Entro em casa, nesse espaço exíguo, que às vezes se torna num labirinto, onde nem o carteiro consegue chegar, porque essa estrutura, composta por vários caminhos, inicia numa das travessas que atravessam uma das ruas que desaguam em minha casa.
E assim se extraviam cartas com carácter urgente e características específicas que ficam por especificar, numa espécie de espectáculo, em que sou actriz e espectadora, mas onde não tenho bilhete para entrar, nem estou preparada para actuar.
E assim se extraviam cartas com carácter urgente e características específicas que ficam por especificar, numa espécie de espectáculo, em que sou actriz e espectadora, mas onde não tenho bilhete para entrar, nem estou preparada para actuar.
Apesar dos extravios e destes equilíbrios desequilibrados, chego sempre ao meu destino, a esse espaço, que é outro labirinto formado por cerejeiras carregadas de suculentas maçãs brancas, que me lembram a sensação das tuas mãos, que me alimentam e arrepiam numa saciável e perfeita insaciedade desse outro labirinto que és tu.
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