Tronos, religiões, impérios, usos...
Oh que nuvens de pó alevantadas!
Castelos de nevoeiro tão confusos!
Ondas umas sobre outras conglobadas!
Que longes que não têm estes abusos
Da forma! Tróias em papel pintadas!
Babilónias de névoa, que uma aragem,
Roçando, abala e lança na voragem!
Sobre alicerçes d’ar as sociedades
Como sobre uma rocha têm assento...
E os cultos, as crenças, as verdades
Ali crescem, lá têm seu fundamento...
Ó grandes torreões, templos, cidades,
Babéis de orgulho e força... sopre o vento
Sobre os pés do gigante que se eleva...
E era d’ar essa base... e o vento a leva!
Antero de Quental (À História, II)
Oh que nuvens de pó alevantadas!
Castelos de nevoeiro tão confusos!
Ondas umas sobre outras conglobadas!
Que longes que não têm estes abusos
Da forma! Tróias em papel pintadas!
Babilónias de névoa, que uma aragem,
Roçando, abala e lança na voragem!
Sobre alicerçes d’ar as sociedades
Como sobre uma rocha têm assento...
E os cultos, as crenças, as verdades
Ali crescem, lá têm seu fundamento...
Ó grandes torreões, templos, cidades,
Babéis de orgulho e força... sopre o vento
Sobre os pés do gigante que se eleva...
E era d’ar essa base... e o vento a leva!
Antero de Quental (À História, II)
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