A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 22 de fevereiro de 2009

SEXO EM MOSCOU

Autoria: Mano Melo


Quando comecei a passear meus dedos
Pela sua marighelazinha já ficando molhada
Ela teve medo e recuou na resistência:
- Stálin! Stálin
Mas depois deu uma olhada
Viu meu sputnik pronto a entrar em órbita
E exclamou feliz da vida:
- Que vara! Que vara! Que nikita mais krutschev!
Eu era o sessenta
Ela era a lunátika Rainha Lunik IX
Me senti como se estivesse dando um xeque-mate
No próprio Karpov
E por não ser nem fidel e nem castro
Lambi sua rosa de luxemburgo
E a linda bolchevique gemia tesudinha:
- Ai, língua de seda,
Maravilhosa,
Me lenine toda,
Meu bem!
Me lenine toda,
Todinha!
Arranhava minhas costas com suas unhas de mil caranguejos
E sussurava entre beijos:
- Marx! Marx!
E o colchão de molas rangia: Mao tse tung!
Mao tse tung!
Fiquei putin.Trocamos de cama
E a outra cama gemia assim:
Yeltsin! Yeltsin!
Me chamou de seu tesão
Maiakovsky do sertão
Engels azul do meio-dia
Poeta do real
Sua fantasia
Olhou-me nos olhos e disse:
- Tú és o meu Brejnev!
E ficamos por um tempão
Deitados no colchão de neve
E nos amávamos
Esperando o intervalo
Entre uma o outra greve
Trotsky!
Ela tinha uma xexeniazinha maravilhosa
Que deixava lamarcas
E quando o êxtase atingiu
Ao seu máximo górki
Quando estava prestes
A acontecer um orgasmo dissidente
Sussurou rangendo os dentes:
- Chove dentro de mim
Chove, chove,Gorbatchev!

3 comentários:

SAM disse...

Grande Mano Melo! Impagável quando Mano, que é um ator (e roteirista) maravilhoso, interpreta este texto. Este poema é tirado do livro O Lavrador de Palavras.


Beijo

Ariana Lusitana disse...

Obrigada, Sam!
Tive o prazer de ler parte da obra deste artista na semana passada.
Um óptimo Carnaval!

julio disse...

Humor genial.