A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O primeiro ano do MIL: MOVIMENTO INTERNACIONAL LUSÓFONO.


Como é sabido, o MIL é o movimento cultural e cívico prefigurado no Manifesto da NOVA ÁGUIA – o seu nome foi objecto de uma votação pública nas últimas semanas de 2007. O MIL, já assim baptizado, nasceu pois no princípio de 2008, exactamente no primeiro dia de Janeiro.

O ideário do MIL encontra-se definido na sua “Declaração de Princípios e Objectivos” (no essencial, igualmente prefigurados no Manifesto da NOVA ÁGUIA). Caso o tenham feito de forma responsável, todas as pessoas que aderiram ao MIL fizeram-no porque se reconhecem, em geral, nessa “Declaração”.

Até ao momento, aderiram já ao MIL cerca de oito centenas de pessoas, de todo o espaço lusófono – a proporção é: 3 quintos de portugueses, um quinto de brasileiros, o outro quinto de outros países (incluindo de todos os outros países da CPLP). A esse respeito, saliento, nesse último quinto, um número significativo de adesões oriundas da Galiza (ver coluna esquerda do nosso blogue, onde aparecem os diversos órgãos da NOVA ÁGUIA e do MIL).

Decerto, há várias formas de olhar para este números: é sempre possível ver o copo meio cheio ou meio vazio. Façamos, a esse respeito, mais um pouco de História.

Logo aquando da primeira leitura oficial do Manifesto da NOVA ÁGUIA, a 10 de Outubro de 2007, no Porto, durante um Congresso de Filosofia, foi visível que, precisamente por ser um Manifesto forte, ele não era aceite por todos (e estávamos, por assim dizer, perante uma assistência “amigável”). Já se sabe: quem marca uma posição, gera oposição.

Depois, enviámos convites a muita gente e houve várias recusas. Lembro-me, por exemplo, de pelo menos uma pessoa ter recusado o convite, muito amavelmente, dizendo-nos que não se revia na linguagem “proto-identitária” do Manifesto. Nada de extraordinário: há muita gente que, legitimamente, é avessa a expressões como “sentido histórico da cultura portuguesa”, “nossa vocação”, “destinação colectiva”, etc. Por isso, por exemplo, sempre olharam com desconfiança Agostinho da Silva, Pessoa, Pascoaes (o próprio Eduardo Lourenço, apesar da sua linguagem mais “suave”). Por isso, também, naturalmente, não se reconheceram no nosso Manifesto, pelo menos a ponto de aderirem a este projecto. Sempre encarei isso com naturalidade – para conseguirmos a adesão dessas pessoas, teríamos que descaracterizar de tal modo o Manifesto que este se tornaria outra coisa. E isso, pelo menos para mim, nunca foi opção.

As nossas petições também geraram bastante oposição. Se a primeira, “Por uma Força Lusófona de Manutenção do Paz” não levou ninguém a sair (mas terá, admito-o, levado alguma gente a não entrar), isso aconteceu com a segunda, a respeito do Acordo Ortográfico: houve uma pessoa que se desvinculou do MIL por causa dessa Petição e houve pelo menos uma pessoa que não aderiu ao MIL por causa dela (pessoa, aliás, bem conhecida: Carlos Pinto Coelho, o ex-apresentador do célebre programa televisivo “Acontece”). O mesmo aconteceu depois com a nossa defesa do “Passaporte Lusófono”: houve uma pessoa que saiu por causa dessa Petição. E, por causa dela, continuamos a ser atacados em vários sítios – nomeadamente, em vários blogues de extrema-direita, que nos acusam de nos vergarmos aos “brasucas”, de querermos o país “cheio de pretos”, etc. (como se nós não tivéssemos sempre defendido um Portugal “lusofonamente mestiço”). Por outro lado, na extrema-esquerda, por causa da nossa expressa defesa dos valores da Língua, da Cultura e da Pátria, também já temos sido acusados de “salazaristas” (acusação que apenas pode ter eco em mentes mais idiotas e/ou sectárias).

Poderia aqui referir as muitas pessoas que, ao invés, aderiram ao MIL por causa dessas Petições, mas esse não é ponto. O ponto é que as três petições emanaram da nossa “Declaração de Princípios e Objectivos” (como é facilmente argumentável; eu próprio o fiz até à exaustão). Poderíamos, porventura, não o ter feito. Poderíamos, eventualmente, tê-las formulado de uma forma menos comprometida – no caso da última, por exemplo, foi sugerido (não importa por quem) que se fizesse uma mera denúncia da “Directiva do Retorno” sem qualquer referência ao “Passaporte Lusófono”. Mas o ponto é que nós não somos uma mera associação de defesa de imigrantes (sem qualquer desprimor para estas), nós somos um movimento que se assume como “internacional lusófono”. Logo, essa referência lusófona – mais concretamente, ao espaço lusófono e à cidadania lusófona – tem que aparecer sempre em todas as nossas posições públicas.

Ao longo deste seu primeiro ano de existência, o MIL já demarcou igualmente o seu lugar no espaço público. Algumas das posições que tomámos tiveram uma significativa repercussão nos media e, em geral, na blogosfera, quer em Portugal, quer em outros países da CPLP. Através desses ecos, cimentou-se a singularidade da nossa visão e da nossa voz: no espaço público, somos, cada vez mais, aquela voz que defende a Lusofonia e, de forma coerente e consequente, o reforço dos laços entre os países da CPLP, em todos os planos – cultural, desde logo, mas também social, económico e político.

Essa é pois, em suma, a nossa “marca” – um ano depois, já solidamente definida. Quem, de boa-fé, atentar nos nossos documentos – na Declaração de Princípios e Objectivos, nas Petições e nos diversos Comunicados que fomos emitindo ao longo do ano –, reconhece já bem essa “marca”. A ela, por causa dela, já aderiu muita gente. Por causa dela, muita outra gente (impossível quantificar) não aderiu. Como diria o outro, é a vida…

4 comentários:

julio disse...

A partir daqui caminhos é que não faltam.
E então nos compete seguir por esses caminhos e trocar tudo como feitos e experiencias, que estranhamente o dividir começa a juntar.

Juntar, unir e rever quem desde sempre vem falando a linguágem dos profetas; e se verá que o Quinto Império está para o Mito Luso, o mito pátrio... Como está para a Cruz, a Rosa...

E tudo que num quaternário estar na terra a vegetar, de fato, no ser que se toca, e é o algo novo a nascer...
É um PRAMANTHA...
Este ser de aqui agora é que existe...

Mas o que é, é de alguma forma corpo e se pode ouvir o que ele diz...

Mas do que ele diz sabemos o que ele é, e geralmente nunca nada deste que ouvimos é o que ele é.

Mas, primeiro, depois do visto juntar é preciso.

Juntar e reajuntar uns com outros sem reservas nem censura...

Deixar es(x)praiar-se...

Tal como já cá temos um viajor, por exemplo, que não economisa em viagens nem com esposasas..., E, por incrivel que pareça, andou já por aqui, no Tocantins, onde moro e nego seja assim, como ele o descreve pobre, sujo, e tal...

Não é um Nirvana, nem Meca, Paraíso, mas é alguma coisa com o seu ritmo e dimensão mental, Tocantinense, assim num lusofonar ao norte de um país maravilhoso, de tantos trejeitos e jeitos de requebrar, gingar, cantar, mas ainda assim numa lusa língua.

Portugal do Brasil é belo e rogo a todos a união dos limas, monteiros, chaves, ribeiros, mesquitas, pereiras, marques e marcas e mais marcas na cor e no sangue bem colorido, entre o "mulato" e o de todas as tribos...

Temos no Brasil o problema de ética, completamente estraçalhada; e a moral, há muito em férias; e compeia a lama através dos Três Reinos: Do Pai: (executivo morto e de seu cadáver todos os vermes da noite, ativos: como diz uma velha canção lusa: "eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada".
Do Filho o legislativo (...) e do Espírito Santo... o judiciário...
É mole, ou querem mais! judiciário, quem diria! Santo Deus e Ave Maria, Cruz Credo.

Nova Águia disse...

Mail que nos chegou...



Caro Renato,
Brilhante balanço, sem sectarismo nem visão catastrófica. O que está vivo tanto atrai como repulsa, por isso são naturais as ausências.
Os que não estão, não contam; os que só criticam, também não contam.
Importante- isso sim -, que aqueles que estão presentes - cada um e todos -, façam alguma coisa aquando da saída de cada número da Nova Águia.
Uma coisa simples é preparar uma apresentação, que está no poder de cada um.
Uma coisa grande, seria preparar uma reunião geral do MIL, ou um Forum MIL, por exemplo, na Aula Magna (onde não fosse necessário pagar o aluguer da sala) e discutirmos todos o (já grande) passado do MIL, bem como o seu futuro.

Um grande, grande abraço e um ano cheio de MIL realizações

Miguel Real

Nova Águia disse...

Outro...



Balanço iniludivelmente positivo

Bom trabalho o Vosso, que espero não esmoreça perante adversidades que não deixarão de surgir.

Abraço de Bom Ano e de reforço de energias

António Saias

Nova Águia disse...

Ainda mais uns, estes do Brasil...



olá renato
também fiz meus comentários à época, mas continuo com a opinião de que as expressões fortes não interferem no objetivo principal. e é isto que importa.
parabéns pelo belo trabalho a v. e a toda a equipe do MIL.
grande abraço
dione barreto


Caro Renato,
Como nos ensina o milenar ditado: "É impossível agradar a gregos e troianos".
Vocês estão fazendo um excelente trabalho. Acreditem em vocês e sigam adiante de cabeça erguida.
Torço por vocês.
Feliz Ano Novo!
Um forte abraço,
Silmara Pezzoni Annunciato