A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Saudade

Há simplesmente a Sérvia, há simplesmente Portugal.

Mas a Sérvia respira, vibra, não por sim mesma – como ela é, com hábeis construtores, astutos homens de negócios e o típico caos eslavo, -- mas pelo grande sonho do império pan-balcânico de Dushan o Forte, por uma vontade firme de uma Sérvia maior, pelo étnos eslavo, ardente, transcendental, apaixonado e orgulhoso. “Darei a vida por ti, minha Pátria. Sei que dou e por que dou,” – foi escrito nas paredes das casernas dos servos bosníacos, erigidas no grande Amor do poeta mobilizado Radovan Karadjitch.

Portugal – apenas pequeno país europeu – não é rico nem influente. Não tem hoje absolutamente nada de que se orgulhar. Mas vive no pequeno povo ribeirinho o sonho secreto do “império do rei Sebastião” a esperança no “quinto Império”, a aparição impossível, à qual se esforçou por aproximar-se o notável escritor francês, místico, político e lobbiista geopolítico Domenic de Rue. Na língua portuguesa existe a palavra intraduzível “saudade”. Ela significa “nostalgia”, “melancolia”, “sofrimento”, mas ao mesmo tempo – “sentimento patriótico”. Grande melancolia e grande patriotismo expressos numa só palavra “saudade”. Sacerdote desta inconcebível e extravagante religião foi Fernando Pessoa, o melhor poeta português contemporâneo.

Que dizer, porém, da Rússia, matriz mundial do mais extremo e tenso erotismo “dostoevskiano” e do mais alto, ultimo e absoluto sonho imperial? Não se mistura a nossa tristeza com o nosso sonho, e o nosso povo com o nosso Deus? Não será que a nossa predestinação nacional é o que dá vida, torna racionais todos os nossos sofrimentos, o nosso terrível, torturante, cegamente imprevisível caminho através da história?

Vivemos apenas a terceira figura imperial, o fluxo de sangue do Último Amor, da Última Rússia, anormal, impossível, maior que tudo que é sensato e insensato. Por ela pagam não só com a vida – com a alma.

“Se diz exército santo, deita-me fora, Rússia, vive no paraíso.— Eu digo, não é preciso o paraíso, dai a minha Pátria ” (S. Esenin). É preciso Compreender isto à letra, como ponto da nossa plataforma política geral nacional.

O amor e a nação têm um começo, mas não têm fim. Desenvolvendo-se na existência, subindo o grau interior, deslocam-se elas para objectivos posteriores, mais longínquos, (atingi-los é impossível), lançando-se na cratera dramática da guerra com a própria morte.

Aleksandr Dugin, politólogo russo e ex-conselheiro de Vladimir Putin, em A Coisa Russa.

3 comentários:

julio disse...

"Não tem hoje absolutamente nada de que se orgulhar".

Tem sim, tem um povo, tem um cantar,
tem um sonho que não passa pela sua cabeça compreender.

Mas se quer a sua pátria, e deve querer mesmo, não nivele tão baixo um país que tem uma história jamais igualada por ninguém.

Como se atreve e reduzir uma nação a um mito, um poeta e uma saudade?

Assim, em econmicas palavras?

AAG News disse...

Completamente de acordo com o Julio.

As considerações deste politólogo Russo devem cingir-se ao seu sentido de Pátria Russa e é apenas uma visão eslava do conceito de império pan-balcânico.

O império lusófono é o império da sapiência, não o império do sangue ou de raças, e o pan-lusofonismo passa por Portugal, mas continua nos países da CPLP.

A Portugal coube o começo, depois já se tornou Global com o Brasil, a grande experiência, continuará com as outras Pátrias lusófonas e será universal a ideia de mistura de etnias como objetivo de se aprimorar a espécie humana.

Luís Cruz Guerreiro

julio disse...

Ocorreu-me agora dizer-lhe uma outra coisa:

Se está só e cheio de culpa por sua politicologia dane-se.
E dane-se sozinho.

Não queira levar para aí Portugal!
Não queira arrastá-lo pra aí a um boteco tomar vodka e filosofar sobre tragédias da alma à qual ajudou a ferrar com seus conselhos, que pelos seus comentários sua profundidade é muito raza e semelhante a um ajudante de ras-putin.