"Em 2008, as exportações portuguesas para fora da União Europeia ganharam peso, com Portugal a apostar em novos mercados, limitando o abrandamento das exportações num cenário de crise global, segundo dados recolhidos pela Lusa."
(...)
"Os dados do INE até outubro mostram que Angola e os EUA eram os mais importantes parceiros portugueses fora da União Europeia, com as exportações para esses países a representar 21 e 14 por cento das vendas extra EU. Singapura também ocupa um lugar de destaque, absorvendo nove por cento dessas vendas, sendo que muitas das exportações para a Cidade-Estado têm a China como mercado final."
Posso estar enganado (e provavelmente até que estarei) mas suspeito que a grave Depressão que vai contaminar a maior parte do planeta em 2009 não será tão gravosa em Portugal como alguns acreditam... Desde logo porque as empresas portuguesas já fizeram as suas restruturações de forma a conseguirem sobreviver nesse longo período e depois porque os seus gestores se foram habituando a navegar em aguas turbulentas durante longos períodos de tempo... E o importante factor de os dois maiores parceiros comerciais lusófonos de Portugal (Angola e Brasil) estarem a ocupar um papel crescente nas nossas exportações, assim como serem dos poucos países do mundo que vão atravessar a crise sem entrarem em recessão, vai jogar a favor de Portugal.
Que sirva de lição: Portugal deve focar cada vez mais a sua economia numa oferta complementar para o quadro das economias dos restantes países da CPLP de forma a resistir melhor às agruras da sua vizinha Espanha e dos patinanços das economias do norte. Quando mais ligados estivermos aos países da Lusofonia, mais resiliente será a nossa economia às indigestões da Globalização.
Fonte:
Público, de 29 de dezembro de 2008
2 comentários:
Sem falar que Angola e Brasil sao muitissimo mais ricos no que diz respeito as verdadeiras fontes de riqueza, recursos naturais e humanos, do que todos os paises da UE juntos.
Completamente de acordo! Por uma economia solidária lusófona...
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