"Só a Natureza é divina, e ela não é divina...
Se falo dela como de um ente
É que para falar dela preciso usar da linguagem dos homens
Que dá personalidade às cousas,
E impõe nome às cousas.
Mas as cousas não têm nome nem personalidade:
Existem, e o céu é grande a terra larga,
E o nosso coração do tamanho de um punho fechado...
Bendito seja eu por tudo quanto sei.
Gozo tudo isso como quem sabe que há o sol."
Alberto Caeiro
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
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sábado, 4 de outubro de 2008
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9 comentários:
"Me deram um nome e me alienaram de mim."
Clarice Lispector
Acho o contrário: nomear é trazer à luz, desvelar... Eis a tarefa dos poetas!
Abraço MIL
Renato, a meu ver, o nome traz à luz a respectiva realidade quando se não restringe esta a esse nome, quando se continua a ver a realidade e não apenas o nome.
Abraço.
(além de que para iluminar a alma através do sentimento nascido dos sentidos do corpo não é necessário o nome...)
O ponto é que o "nome" acrescenta (realidade), não (a) diminui... Tal como (quase) tudo o que o ser humano faz...
O "nome", a Humanidade, não é o Mal... Nem a Natureza é, por si só, o Bem...
O nome, por si, não faz nada. Cada pessoa ao usá-lo é que pode libertar ou aprisionar o que vê, que no fundo, antes de mais, usa-o quanto a si mesma, pois a realidade existe independentemente de como ela a vê.
A Natureza sustenta a Humanidade, isso não a faz boa nem má, ela está para lá de qualquer dualismo, pois é ela que os cria a Todos, não há divisão possível entre ambos: a Natureza contém o Homem (o corpo do Homem é Natureza... a mente também, filha...).
(filha que por enquanto se mantém afastada da mãe... e só por isso se confunde como sendo diferente)
O nome é natureza.
Sim, pois não há ele sem ela. :)
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