A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sobre a necessária reforma do Sistema Financeiro Mundial

Um pouco por todo o mundo, a Banca globalizada e imensamente mal gerida dos últimos anos vai entrando e dificuldades. No Reino Unido são já dois os bancos de expressão nacional que faliram e que foram nacionalizados. Nos EUA, é o que se vê... Dois dos quatro maiores bancos de investimentos faliram, uma das maiores seguradoras do mundo, a AIG, foi salva In extremis pela injeção de milhões de dólares dos contribuintes americanos e uma serie de pequenos bancos já fecharam as portas, sem que tivesse havido de tal grande eco no resto do mundo.

O método que os Governos estão a recorrer para "apagar estes fogos" (palavras do presidente do FMI) tem consistido em comprar dividas incobráveis e na injeção de capital, quer nacionalizando pura e simplesmente (variante britânica), quer tomando parte do controlo acionista da instituição intervencionada. A prazo, a intenção - em ambas as variantes - é re-privatizar estas instituições, colocando-as à venda e entregando-as a investidores privados por um preço que naturalmente será muito baixo... Richard Branson, o dono da Virgen já se ofereceu para comprar ao Estado o nacionalizado Northern Rock e outros se lhe seguirão, um pouco por todo o mundo... A prazo, o que vai acontecer é que os gestores financeiros que nos arrastaram a todos para a beira deste colapso económico mundial se vão safar incólumes, gozando as suas reformas aos 45 anos em ilhas das Caraíbas, salvos na hora derradeira pelo dinheiro dos contribuintes que exploram e a quem pagam salários cada vez mais baixos, e os "investidores" e multimilionários remanescentes vão ficar ainda mais multimilionários ao comprarem ao Estado bancos e seguradoras a preços de saldo. O que mudara então num sistema financeiro globalmente doente e disfuncional? Rigorosamente nada, alem do destino dado aos nossos impostos que vai salvar da falência empresas financeiras doentes e mal geridas e desviar recursos do combate ao Aquecimento Global, na descoberta de novas fontes de energia, do combate a pandemias e, sobretudo, da luta pela erradicação da Fome e da Miséria no mundo.

Mas então, se existem argumentos morais para obstar a este "safamento massivo da Banca", então o que se devia fazer para responder e obstar a esta crise financeira global? Não há respostas 100 por cento certas. Mas seria economicamente muito mais saudável, a longo prazo, deixar morrer todas as instituições financeiras que acumularam grosseiros erros de gestão desde 2000 (pelo menos) e sanar assim um sistema financeiro global doente. Os bancos e seguradoras que não se dedicaram a brincar aos casinos sobreviveriam, e os demais abririam falência e fechavam as portas. Exatamente como sucede com qualquer empresa do ramo de serviços, industrial ou agrícola. O desemprego assim criado, e os depositários afetados receberiam compensações parciais no primeiro caso, e totais no segundo, pela quebra de rendimentos e este destino dos bens dos contribuintes seria muito mais eticamente e economicamente correto (porque favoreceria o consumo e deixaria morrer empresas mortas).

E que lições devemos tirar de toda esta turbulência? Talvez os Mercados não sejam tão importantes como os seus investidores e especuladores gostariam de fazer crer... Comprar ações e obrigações, não corresponde a gerar riqueza ou Emprego e o seu mundo virtual apenas pode criar riqueza virtual que se esfuma em poucos minutos, como se viu. O setor produtivo, industrial e agrícola, deve prevalecer sobre o de serviços, e sobretudo sobre o financeiro. E acima de tudo, toda a Economia, todos os seus mais diversos agentes devem compreender que a Globalização, a concentração de Bancos e Seguradoras num grupo cada vez menor de mega-instituições revela agora as suas fragilidades... Se uma Seguradora com a dimensão tentacular da AIG falir, toda a economia mundial se ressente. Ao invés, se houvesse a multiplicidade diversa, enriquecedora e dinâmica de uma rede de bancos locais ou regionais o sistema financeiro seria muito mais resiliente e flexível e esta deve ser a nossa lição principal: as economias locais são muito mais resistentes a crises mundiais, porque como recolhem e dividem a sua riqueza localmente, e só secundariamente comunicam entre si, resistindo e travando a propagação de crises mundiais, contendo localmente recessões locais e mantendo prosperas as regiões vizinhas que só sucedaneamente usam as suas exportações.

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