriente.

Vibra, clarim! A todos chama!
Vibra! E tu mesmo, voz a arder,
O Portugal de Deus proclama
Com o fazer!

O Portugal feito Universo,
Que reúne, sob amplos céus,
O corpo anónimo e disperso
De Osíris, Deus.

O Portugal que se levanta
Do fundo surdo do Destino,
E, como a Grécia, obscuro canta
Baco divino.

Aquele inteiro Portugal,
Que, universal perante a Cruz,
Reza, ante à Cruz universal,
Do Deus Jesus.»
Fernando Pessoa

«Para que possa compreender Deus, para que possa, melhorando-se, melhorar também os outros, o homem precisa de ser livre; as liberdades essenciais são três: liberdade de cultura, liberdade de organização, social, liberdade económica. Pela liberdade de cultura, o homem poderá desenvolver ao máximo o seu espírito crítico e criador; ninguém lhe fechará nenhum domínio; ninguém impedirá que transmita aos outros o que tiver aprendido ou pensado. Pela liberdade de organização social, o homem intervém no arranjo da sua vida em sociedade, administrando e guiando, em sistemas cada vez mais perfeitos à medida que a sua cultura se for alargando; para um bom governante, cada cidadão não é uma cabeça de rebanho; é como que o aluno de uma escola de humanidade: tem de se educar para o melhor dos regimes, através dos regimes possíveis. Pela liberdade económica, o homem assegura o necessário para que o seu espírito se liberte das preocupações materiais e possa dedicar-se ao que existe de mais belo e de mais amplo; nenhum homem deve ser explorado por outro homem; ninguém deve, pela posse dos meios de exploração e de transporte, que permitem explorar, pôr em perigo a sua liberdade de Espírito dos outros. No Reino Divino, na organização humana mais perfeita, não haverá nenhuma restrição de cultura, nenhuma propriedade. A tudo isto se poderá chegar gradualmente e pelo esforço fraterno de todos.»
Agostinho da Silva

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