A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 19 de abril de 2009

Ordem e Progresso, ou Amor e Liberdade?

«(...) o Útil e o Inútil estão sempre em referência (...) à nossa vida (...) o Objectivo e o Subjectivo são uma e a mesma coisa visto serem os nossos próprios olhos a verem e doutra maneira não existirem as coisas; e que não há o Mais Intelectual e o Mais Emotivo porquanto todo o sensível é inteligível, todo o inteligível é sensível (...). Todo o Objecto é Emocional - toda a Emoção é Objectiva.

O mal do tempo não é da Tolerância nem da Intolerância, sei que ambas navegam o mesmo Mar, como não podia deixar de ser e creio que o pior é o fruto de pensar-se se devemos ou não ser tolerantes. Tudo é e não é alternadamente, ou tudo é o mesmo com aspectos diferentes. Se toda a medalha tem reverso, ao homem corresponde o santo e o assassino, a fúria e a paciência, o crime e a bondade, o ódio e o amor, a arrogância e a humilhação, o mau e o bom. Tudo é ambivalente. Acreditar em Deus é acreditar-se num Eu que existe em nós na medida em que se acredita, acreditar-se no Diabo é ainda ser-se Diabo, subir-se a montanhas e descer-se a vales é também ser-se montanha e vale, adorar a Pedra é ser Pedra!

A vida Pretendida não é outra do que a que perdemos na Infância - roubada na própria Infância! - esse Mundo da Fantasia (...) de Imaginativos e Travessos e Amorosos de qualquer espécie, que a todo o momento constroem um Mundo Infinito-Completo-Complexo-Simples, sempre harmonioso, até no choque, e sempre desejado - que o homem perde e nunca mais encontra depois de ultrapassada a porta da Revolta na Adolescência.
Está este (homem dito grande) numa enorme crise com a sua ânsia de harmonia forçada, de estabilidade, de ordem e de progresso nisto tudo. No Mundo das Crianças a autoridade alheia é inadmissível e o homem comum um sujeito que não existe. Não há compromissos entre o Capital e o Trabalho; os compromissos tomados são doutra ordem, e no Poeta são os únicos que acontecem até ao fim: o AMOR e a LIBERDADE - pois o compromisso é com o AMOR, o acto um acto LIVRE e o Tempo ÚNICO.

Precisamente: não pretendo legislar, mas encontrar. E se venho falar-vos é porque isso é ainda uma forma de encontro. (...)
Necessária se torna não esta linguagem física, que é a nossa, não esta que serve para comunicar e é uma aderência estranha ao Corpo, que funciona com autonomia e podemos considerar como um corpo só que adere, mas não pertence, mas aquela que é completação do próprio Corpo, que é sua manifestação profunda e não algo exterior de que se serve; não esta humana que aponta e traça uma longa geometria sobre que joga e é um utensílio de comunicação, mas outra que seja precisamente não um substituto, mas o próprio movimento da realidade em troca desta que a indica, que a fixa, mas não a contém.
Eu ouço: é o som que contém o corpo, não as palavras (...).»
António Maria Lisboa, Poesia

Agradecida pela paciência que me tiveram, e pela impaciência.

And Start to Move, or Move to the Star-t:



Love is here to stay : «permanecendo, permanecendo*»
(*Verbo no Ger'ún-dio)

16 comentários:

Paulo Borges disse...

António Maria Lisboa sinaliza bem isso que o mundo adulto e socializado perde e não pode recuperar sem se perder. Mas, como já sabe, também não me parece que a infância o detenha plenamente. Ser criança é já estar saudosa e mortalmente a caminho de ser adulto. Ser criança já é perda da eterna infância do não nascido, da vida não nada. Que a cada instante pode ser recuperada, pelo próprio adulto. Não pelo mundo histórico-social que não abdique de o ser.

Unknown disse...

Bom Dia Paulo,

«Ser criança é já estar saudosa e mortalmente a caminho de ser adulto.»

Já alguma criança lhe disse isso?
Em criança não me lembro de sentir isso... (e ainda bem). Talvez apenas por não me pensar: não me dividir em dois.

Um Abraço, Amigo.

Unknown disse...

Mas mais importante que isso, meu Amigo. O que pensamos ser ou não a Infância.
Parece-me, o que queremos nós que Ela seja. O que queremos nós de nós, da nossa Vida...
Porque aí pode ser que o nosso Desejo influa... e nos tenha valido pensá-lo...

Paulo Borges disse...

Cara amiga, mesmo que a criança não sinta isso é isso que quase sempre lhe acontece. E sentir ou não isso depende da memória, consciente ou inconsciente, que se guarda do antes de se nascer. Também fui criança e também falo por experiência própria, embora o pudor me resguarde de dizer mais.

Quanto a querer, desejar e pensar, desconfio muito de tudo isso, para além do mínimo indispensável. Não será aliás que isso contradiz a sua apologia da criança ideal que não pensa nem quer (e que nunca vi)?

Um Abraço

Unknown disse...

«criança ideal»

A criança ideal é a Real. O maior ideal que pode haver é a própria realidade, criadora de si mesma e do ideal-sonho.

«Quanto a querer, desejar e pensar, desconfio muito de tudo isso»

E se desconfia disso, porque não desconfia da própria desconfiança, filha disso (da vida)?

«a criança ideal que não pensa nem quer»

A criança pensa querendo: deseja pensando.

(Mas não falo a realidade, senão a realidade em mim...)

Unknown disse...

Desconfiar do que quero e desejo, seria desconfiar de mim mesma, porque eu Sou o que quero e desejo.
Se desconfiasse da minha existência não haveria então o que desconfiar, pois então não existiria a própria desconfiança...

Unknown disse...

Esta última ficou confusa. Queria dizer apenas, para desconfiar é preciso haver o objecto alvo da desconfiança...

julio disse...

A luz e a sombra e o que delas reflete.

Paulo Borges disse...

Maria Ana, a mente não pára, não é!?... Experimente repousar um pouco no espaço entre cada pensamento. Pode ser que aí descubra algo bem mais interessante e consciente que tudo isto que as nossas pobres palavras e conceitos nos levam a tomar por real. É aí que creio residir a verdadeira Criança e o verdadeiro Rei: o que nunca nasce nem morre.

Unknown disse...

Está... Adeus aos dois.

Ariana Lusitana disse...

"Ger'ún-dio"?

Unknown disse...

O correr do Tempo 'Gera Um Deus': Um Dia.

Ariana Lusitana disse...

A sério?

Unknown disse...

O Tempo está 'a ser-rio', para ser um só mar.

Paulo Borges disse...

A criativa e a céptica!... Que engraçado! E que graça teria descobrirem que só unindo-se fazem sentido!...

Ariana Lusitana disse...

De 25 em 25 dias.