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Hoje, no jornal, no comboio, na viagem para Aveiro, li uma entrevista ao teu biógrafo, Richard Schikel. Entrevista bem interessante, quanto interessante tem sido a tua vida, e sobretudo, a tua Obra. Assim mesmo, com O maiúsculo…
Devo dizer-te que, em geral, tenho apreciado muito os teus filmes – em particular, os últimos. Acho que estás cada vez melhor…
Também aprecio particularmente as personagens que encarnas – tipos que não passam a vida a queixar-se de vida, em depressão, ou em tagarelice pseudo-filosófica…
Porque, de facto, não és um homem deste tempo, fatalmente foste acusado de “fascista” pelos idiotas do costume (a começar na Pauline Kael, com muito seguidores em Portugal…). A esse respeito, o teu biógrafo lembra um simples facto: logo após o começo da invasão do Iraque, quando todo o país estava “mobilizado”, o Sean Penn insurgiu-se, com estrondo, contra esse quase unanimismo oficial; foi atacado por muitos; e tu foste dos poucos que o vieste defender publicamente da fogueira inquisitorial que lhe quiseram armar; e isto apesar de seres republicano…
Espero que, pelo menos, chegues também aos 100 anos. Fazem falta homens como tu. Com passado e, sobretudo, com espessura.
Com um Abraço
2 comentários:
e que sejam bem mais "fazedores" que "declamadores" ou "oradores".
Este país está cheio de académicos e filósofos-de-café que são incapazes de alavancar qualquer alteração a este apodrecido estado de coisas.
Aí o exemplo de Agostinho é insuperável: aliar pensamento e acção...
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