A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sexta-feira, 8 de maio de 2009

“CPLP: Comunidade ou Colonialismo?”

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“No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho”
O poeta Carlos Drummond de Andrade em “No Meio do Caminho”

Semanas atrás, hackers apagaram a página de internet da CPLP, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Nada de mais, não é? No mundo virtual, o que mais existe são hackers, destruindo tudo o que encontram pela frente. Mas, como sou um entusiasta da integração entre os povos lusófonos, preferia que a CPLP levasse essa provocação a sério. Penso que pode ser uma ótima oportunidade para fazer uma “autocrítica”, reavaliando os seus conceitos e forma de atuação.
Acima de qualquer questionamento, reconheço a importância da CPLP e acredito no seu futuro. Em pouco mais de uma década de existência, a entidade realizou ações exemplares e mostrou o seu valor, como no apoio à Guiné-Bissau e Timor-Leste. Sinceramente, penso que a simples existência da Comunidade já é uma vitória. Não deve ser fácil unir oito países, de quatro continentes e com grandes problemas internos a resolver, em torno de um ideal comum.
Mas, recentemente, dois acontecimentos envolvendo pontos-chave da CPLP me deixaram bastante apreensivo.
Primeiro foi a aprovação do polêmico Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Apesar de ser conhecido desde 1990, o tratado gerou acaloradas discussões no processo de adesão de Portugal. Dos políticos aos humoristas, sobraram críticas como: “nos obrigarão a falar brasileiro” ou “a Língua Portuguesa é nossa”. Como já disse, também tenho reservas ao acordo, mas acho que nada justifica essa postura. Não seria mais produtivo ter participado ativamente da sua construção?
O segundo fato estranho foi o anúncio da criação da Universidade da CPLP pelo Brasil. A notícia, que pegou a todos de surpresa, foi dada pelo Chanceler Celso Amorim em abril, numa visita à Guiné-Bissau. Em busca de mais informações, pesquisei os sites da CPLP, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Educação... e nada! Acabei enviando um e-mail para o MRE. Recebi como resposta que “o projeto ainda está em fase embrionária”.
Acabei encontrando o que procurava no blog do ex-Ministro Zé Dirceu. Segundo ele, a instituição deverá iniciar suas atividades em 2010 na cidade de Redenção, no interior do Ceará. Terá 10 mil vagas e cursos nas áreas de administração, agricultura, educação e saúde. Metade dos alunos deverá vir da África e Timor. Curiosamente, em nenhum momento citaram Portugal. Por outro lado, também li artigos lusos acusando o Brasil de “tomar o lugar que é seu de direito na África”.
Ao analisar essas situações e, principalmente, os comentários gerados dos “dois lados do Atlântico”, passei a considerar que a CPLP corre o sério risco de ser reduzida a um mero “cabo de guerra” entre Brasil e Portugal. Nosso passado em comum, afinidades culturais, fartas possibilidades de intercâmbio e o respeito mútuo parecem interessar cada vez menos. O “novo jogo” pode ser apenas uma disputa entre a velha e a nova “metrópole” pela soberania do mundo lusófono.
Espero estar enganado. Ou, se estiver certo, torço para que a CPLP aproveite o alerta do hacker para corrigir o seu rumo. Mas, se o futuro se resumir mesmo a uma disputa por “quem mima mais”, aproveito para deixar um aviso aos “novos colonizadores”: preparem os bolsos que os Estados Unidos, China, França, Austrália, entre muitos outros, também estão no páreo!
“A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?”
Carlos Drummond de Andrade em “José”

Douglas Cavallari de Santana
Publicado na seção “Iscas Intelectuais - Lusófonas” da página de Internet do comunicador Luciano Pires - www.lucianopires.com.br.

2 comentários:

ZeCarlos disse...

Meu Amigo
Concordo com suas palavras e preocupações quanto ao futuro da CPLP.
Quanto a declaração do Ministro e o blogue do Zé Dirceu, fique tranquilo, no "calor do palanque" eles acabam fazendo promessas e comentários e depois precisam "correr atras" para não parecer invenção. Primeiro promete, depois descobre como realizar, se realizar.
Uma Universidade CPLP sem Portugal e os demais integrantes está fadada a ser mais um "evento eleitoral" e que ficará esquecido pelo caminho.
Fiquemos atentos aos rumos da Comunidade!
ps: sou eleitor do Pt

julio disse...

Há outros motivos quanto ao Zéis ministro, que nem fala por si senão pelo PT Foro São Paulo e outros P e então quem não for minorias... será burguesia, será colonizador, será imperialista, será tio Sam, será outro, será diferente e tiver outra cor e se for filho de Adão, será inimigo e o lusitano é um dos... e alvo preferido.
E Zé das couves dirceu um dos principais atiradores...