A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 1 de fevereiro de 2009

Texto que nos chegou...

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Quando se fala numa venda do BCP aos espanhóis do BBVA, através da ação de um grupo de «capitalistas » nacionais directamente inspirados por Miguel de Vasconcelos, em busca de subsídios alimentares para manter os seus níveis de vida, insisto na necessidade de uma reflexão estratégica nacional sobre as consequências extremamente graves para o país decorrentes da espoliação pelos espanhóis, beneficiando da cumplicidade pacóvia e comprada dos sucessivos governos nacionais, de todas as bases de acumulação do capital e de desenvolvimento económico autónomo em Portugal.

Deste modo, ficamos totalmente dependentes de uma economia em crise estrutural e de actores que só nos vem explorar e com o intuito deliberado de nos dominar, para nos separar ainda mais dos espaços e pólos de desenvolvimento ao nível mundial que são hoje : o Brasil, Angola (novo Eldorado de onde os espanhóis há muito aspiram em varrer os portugueses com a cumplicidade activa dos camaradas cubanos), Moçambique, Timor Leste, India, STP etc…

SC

15 comentários:

Renato Epifânio disse...

Exactamente o que falta: uma "estratégia nacional". Sem isso...

Casimiro Ceivães disse...

Francamente não consigo entender.

AAG News disse...

Penso que Portugal, devia ter um Banco público e apenas três bancos privados, um para Portugal Continental e dois para Portugal insular, pois os Açores e a Madeira também teriam de ter os seus bancos privados, todos de capitais estritamente nacionais.
Os capitalistas que se organizassem de maneira a tornarem viáveis estes bancos privados.

L+G

Unknown disse...

Renato,

Concordo em absoluto quanto ao que dizes sobre a estratégia nacional. O que será que se discute no Conselho de Estado, ou no conselho superior de defesa nacional? Gostava de ler sobre o assunto da "Estratégia Nacional" um artigo do Prof. Adriano Moreira, será que o blog pode funcionar como caixa de encomendas? :)

As oportunidades estão aí, ler com atenção o seguinte link da Junta da Estremadura Espanhola.

http://www.gitextremadura.com/index.php?modulo=lengua&pagina=index.php&id_bandera=2

julio disse...

Como duvidar da cobiça de sempre?
Que nasça um Henrique, como aquele e declare guerra à prostituta da mãe...

Casimiro Ceivães disse...

Ainda me lembro do tempo em que o gerente local da Caixa Geral de Depósitos era o homem mais poderoso de qualquer vilazinha portuguesa. Os partidos faziam-lhe a corte, os vereadores tinham-no em grande conta, o lugar de deputado estava no horizonte.

Talvez isto sirva como "estratégia nacional"?

A ideia "os capitalistas que se organizem" é fantástica. Suponho que se organizariam pedindo crédito para as suas empresas em Espanha. Ou isso seria proibido e teriam que ir a Angola?

Já agora: os capitais angolanos são "bons" ou "maus"?

AAG News disse...

Repetindo, "todos de capitais estritamente nacionais."
Se não houver capitalistas portugueses para fazerem um banco privado, então bastará um banco público.
Empresas isso é outra coisa, acho que tem de haver abertura para as empresas dos países lusófonos e intercâmbio comercial, já quanto às empresas "estrangeiras" devem ser de interesse vital para a nossa economia, porque está-se a ver que as multinacionais, especialmente as europeias assim que recebem os subsídios e os esgotam, pensam em abandonar Portugal, encerrando ou partindo para outras latitudes onde os governos lhes dão mais subsídios e onde a mão de obra é mais barata.
Aqui em Alhos Vedros todas as multinacionais de confecções fecharam e foram para outros lados, estou-me a referir à Helly Hansen, Gefa, Fristads, que me lembro agora.

L+G

Casimiro Ceivães disse...

Não percebo o que têm de especial as "empresas dos países lusófonos".

A Petrobrás e a Sonangol, por exemplo, poderiam estar cá, mas a BP e a Shell não. É isso?

JSL disse...

Concordo em absoluto que:
"Penso que Portugal, devia ter um Banco público e apenas três bancos privados...
Os capitalistas que se organizassem de maneira a tornarem viáveis estes bancos privados."

Claro que irei descrever e bem o porquê desta minha opinião em matéria de tese social em:

www.gov.blogtok.com

Onde podemos provar que não é difícil fazer de Portugal um dos países mais ricos do mundo.

Dica: abolição dos impostos por contrapartida do imposto único, chamado "Imposto" e imposto mesmo.

Até vão corar esses desgovernados senhores.

Educar o capitalismo eis a primeira missão do MIL que trago em meu peito.

Casimiro Ceivães disse...

"educar o capitalismo" sempre foi o sonho dos fascistas. Vamos lá a ver se é desta!

Fico à espera.

AAG News disse...

"A Petrobrás e a Sonangol, por exemplo, poderiam estar cá, mas a BP e a Shell não. É isso?"

Seria isso Casimiro, mas não só nesse caso das petroliferas. Criar um mercado lusófono, desde que nos dessem contrapartidas para que as empresas portuguesas também tenham proteção especial em Angola e no Brasil o que seria aumentar uma forma de aumentar e cimentar o nosso mercado interno.

Protecionismo total para as empresas portuguesas, como os Ingleses agora o estão a pedir para com as suas empresas e defendendo os trabalhadores britânicos,(Eles neste momento estão exigindo a expulsão de mão de obra estrangeira, nomeadamente a portuguesa, mas sou contra esse radicalismo em termos de expulsão de estrangeiros, estou-me a referir apenas à concessão de alvará e apoios dados às empresas estrangeiras) e concessões especiais para as empresas lusófonas.

O que irá acontecer a nível mundial será cada vez mais os países e especialmente os países da UE tornarem-se protetores das suas empresas, quem tem um mercado interno forte sobreviverá, quem não tem ou a perdeu devido a sonhos euro/iberistas como Portugal, tem de apostar no mercado Lusófono, não vejo outra solução.

L+G

Casimiro Ceivães disse...

Meu caro:

antes de mais, esse tema é fundamental, e penso que faz falta aqui, ou melhor: fazem falta textos/ideias que façam a ponte entre cada vez mais vagas e esotéricas afirmações de 'identidade' (ou inexistência dela) e conversas de café sobre a actual situação política luso-brasileira.

Quanto ao fundo: penso que o 'controlo' da economia por via política (quero dizer, por decretos feitos por um 'chefe' macho, decidido e enérgico como a maior parte das pessoas gosta - vide Chavez) conduz inevitavelmente ao controlo das ideias. E quanto a este último, tenho imensas reservasm pobre bárbaro indo-europeu que sou :)

A integração das economias angolana, brasileira e portuguesa é inevitável neste momento (salvo colapso financeiro, que não está excluido) mas não vejo que um bilionário angolano ou brasileiro deva ser melhor para mimm ou mais compassivo para nós, do que um bilionário canadiano ou grego.

O que os ingleses estão a fazer é isso que você diz; e outros o farão sem dúvida. É usualmente o caminho para a guerra e o fascismo. Em 1810, os ingleses, por exemplo, impuseram-nos a "abertura" dos portos do Brasil, e grande parte da história da independência brasileira e da nossa guerra civil (a liberal/absolutista) se deve a isso. Nós (o nosso governo) queriamos obviamente, nessa altura, não ter que 'competir' com as fábricas inglesas e criar um mercado 'lusófono' do algodão...

A ideia de um único banco público agradaria imenso a todos os lobbys. Ou você acha que os financiamentos (os grandes, não os pequeninos créditos à habitação) feitos pelo banco do Estado são inocentes???

Ah, tantas coisas a dizer.

Enfim, um cordial abraço para além das divergências.

Unknown disse...

Que o Capital não tem pátria está mais do que demonstrado. A compra de activos económicos ou financeiros por empresas lusófonas é apenas uma ilusão se não estiverem conformadas a novas regras de responsabilidade social e economia sustentável. Se funcionarem segundo novas regras a nacionalidade é irrelevante conquanto a nossa simpatia possa ir para as lusófonas.

Para já a tendência é a oposta, em vez de se investir nas bases de uma nova economia investe-se em atirar dinheiro para pagar os vícios que conduziram à crise actual. A última decisão é bem significativa da tendência actual. Os estados europeus estão a pensar comprar aos bancos os "activos tóxicos" que lhes estão a dificultar os lucros e a "paralisar"a vontade de emprestar. O que virá a seguir? Dar-lhes um "lucro mínimo de reinserção capitalista"???

Oh well ....

Casimiro Ceivães disse...

Caro Miguel, inteiramente de acordo.

Regras de justiça - e não decretos governamentais - é do que precisamos. Infelizmente, estamos esquecidos no Ocidente de como as regras se descobrem e evoluem. É a órgãos independentes (juízes) e não a políticos que cabe conduzir esse processo - e isso não tem tradição nenhuma em Portugal nem, que eu saiba, no Brasil (só temos para nos guiar a experiência anglo-americana).

Unknown disse...

Caro Casimiro,

As regras de justiça têm que ser instituidas legalmente e interiorizadas para que os juízes possam cumprir o seu papel. E como vimos pela inoperância do banco de portugal, a própria legislação parece ter carências graves. Acredito que irá aparecer um modelo alternativo do qual neste momento apenas vemos ainda alguns pequenos rebentos. Creio que a própria comunidade Lusófona terá um papel a desenpenhar se souber abandonar a cultura da ganância. A seguir reenvio alguns pensamentos que já tinha anteriormente exposto.

Modelos antigos como o sistema cooperativo e os novos modelos económicos de sustentabilidade e responsabilidade ambiental mostram o verdadeiro caminho do futuro. Até lá, a velha disputa nascida da revolução industrial continuará a desgastar as sociedades e a aprofundar a crise, ou seja a acelerar a inevitabilidade de alterar o sistema. Como em muitos conflitos e embora pareça paradoxal e absurda, a solução do problema não é "A" ou "não A" mas uma terceira via que representa "A" E "não A".
http://nicol.club.fr/ciret/bulletin/b13/b13c11.htm

Tendo em conta a conjuntura actual queria apenas deixar dois apontamentos que acho deveriam ser do conhecimento de todos e que considero como pequenos rebentos do que está por vir.

1. Perante a incapacidade do estado para fazer funcionar a máquina de comércio tradicional, o povo cubano deu um exemplo extraordinário sobre o que o ser humano consegue como soluções quando é sujeito a provações extremas. Adoptaram à escala citadina técnicas de permacultura urbana que lhes permitiram evitar a fome extrema durante o bloqueio.
http://www.cityfarmer.org/cuba.html
http://www.kahikatea.org.nz/the-environment/sustainability/71-urban-permaculture-food-growing-in-havana-cuba
(ver vídeo)

2. A segunda nota que queria deixar, respeita à alternativa que é usada em termos de permacultura quanto à utilização do "vil metal". Trata-se de um sistema "local" de troca de créditos baseado no trabalho/talento de cada um. Existem comunidades inteiras que o utilizam e vilas/cidades que o vão adoptando em paralelo. Não tem desvalorização nem está nas mãos de ninguém em especial mas nas mãos de TODOS em concreto. Chama-se sistema LETS de (Local Exchange Trading System)

http://www.community-exchange.org/
http://www.transaction.net/money/lets/

Creio que inevitavelmente dois modelos de sociedade nos estão a ser propostos. Por um lado a continuação do modelo actual até à catastrofe final e por outro um modelo alternativo a que pertencem estes dois exemplos. A forma como os estados e os cidadãos se vão alinhar perante estas realidades ditará muito do resultado final.
O balanço clássico do pêndulo entre favorecimento do capital ou dos trabalhadores tem por base tudo o que está errado no sistema capitalista e perpetua os fenómenos de exploração do ser humano. A sustentabilidade tem que atingir também a organização social e económica da sociedade.

http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/Default.aspx