Lançamento da Revista “Nova Águia, n.º 2” dia 27 de Janeiro, Sociedade Recreativa Olhanense (Recreativa Rica).O edifício n.º 14 da Av. da República foi mandado construir, no séc. XIX , por um cidadão olhanense de origem espanhola, Pantoja Soares. Posteriormente nele se instalou a Sociedade Recreativa Olhanense (Recreativa Rica) em 20 de Março de 1858, actualmente a agremiação desse tipo mais antiga do Algarve e a quarta mais antiga do País. O poeta João Lúcio, foi dirigente e animador deste espaço prestigiado, por onde passaram também grandes figuras nacionais e algarvios ilustres.
É pois com muita satisfação que aqui vamos apresentar o Renascimento deste movimento, tão caro a dois dos maiores vultos da cultura Portuguesa e Olhanense: o Poeta João Lúcio e Francisco Fernandes Lopes, ambos colaboradores da Revista Águia e da Renascença Portuguesa.
João Lúcio nasceu em 1880 em Olhão, onde regressou após uma estadia em Coimbra onde se formou em direito, tornando-se um dos mais famosos advogados da região. À sua faceta profissional afirma-se também como poeta, músico e pintor (era sobrinho do genial pintor Henrique Pousão). Embora quase esquecido no grande centro da Renascença Portuguesa, devido sobretudo ao seu afastamento físico, é pela sua obra, um dos grandes vultos da Modernidade poética que procurava afirmar-se em Portugal. Colaborou na revista “A Águia” em 1913.Foram recentemente editadas as obras: “Poesias Completas”, organizada e prefaciada por António Cândido Franco; o livro de Edgar Pires Cavaco “João Lúcio, a evocação de um Poeta” depois de em 1981 ter sido organizada por Fernando Cabrita a colectânea “Obra poética de João Lúcio” por ocasião do primeiro centenário do poeta.
Sem comentários:
Enviar um comentário