N E U S A - A PRIMEIRA VEZ
Para Que as Ausências Não nos Matem no Encontro
“Na Casa do Pai
Há muitas moradas”
Para Minha Irmã Neusa Correa de Morais
Não é todo dia que se conhece uma Irmã
Uma irmã que sempre existiu
Que você sabia que estava em algum lugar, como uma lenda
Uma irmã como parte da herança que o Pai deixou
Uma irmã de nome NEUSA.
Não é todo dia que se está preparado para morrer
Ou para chorar o suporte doloroso do primeiro Encontro
Para receber a irmã e, em alguns minutos e transbordando lágrimas
Abraçar toda uma existência enorme de mais de meio século
Tudo ali num minuto como um pertencimento final de ausências revisitadas.
Não é todo dia que você encontra uma irmã mais sábia que sobreviveu
E também quase morre cinqüenta e seis anos em apenas alguns minutos
E quer que o abraço de encontro dure 56 anos como se a compensar ausências
Porque o abraço de almas gêmeas do mesmo DNA têm sangue, lágrimas, e, ainda mais
Dias, semanas, meses, anos - que se foram; e agora tudo ali se juntando numa fusão
Leite e mel na condutividade espiritual como ouro, incenso e mirra...
Não é todo dia que se vira 56 páginas de abraços, rostos colados num único encontro físico
Com potes de lágrimas em louca emoção, coração, alma; e o choque
Pois é o espírito que ama o espírito
Antes do abraço demorado tentando construir e conter 56 anos num só instante.
.......................................................................................................................................
Quase morri esse dia
(Acho que na verdade de alguma maneira nasci de novo esse dia)
Mas, se eu morresse esse dia, janeiro em Itararé
Eu certamente depositaria no céu
Aos pés do meu Pai Antenor
O meu despedaçado coração
E depois do abraço em pranto, muito além do vale da sombra da morte
Eu ainda teria as cores, sons e tintas dos olhos da minha irmã Neusa
E então, finalmente recomposto, diria ao Pai:
-Eis aqui o teu filho. Eis as minhas mãos molhadas com as lágrimas de tua filha Neusa
Eu trouxe o coração dela, Pai
Dentro do meu coração arrebentado, Pai
Para deixar aos teus pés, Pai
Porque agora, finalmente, o Clã Corrêa Leite está completo
TEM A LUZ QUE FALTAVA
UMA LUZ CHAMADA NEUSA
-0-
(Itararé, Janeiro, 2009, Chuvas e Lágrimas)
Silas Correa Leite, Primeiro Rascunho
E-mail: poesilas@terra.com.br Site: www.itarare.com.br/silas.htm
Blogues:www.portas-lapsos.zip.net
www.campodetrigocomcorvos.zip.net
Para Que as Ausências Não nos Matem no Encontro
“Na Casa do Pai
Há muitas moradas”
Para Minha Irmã Neusa Correa de Morais
Não é todo dia que se conhece uma Irmã
Uma irmã que sempre existiu
Que você sabia que estava em algum lugar, como uma lenda
Uma irmã como parte da herança que o Pai deixou
Uma irmã de nome NEUSA.
Não é todo dia que se está preparado para morrer
Ou para chorar o suporte doloroso do primeiro Encontro
Para receber a irmã e, em alguns minutos e transbordando lágrimas
Abraçar toda uma existência enorme de mais de meio século
Tudo ali num minuto como um pertencimento final de ausências revisitadas.
Não é todo dia que você encontra uma irmã mais sábia que sobreviveu
E também quase morre cinqüenta e seis anos em apenas alguns minutos
E quer que o abraço de encontro dure 56 anos como se a compensar ausências
Porque o abraço de almas gêmeas do mesmo DNA têm sangue, lágrimas, e, ainda mais
Dias, semanas, meses, anos - que se foram; e agora tudo ali se juntando numa fusão
Leite e mel na condutividade espiritual como ouro, incenso e mirra...
Não é todo dia que se vira 56 páginas de abraços, rostos colados num único encontro físico
Com potes de lágrimas em louca emoção, coração, alma; e o choque
Pois é o espírito que ama o espírito
Antes do abraço demorado tentando construir e conter 56 anos num só instante.
.......................................................................................................................................
Quase morri esse dia
(Acho que na verdade de alguma maneira nasci de novo esse dia)
Mas, se eu morresse esse dia, janeiro em Itararé
Eu certamente depositaria no céu
Aos pés do meu Pai Antenor
O meu despedaçado coração
E depois do abraço em pranto, muito além do vale da sombra da morte
Eu ainda teria as cores, sons e tintas dos olhos da minha irmã Neusa
E então, finalmente recomposto, diria ao Pai:
-Eis aqui o teu filho. Eis as minhas mãos molhadas com as lágrimas de tua filha Neusa
Eu trouxe o coração dela, Pai
Dentro do meu coração arrebentado, Pai
Para deixar aos teus pés, Pai
Porque agora, finalmente, o Clã Corrêa Leite está completo
TEM A LUZ QUE FALTAVA
UMA LUZ CHAMADA NEUSA
-0-
(Itararé, Janeiro, 2009, Chuvas e Lágrimas)
Silas Correa Leite, Primeiro Rascunho
E-mail: poesilas@terra.com.br Site: www.itarare.com.br/silas.htm
Blogues:www.portas-lapsos.zip.net
www.campodetrigocomcorvos.zip.net
2 comentários:
Caro amigo Silas,
Acabei de deixar o comentário abaixo no seu blog, cujo endereço consta do rodapé deste seu post.
Aqui vai o teor do meu comentário lá:
"Meu caro Silas,
Teria sido, pelo menos "simpático", para não dizer já mais, como direi, "deontológico", citar a fonte onde foi postado este poema e a imagem que o acompanha. Você não acha?
Até por uma questão de sempre fazer divulgação dum blog (e duma causa, a da lusofonia) que o senhor soube utilizar para publicar e publicitar textos seus (relativamente não muito poéticos, na minha semínima opinião).
Aqui fica, para os devidos efeitos:
http://novaaguia.blogspot.com/2009/01/sulcos-de-misterio-de-praias-mutaveis.html
Saudações (relativamente) lusófonas!
P.S. Nos tempos que correm, meu caro, a distância não se mede em quilómetros: mede-se em velocidade de acesso a informação, em dimensão de rede de informação e em capacidade de pesquisa!
Elementar, meu caro Silas!"
Tá tomando Tento!!!!
Enviar um comentário