Analisar a vida implica estar fora dela, mas eu só existo nela, sendo-a, por isso, para analisá-la teria de morrer, e morrendo deixaria de haver o que analisar. Imitá-la, é só o que me é concedido fazer: escrevê-la, aqui.
Querer ter como fim o que nasce apenas como meio é a tola esperança de qualquer ser humano...
De que me vale ter como fim o que está condenado ao fim? O mero meio - o trabalho, o dinheiro, o saber, a vitória efé-mera.
Só me faz sentido querer ter como fim o que não tem em si o fim: o meio que é o próprio fim sem fim, o tempo que é eterno, o lugar que é infinito, o ser que É.
Quem vive pelo amor não tem por que se decepcionar, visto a fonte da sua vida ser a única constante independente que há: a rendição ao Amor. Nascer é render-se a existir, pois sem rendição não é possível deixar de ser o que se É para se estar a ser... o que se é, porque só se rendendo efectivamente se é.
Neste mundo actual, a mulher apenas se iguala perfeitamente ao homem ao ser diferente, repetindo-se o mesmo para os outros fenómenos, como por exemplo relativamente aos momentos, este preciso momento é sucedido por outro que a este se encadeie como igual, estando implicado que seja diferente. O caminhar da Terra até ao seu centro leva a que mesmo o diferente se apresente como igual...
A mulher espelhará então inteiramente o homem (e/ou o seu inverso), e só assim a igualdade se pode dar na vida... pois o outro modo de igualdade implicaria sobreposição num só ser-corpo, e disso já Adão o soube quão aborrecido é.
(Foto do Google: "Campos de Trigo com Corvos", Vincent Van Gogh)
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
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5 comentários:
"Todo o objecto amado é o centro de um Paraíso."
Novalis
Gostei deste estilo mais contido, conciso e sóbrio. Destaco:
"Querer ter como fim o que nasce apenas como meio é a tola esperança de qualquer ser humano..."
Pensamento fundamental cuja meditação não pode deixar de ter enormes consequências.
A serpente vai se contorcendo até que o caminho do meio que ela sabe que é Único regresse ao que é...
;)**
(emplumando-se: Ave!)
Oshh lá se foi o sóbrio e contido. :)
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