
Um jogo, qualquer jogo, é o cenário perfeito para aqueles exercícios mentais de regressão temporal, tão explorados na literatura, no teatro e no cinema: se no momento “x” não tivesse sido assim; tudo seria depois diferente…
O encanto e, simultaneamente, o pesadelo da vida real é que ela não é verdadeiramente regressível. O que está feito, feito está, e não há volta a dar…
Talvez o pesadelo fosse menor se tudo se passasse num computador, em que pudéssemos voltar atrás sempre que quiséssemos. Provavelmente, não. Seria, decerto, ainda maior: há um filme, ainda que medíocre, que explora bem essa tese (“O efeito borboleta”).
O que há de fascinante em qualquer jogo, na vida em geral, é esse aspecto decisivo que qualquer acto nosso, por mais inócuo que aparente, pode ter…
O próprio cosmos é um grande jogo ontológico cujo resultado está, ainda e sempre, em aberto. Pelo menos, enquanto houver alguém sobre a terra…
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