A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 13 de maio de 2009

A boca e a mosca

José António Pinto Ribeiro, o actual ministro da (In)Cultura em Portugal, é um político muito «estimado» no nosso país. Tão «estimado» que já conseguiu colocar contra ele – sob a forma de manifesto/petição – um conjunto de personalidades ligadas às «letras, artes e ideias» lusas... e em menos tempo do que levou a concretizar-se uma iniciativa semelhante contra Isabel Pires de Lima, a sua antecessora no cargo! É sem dúvida um motivo para se sentir «orgulho»...
Agora o que é mesmo surpreendente é que até já há estrangeiros que, além de saberem quem é (e que existe...) o ministro da (In)Cultura em Portugal, também nutrem por ele o mesmo sentimento de «estima». Nomeadamente Bob Geldof, que recentemente expressou a sua estranheza pelo facto de o (Des)Governo do nosso país estar alegadamente a bloquear, na União Europeia, a votação em prol do alargamento dos direitos dos autores e artistas musicais para um prazo de 70 anos. E Bob Geldof não é uma pessoa qualquer: é a individualidade que o Sr. Pinto de Sousa, o chefe do Sr. Pinto Ribeiro, decidiu receber no Palácio de São Bento em vez do Dalai Lama, quando ambos estavam em Lisboa no mesmo dia...
Porém, não é verdade que o actual ministro da (In)Cultura não tenha feito qualquer coisa de «relevante» desde que ocupa o cargo, que não mostre interesse por algum assunto minimamente «cultural»... ou «kultural»: com efeito, ele praticamente não perde uma ocasião para anunciar, convicto, de que o (des)Acordo Ortográfico irá, em Portugal, entrar em vigor este ano. É evidente que o senhor ministro não tem a noção do ridículo em que cai sempre que repete aquele disparate, mas, enfim, não se pode ter tudo, não é assim?
É possível que muito em breve o Sr. Pinto Ribeiro tenha mais uma oportunidade para enaltecer o dito (des)acordo: no próximo dia 20 de Maio o plenário da Assembleia da República vai apreciar a petição/manifesto «Em Defesa da Língua Portuguesa contra o Acordo Ortográfico», que, no momento em que escrevo, conta já com quase 114 mil assinaturas... E nunca é de mais lembrar que o (des)acordo também enfrenta desconfiança, e até oposição, no Brasil.
Se o ministro da (In)Cultura for mesmo ao parlamento, subsistirá – até ao momento de ele abrir a boca – a dúvida sobre se ele falará em português ou em outro idioma – alemão, francês ou inglês. Seja como for, esperemos que não lhe entre mosca.

3 comentários:

Casimiro Ceivães disse...

Pois eu tambem recebia o Bob. De resto, não percebi. Qual é o seu (des)acordo?

Renato Epifânio disse...

1. Que este Ministro não existe, é uma evidência ontológica. Mas neste Governo seria impossível haver um Ministro da Cultura. Aliás, em Portugal, nunca houve, que eu tenha memória, nenhum Ministro da Cultura digno desse nome...

2. O manifesto/ petição vem da tropa carrilhista. E, para esse peditório, não dou...

3. Quanto ao Acordo Ortográfico, também já disse aqui o que tinha a dizer (é ver histórico). E se o Ministro tanto fala dele, é porque é das poucas coisas (senão a única) que pode apresentar...

Renato Epifânio disse...

4. Quanto ao número de subscritores da Petição anti-acordo, também não me impressiona. Já aqui escrevi que, se houvesse referendo, haveria mais de 90% de oposição...