A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 9 de novembro de 2008

O Largo da Graça

12. Espaço Público

As ruas, os Edifícios, os Jardins, pertencem a quem? Porque não estão melhor cuidados? Que podemos fazer para que esses espaços sejam tratados como a nossa própria casa?

Temos um país muito bonito, de grande diversidade e beleza paisagística. Cores de tonalidades Mil como no arco-íris. Mas no que toca ao planeamento da generalidade das nossas vilas e cidades, é uma desinspiração e das grandes. Falta de zonas verdes e espaços naturais, os edifícios na generalidade são feios, os equipamentos de desporto e lazer são escassos, e poderíamos continuar por aí fora que a descrição do mau gosto duraria.

Será da pouca formação dos nossos líderes políticos, em particular, ao nível do poder autárquico? Será da incapacidade dos nossos engenheiros e arquitectos? Será devido ao clientelismo partidário? Será porque na construção civil se coloca o lucro individual muito à frente do bem comum? Enfim, será fruto da nossa fraca consciência colectiva? Porque será?

Dá-me ideia que planear uma vila, uma cidade, um país, de certa forma é como fazer uma pintura. O resultado final depende da capacidade e do bom gosto do artista ou, se a obra for colectiva, dos artistas. E o que pensamos para o nosso país, de maneira idêntica o fazemos para todo o espaço lusófono e para o mundo.

Naturalmente que a emancipação social passa por um cada vez maior incremento da democracia participativa em detrimento da democracia representativa. Por uma opinião pública que se quer o mais esclarecida possível, capaz de ajudar a esclarecer as opiniões dos gestores políticos, em direcção a uma cada vez maior e efectiva qualidade de vida.

Mas o que é ser esclarecido? E o que é uma efectiva qualidade de vida? Quais são os princípios que a devem nortear? Aqui é que está o busílis da questão, não é verdade? E depois, “quantas vezes falar pouco é fazer muito”, ouvi eu dizer numa altura em que o Dalai Lama se ia passeando pelas ruas de Lisboa.

Nunca a participação social foi tão ampla. Desde a Revolução Francesa, com a implantação do liberalismo, que a democratização das sociedades se vem consolidando cada vez mais. Hoje são conhecidos todo um conjunto de movimentos sociais, transversais a toda a sociedade, de raça, sexo, género, ambientais, pacifistas, sindicais, religiosos, e sei lá que mais. Portanto, a participação social não está de todo mal de saúde, mas claro que mais se recomenda.

Será ainda demasiadamente representativa a nossa democracia? Decerto.

E deverá ser menos? Creio que sim, mas tenho algumas dúvidas. A mim já me bastava que os gestores políticos fossem Bons e não têm sido tanto. Temos de exigir maior responsabilidade ética aos nossos representantes políticos.

Será necessário reformar o sistema político? Claro.

E apostaremos mais em democracias plurais e radicais, em socialismos de mercado, ou em anarquismos pacifistas?… Que dê para todos, e bem, é o que se deseja.

Mas como? Teremos artistas que dê para tanto? Sem dúvida. Mas é preciso calma, entreajuda e esperança na Vida. Precisamos aprender a conversar, em vez de discutir.

Apressemo-nos devagar.

Luis Santos

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