A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Catedral

«Tenho tal medo da palavra dos homens.
Eles exprimem tudo com tanta clareza:
e isto chama-se cão e aquilo casa,
e aqui é o começo e acolá é o fim.

E também me amedronta o seu sentido e o seu jogo com o escárnio,
eles sabem tudo o que vai ser e já foi;
não há monte que lhes seja maravilha;
o quintal e a quinta deles vão às fronteiras de Deus.

Hei-de advertir e opor-me: Ficai de largo!
Gosto tanto de ouvir cantar as coisas.
Mal lhes tocais, ficam hirtas e mudas.
Matais-me todas as coisas.»
Rainer Maria Rilke, Alba Poética

«O que estava sentado no trono afirmou: Eu renovo todas as coisas
Ap 21:5

«Vamos-te construindo com mãos a tremer
e pomos, em torre, átomo sobre átomo
Mas quem pode concluir-te,
Catedral?

O que é Roma?
Desmorona-se.
O que é o Mundo?
Despedaça-se
antes de as tuas torres terem cúpulas,
antes que de milhas de mosaico
surja a tua fronte resplendente.
Mas muitas vezes em sonho
posso abarcar
o teu espaço,
fundo, desde o início
até à aresta dourada do telhado.
E vejo então: os meus sentidos
formam e constroem
os últimos ornatos.»
Rainer Maria Rilke, O Livro das Horas

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