A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Henrique

Recessão ou depressão
Busquemos outras ‘guerras’: a guerra à pobreza e ao aquecimento global
A história da presente crise financeira é a história de uma morte anunciada. São incontáveis as referências feitas nos últimos anos aos "déficits gêmeos" da economia americana: na balança comercial e nas contas públicas. Os críticos do governo Bush, com Paul Krugman à frente, cansaram de clamar contra os gastos excessivos nas guerras, combinados com cortes de impostos para as camadas mais ricas da população e com uma política monetária complacente. O que não se conhecia a fundo era o mau uso que bancos e instituições assemelhadas faziam dessa situação de dinheiro farto, acompanhada de desregulamentação financeira. Daí emergiu o monstro da crise, muito mais feio do que se podia imaginar.
Havia sinais antecedentes. Em maio de 2007 assisti a uma conferência no Citigroup em Nova York. Ali, pela primeira vez, escutei falar em "subprime mortgage", da boca de Bob Rubin, ex-secretário do Tesouro de Clinton, à época conselheiro sênior do Citi. Disse ele que, por sorte, os bancos não carregavam o risco dessas hipotecas, que haviam sido "empacotadas", junto com outros títulos, e revendidas a terceiros e quartos compradores por intermédio de "veículos especiais estruturados", que recebiam o aval das agências de avaliação de riscos, apesar de misturarem títulos bons com hipotecas altamente arriscadas.
Parecia certo o que Rubin dizia: a farra dos papéis tóxicos se fazia à margem da contabilidade dos bancos. Mas, quando veio a quebradeira, eles tiveram que reconhecer a responsabilidade por tais operações e incorporar os prejuízos aos seus balanços. Caso contrário, o Tesouro e o FED, restritos por lei a injetar recursos apenas nos bancos, estariam de mãos atadas e o colapso do sistema financeiro seria inevitável. Daí por diante foi o corre-corre conhecido: os bancos de investimento estavam atolados em papéis podres, e não só hipotecários. A falência de um deles desencadeou o fechamento de vários outros, atingiu algumas seguradoras e as agências semi-oficiais de garantia de hipotecas populares.
Na mesma época, Bill Rhodes, vice-presidente sênior do Citi, escreveu um artigo dizendo com todas as letras que em algum momento nos próximos dois anos haveria uma crise. Em agosto de 2007, as primeiras explosões foram escutadas pelos mercados, embora muitos governos permanecessem surdos a elas. As bolsas começaram a registrar o desfazimento do sonho dourado do crescimento econômico contínuo, do fim dos ciclos. Quando, em setembro/outubro daquele ano, os bancos começaram a cobrar taxas significativamente mais altas do que as oficiais nos empréstimos entre eles e, finalmente, pararam de emprestar uns aos outros, estava instalada a bruxa: a desconfiança.
A reação dos bancos centrais e dos Tesouros tem sido gigantesca. Em pouco tempo as contas passaram a ser feitas na casa das centenas de bilhões de dólares. O total "enxugamento da liquidez" deu lugar ao "empoçamento" do dinheiro: os bancos retêm os recursos recebidos, com medo de emprestar e não receber depois ou por temerem ter de cobrir novos prejuízos que venham a surgir, como a cada dia surgem. Incerteza, medo, falta de confiança, paralisia dos créditos. Nesta hora todos gritam: mais ajuda! Mais governo! Só o governo restabelece a confiança. Não por acaso Gordon Brown, de lame duck (pato manco) do governo inglês, passou a herói do capitalismo financeiro. Nada de conceder empréstimo aos bancos a juros baratos, como queriam fazer os americanos. É preciso injetar dinheiro do Tesouro diretamente nas veias dos bancos, comprando-lhes ações, consolidando os capitais. E depressa, antes que quebrem e a economia real sofra mais ainda com a falta de crédito e suas conseqüências, a principal das quais será o aumento do desemprego. Ou seja, socializemos as perdas, antes que venha o caos!
Provavelmente não virá o caos, mas a recessão bate às portas do mundo. Até a China, que seria a esperança contra a crise, está retraindo fortemente o crescimento. O risco agora é outro: o de depressão. Para comparar, na crise de 1929 as bolsas subiram fortemente até agosto. Despencaram em outubro. Como os bancos centrais fizeram o oposto do que agora estão fazendo, a paralisia de crédito foi fatal. Mas a economia real só caiu mesmo entre 1930 e 1932. O New Deal criou uma rede de proteção social e deu impulso a obras de infra-estrutura, mas não conteve a crise, que se prolongou até 1937/38. Foi a preparação para a guerra, com os déficits justificados por ela, junto com imensos empréstimos aos países aliados, com prazos de carência até o fim da guerra e com taxas de juros irrelevantes, que reanimaram a economia americana e, mais tarde, a do mundo.
Seria insensato pregar a guerra entre os países como modo de evitar a depressão. Busquemos outros tipos de "guerra": a guerra à pobreza e ao aquecimento global, por exemplo. Barack Obama vem apontando nessa direção. Não basta falar das redes de proteção social, por mais imperativas que sejam, como são, para evitar a tragédia social. É preciso investir produtivamente, e há como fazê-lo; a busca de energias alternativas, a manutenção das infra-estruturas existentes (sociais e físicas) e a abertura de novas, sobretudo apelando à inovação tecnológica, talvez seja a receita para evitar que a recessão se transforme em depressão. Tomara a isso se acrescente uma mudança cultural que refreie a civilização do consumo e do desperdício e volte a injetar no sistema econômico um mínimo de ética e na sociedade uma preocupação maior com a eqüidade.

Fernando Henrique Cardoso é sociólogo e ex-presidente da República

É uma boa introdução, para falar de outro Henrique.
Este, certamente dando continuidade a saga dos Henriques, e do povo luso-descendente do qual é compreensível, que dentre a maioria, cento e vinte milhões de luso-descendentes brasileiros o maior pensador, em língua portuguesa, para quem o conhece saber que é este último Henrique – José de Souza – o grande ser da lusofonia.
Sem apagar o brilho de Agostinho, Vieira e outros desse nível... E até os vivos e por aqui se apresentam como, por exemplo, os “refundadores” desta magnífica Nova Águia, e até me atrevo a dizer que se aqui estivesse dar-nos-ia uma aula sobre o significado da águia, no sentido maior...
Mas como se trata de um assunto muito sério, falar desse Henrique, fico-me por aqui com prudência a esperar. Melhor esperar...
Envolve ao falar dele falar da ciência Iniciática das Idades, falar da Teosofia, e naturalmente da Eubiose, cuja palavra este Grande Henrique ajudou a compor.
Mas prometo contar sobre ele o mínimo que eu conheço, já que conhecê-lo em profundidade é impossível.
Alguém perguntou se vale a pena conhecê-lo? Quem procura luz expressa pelo Gênio, vai adorá-lo, se bem que adorar era uma coisa que não gostava...

Em relação à língua, esta é uma das muitas coisas que ale disse...

“... nenhuma língua mais sagrada que a língua Portuguesa, síntese das últimas civilizações arianas, com um pouco de atlante, vertidas todas elas na língua tupi, onde houve a infusão ibero-ameríndia ou seu caldeamento.”
Henrique José de Souza

Saudações fraternais

Júlio

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