A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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segunda-feira, 16 de março de 2009

« Lágrimas e sorrisos na vida de um médico »

É o título de um livro, do qual transcreverei algumas histórias, apresentado pelo General Lemos Pires e escrito pelo insigne médico-cirurgião Dr.Fernando Reis Lima, homem de sorriso aberto que imediatamente nos cativa, que dedicou toda a sua vida ao seu semelhante, que faz o favor de ser meu amigo e por quem, por tudo isso e muito mais, nutro a maior admiração.
Camarada de armas e de causas, que me apoiou e acompanhou na tentativa de erigir, no Porto, um monumento aos combatentes da guerra do ultramar que, infelizmente, não se concretizou, devido ao desinteresse do actual presidente da Câmara, apesar de nos terem sido dadas todas as garantias pelo presidente anterior ( é curioso como a Cidade do Porto consegue ser, se não a única, pelo menos das poucas que não tem um monumento aos combatentes do ultramar). A razão invocada foi a pouca receptividade da Assembleia Municipal relativamente a questões relacionadas com a Guerra do Ultramar. Passados estes anos todos, ainda não consegui perceber se o presidente quis insinuar que a Assembleia Municipal considerava “fascistas” todos os mancebos que foram obrigados a ir para a guerra e que não desertaram ?!...
O Dr. Fernando Reis Lima, que do mesmo modo tive o grato prazer de acompanhar, também se
empenhou na construção de um monumento semelhante na Cidade da Maia que, felizmente e graças à compreensão do presidente da câmara, conseguiu erguer.
Grande foi a nossa satisfação no acto de inauguração do monumento que homenageava os combatentes do concelho da Maia, honra que foi negada aos combatentes do vizinho concelho do Porto.

Começarei por transcrever um episódio insólito relacionado com o CATANGA cujos combatentes, perante o avanço das forças da ONU, tinham pedido asilo político, tendo sido aquartelados em Vila Luso, no Sul de Angola.

“… estava calma e sossegadamente no quartel quando sou convocado para comparecer no Comando.
Desloquei-me ao gabinete do comandante e recebi ordens para mandar vigiar pelos meus maqueiros as caixas de munições que estavam colocadas junto do posto de socorros.
Recomendei aos meus subordinados para não mexerem em nada e mais não liguei ao assunto, pois era hábito, principalmente quando estávamos no Norte de Angola, ter por companhia caixas de munições a servir de bancos. Uns dias depois, logo pela manhã, surgiu um pelotão de polícia militar, com grande aparato de segurança, para transportar as “munições”para um avião vindo expressamente para o efeito.
Como as distracções eram poucas, assisti ao carregamento e transporte das caixas quando uma delas caiu desmanchando-se e espalhando barras de ouro com 1 Kg com gravação de Banco Suíço como comprovei pegando numa!
Um dos maqueiros, o Teixeira, mais vulgarmente chamado de “Jacaré” (quando se ria abria a boca qual jacaré de uma orelha a outra) exclamou, gaguejando, quando pegou numa barra que me veio trazer: “Oh! Senhor Doutor! É ouro! Se eu sabia tinha ficado com uma caixinha e ficava rico para toda a vida!”
Todo o aparato de segurança justificava-se plenamente, mas a melhor foi a ignorância do conteúdo das caixas que continham as reservas e divisas do Banco do Catanga que estavam à guarda do Exército Português.
A segurança foi perfeita, pois só o comando sabia do conteúdo das caixas!
Imaginem o que seria se, se soubesse que tal tesouro não contabilizado estava ali à mão!
São as histórias da guerra que pouca gente sabe.
Só agora, mais de 40 anos passados se podem contar como se de um conto de fadas se tratasse…”

Trecho do livro "Lágrimas e sorrisos na vida de um médico" da autoria de Fernando Reis Lima",
transcrito do blogue "Rosa dos Ventos" http://rosadosventosnorton.blogspot.com

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