A brasileira Paula Oliveira, que alega ter sido atacada por neonazistas na semana passada, na Suíça, teria comunicado os amigos sobre sua suposta gravidez de gêmeos em um e-mail com uma imagem de ultrassonografia falsa. Segundo reportagem da revista Época, uma ex-colega de trabalho da brasileira afirmou que a mensagem, com a reprodução de uma imagem de ultrassom que pode ser encontrada pelo Google, foi enviada no dia 16 de janeiro para mais de 30 pessoas que trabalharam com ela na multinacional dinamarquesa Maersk. A colega afirma ainda que Paula tinha um histórico de inventar coisas para chamar a atenção, e que chegou a afirmar que seu marido tinha morrido no acidente com o avião da TAM em Congonhas, que saiu da pista e matou 199 pessoas em julho de 2007. Para piorar ainda mais a situação da brasileira, o Partido do Povo da Suíça (SVP), de extrema direita, quer abrir um processo contra a brasileira sob a acusação de que ela inventou o ataque que diz ter sofrido uma semana atrás. Enquanto autoridades e parentes acumulam contradições, o partido tenta ganhar publicidade e mais popualridade visando as próximas eleições com o caso, que qualifica "farsa". Na segunda-feira, 16, a polícia insistiu que ainda não tem uma conclusão definitiva, mas indicou que a tese da autoflagelação(?) é a mais provável. Paula deixou o hospital de Zurique na tarde desta terça-feira, 17, depois seis dias internada, e agora deve se recuperar em sua casa na cidade suíça, visto que a mesma está impedida de deixar o país enquanto o caso não chegar as conclusões finais. A advogada não conversou com a imprensa e saiu pelo subsolo do hospital para evitar maiores polêmicas. Segundo seu pai, Paulo Oliveira, ela teria pedido para não ser exposta aos jornalistas.A mãe de Paula, Jeni Ventura, afirmou que a filha já sabe da versão apresentada pela polícia de que ela teria se automutilado. Ventura garantiu que a filha teria exames que comprovariam a gravidez. Paula alega que estava grávida de gêmeos e que sofreu aborto após ter sido agredida. Para a polícia suíça, ela não estava grávida na ocasião dos ferimentos. Em e-mails enviados a amigos, a brasileira falava da gravidez. Em um deles, enviado no dia 9, data da suposta agressão, Paula afirmava que havia feito um exame de sangue que comprovava a gestação.
Itamaraty
O governo brasileiro defendeu, inicialmente, a tese de que tudo levava a crer em motivação xenófaba para o caso. A interpretação predominou nas declarações de vários ministros do governo e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, descartou qualquer pedido de desculpas ao governo Suíço pelas declarações. De acordo com Amorim, Brasil e Suíça têm mantido contato intenso desde o início das investigações. O caso merece maior prudência e ser devidamente examinado. (Créditos: Jornal do Brasil)
2 comentários:
Este caso nunca me cheirou bem. Questão de faro. Farejo à distância meninas histéricas que inventam grandes histórias para chamarem a atenção sobre si...
Contra-informação, e da rasca. Eu sei porque é o meu ramo.
Há fotos, a perícia foi feita, o ângulo dos cortes prova se a vítima os fez. Mas há depois a política...
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