A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A Novela do Orkut em Dois Atos

Orkut...

“Quando a essência se dilui na antecâmara da morte, é porque nunca por ali houve luz, só reflexo e um pouco de sorte”.
Sombras aos risos, e até cor! Algumas têm até cor!Sombras coloridas, então!
Quando a alma é pequena, não há cena em que fique bem. Mas às vezes as almas grandes são capazes de gestos pequenos. Por quê?Ninguém sabe, mas de repente tudo se esclarece; no dia seguinte.
Porque no dia seguinte ninguém ainda saberá, mas se esquece.
E como alguém saberia onde resolver definitivamente a questão: “grande e pequeno”? É o ciclo da vida que passa a se revelar e a surpreender-nos. Amigos... Amor... Onde?A culpa é do ciclo e no ciclo o nosso tempo Que é tempo de trevas da amizade e do amor de verdadeiro.

Como retratar no meu rosto o desgosto de uma traição?
Como? Rindo, mas eu havia jurado nunca mais fazer o papel de palhaço!

O poeta é mesmo um fingidor: simula uma coisa, escreve com outras palavras outra, e pensa uma terceira, para nada concluir numa quarta, quinta... Coisa? Quem afinal comete traições virtuais?Submetemo-lo ao rigor da lei virtual condenando-o ao ostracismo. A ostra, esta ostra não poderá ser virtual, e sim uma cápsula hermética, onde penetre o mínimo básico para aí vegetar.

Mas é tempo de folhas secas pelo chão. O outono chegou com o vento, que levantou a última folha escrita. A novela nem foi ao ar, e as últimas cenas se foram com o papel, que o vento soprou para longe.


A Novela (Invasão do Brasil)

E esse homem, que aqui veio? Que invadiu a terra dos Índios?

E o Índio, que primeiro veio, fez o que, aos outros ameríndios?

Índios só e não há brancos, negros, e então Índio, o que fizeste com eles?

Tu os comeste? Não creio! Ah mas tu chegaste primeiro?
Mas tu Índio vieste de onde? Já que é impossível teres nascido aqui?

Não és cogumelo nem fungo, nem espécie animal, típica do lugar,
Que tenhas nascido aqui, nem a ciência admitiria essa mentira!


E será então que esse outro homem que invade e arrebata quer tudo pra si?
Ficar sozinho, ser dono de tudo que houver por aí?

Ou esse homem das tribos modernas das ONGS, facções, foices e facões,
Movimentos ideológicos sem rumo


Quer por castigos arrebanhar-nos a todos e mentir-nos a história?
Esse homem inculto, que a cada palavra que diz é um insulto?


Esse homem que anda a fingir, a beber e a cobrir-se, de efêmera glória?
Das fontes mais poluídas bebe, com palavras muito doloridas sem saber vai a dizer...

Esse homem só pode ser equilibrista,
Mas bêbado um grande artista, e será então talvez porque ande a beber e a fazer arte?

Por que então não se cala
Se à e só a discórdia espalha, porque não sabe o que diz e a nada sabe fazer!

Diz-se senhor dos nove talentos
Formados em nove bancos e bem letrados em torno de um turno que diz que os fez,

Mas apenas filósofo de boteco do tempo da rapadura
Em cuja roda um boneco engraçado, mas que já apresenta ranhuras...

Um Simulacro num estrado e retratado na parede, tal fosse ilustre doutor?
Simulado é só o atestado e o retrato de ator.

Ah esse homem que daqui não para de ir para ali, de andar de aqui para lá,
Ah esse homem peixe, que não para de nadar!

Ah esse homem pássaro, que não para de voar!

Que então não beba o juízo, não nos dê mais prejuízo, pois sem juízo
Tanto nos anda tanto a dar!

Nem queira ir muito longe por de longe não saber voltar; ao boteco e à cachaça.
Papo furado, piada, trapaça e um amigo pra compartilhar...

Ah, esse homem que invade! Ah esse homem que impele à frente
Esse homem da espada, da palavra, esse homem que impede a vida e a língua se acabem...

E esse outro que vai e que vem... E esse outro que bebe, e “rebebe” aqui acolá aquém e além!
Será esse homem que cai, o mesmo que a esmola recebe de alguém?

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