Acalmem-se as hostes!! A partir das próximas semanas vamos levantar a ponta do véu...vamos apresentar alguns excertos de capítulos de um novo livro de crítica social que, em breve, pretende ser companhia assídua dos leitores. Sem a verve demencial de Ezra ou a garatuja claustrofóbica de Kafka, com ou sem subsídios da Gulbenkian, não pretendemos pôr professores a cantar "O Malhão" ou "Esta vida de marinheiro"...a nau já anda à deriva à muito tempo, o cabrestante está inutilizado e o Homem do Leme já não apresenta o vigor de outrora... também não pretendemos enterrar o Dantas nem tecer loas ao Almada nem realçar as qualidades arquitectónicas do Seixal...nem, tão pouco, elaborar estudos sociológicos ou esgotar edições em busca de milhares de euros que, com a queda dos mercados e o "preço" da inflação passaram, num ápice, de vil metal à fórmula química do latão... Pretendemos, isso sim, munidos de humor cáustico e ironia fina abanar as consciências, despertar os distraídos e avisar os incautos: novos ventos da literatura se aproximam! À boleia de um escrita...diferente... o enredo desenvolve-se num bairro típico lisboeta e espelha os sonhos, desejos e ambições de um grupo de jovens que atravesam a fase mais quente do vinte e cinco de abril até aos nossos dias encontrando-se num jantar, trinta anos mais tarde, para recordar e ver a que grau de evolução tinham chegado. A fuga da Caverna, em busca de uma realidade diferente das sombras difusas a que tinham acesso, fôra o seu objectivo de vida, mas seria a realidade assim tão diferente das sombras? Cabe ao leitor decidir quando chegar ao fim da obra... Até lá, regozije-se com o texto de hoje construído com títulos de livros...mal não faz...é indolor e, quanto mais não seja, serve para renovar o seu guarda roupa literário...
Por alturas do século XIX, lá na terra dos meus pais, era costume fazer Serões na Aldeia...havia duas meninas que eram As Pupilas do Senhor Reitor a quem ele contava sempre uma história antes de deitar...Ele tinha-lhes mostrado a diferença entre A Cidade e as Serras depois de Vinte Horas de Liteira para lá chegar. Normalmente, faziam muitas perguntas, mas não sendo o padre versado em temática feminina precisaria de Vinte e quatro horas na vida de uma mulher para responder...Encontrava-se isolado na aldeia qual General no seu labirinto tendo, por companhia, O velho que lia romances de amor e recebia, semanalmente, as cartas pel' O carteiro. Invariavelmente recebia Notícias da cidade silvestre mas, outras vezes, Trovas do vento que passa. De Manhã submersa tomava o pequeno almoço que era a sua Alegria breve para esquecer o seu Amor de perdição, numa determinada altura, tinha-se apaixonado e sentira Amor nos tempos de Cólera e, para evitar a Crónica de uma morte anunciada, tinha-se refugiado na montanha onde escrevia O livro do riso e do esquecimento. As meninas gostaram da história e deram-lhe uma flor que ele guardou como A relíquia...e ele, num gesto políticamente incorrecto, fumou um Português suave e ficou a meditar n' A Insustentável leveza do ser...
Por alturas do século XIX, lá na terra dos meus pais, era costume fazer Serões na Aldeia...havia duas meninas que eram As Pupilas do Senhor Reitor a quem ele contava sempre uma história antes de deitar...Ele tinha-lhes mostrado a diferença entre A Cidade e as Serras depois de Vinte Horas de Liteira para lá chegar. Normalmente, faziam muitas perguntas, mas não sendo o padre versado em temática feminina precisaria de Vinte e quatro horas na vida de uma mulher para responder...Encontrava-se isolado na aldeia qual General no seu labirinto tendo, por companhia, O velho que lia romances de amor e recebia, semanalmente, as cartas pel' O carteiro. Invariavelmente recebia Notícias da cidade silvestre mas, outras vezes, Trovas do vento que passa. De Manhã submersa tomava o pequeno almoço que era a sua Alegria breve para esquecer o seu Amor de perdição, numa determinada altura, tinha-se apaixonado e sentira Amor nos tempos de Cólera e, para evitar a Crónica de uma morte anunciada, tinha-se refugiado na montanha onde escrevia O livro do riso e do esquecimento. As meninas gostaram da história e deram-lhe uma flor que ele guardou como A relíquia...e ele, num gesto políticamente incorrecto, fumou um Português suave e ficou a meditar n' A Insustentável leveza do ser...
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