A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Sonata de Outono, ou Um Setembro Interessante

O mapa não pode ser o território, e por isso não está aqui tudo nem podia estar. Não há dúvida de que vivemos, aqui, um Setembro interessante. Não há dúvida de que muito ficou por fazer. Excluí - com a arbitrariedade da prudência - os textos literários, as citações de terceiros, os textos propriamente "politico-sociais" (na sua acepção corrente).

O que fica são fragmentos de um ensino desconhecido, ou talvez bagatelas para um massacre. O que fica são pedacinhos de um blog e de um mês da realmente única grande discussão que permanentemente nos envolveu.

Ficando a discussão, ou um afloramento dela, não fica o que lhe está subjacente: nem o que foi revelado em comentários, nem o que - e aqui respeito as decisões da direcção do blog - o que foi também revelado em posts que vieram a ser apagados: todas as coisas têm a sua face nocturna.

Não fica, também, o juízo ou a avaliação dos resultados, ou dos caminhos andados. Aí cada um sabe de si, e os juízos são normalmente a máscara do julgador.

Resta o que deveria ser a habitual explicação da falsa modéstia. Que fazem aqui, também, as coisas várias que aqui deixei? De certa forma, o Paulo Feitais também por mim responde: há esta coisa de ser eu. De certa forma também, porque me dirijo aos que têm mais apurados ouvidos - e falo, sempre que posso, no lugar de quem não pode falar: há esta coisa de saber do outro.

"E não acredito que se possam transformar as mentalidades se não houver liberdade para levantar questões que incomodem, eventualmente, a sensibilidade e as convicções ético-espirituais dos nossos leitores"

João Read Beato, Blog NA, Segunda Feira 29 de Setembro de 2008, 14:13

"Aprendi muito ao ler os vossos comentários e fico-vos imensamente grato por isso. Mas também algo céptico, relativamente à possibilidade de se cumprir verdadeiramente a Declaração de Princípios e Objectivos do MIL: vejo em vocês muita coisa, menos aspiração à compreensão de ideias novas e diferentes e ao bem universal..."

Paulo Borges, Blog NA, Domingo 7 de Setembro de 2008, 14:51

"Se te incomoda ouvir falar da elevação no império posso antes mostrar-te o jardim, e o constrangimento que o jardineiro impõe às ervas."

Casimiro Ceivães, Blog NA, Domingo 7 de Setembro de 2008, 22:46

"1. Quanto propus como tema para o primeiro número da Revista a ideia de Pátria, já pressentia que era em torno deste conceito que muita coisa se iria jogar, até na adesão ou na rejeição do nosso Manifesto (e no que veio a ser o MIL)."

Renato Epifânio, Blog NA, Sexta Feira 12 de Setembro de 2008, 23:54

"Ditadura, sim. Um Império se erga acima do formigueiro de corruptas urbes, das vias rápidas sem destino, das pontes quebradas pelo lixo, das muitas casas, queimadas e escuras, das muitas gentes, robóticas e sem fala. Erga-se, defenda-se, alastre-se, um fogo do espírito, uma lei acima das leis, um costume acima dos costumes, uma justiça acima das justiças, uma assembleia universal igual para todos, iguais no assento da palavra. «Nada farei, ó César, para te agradar, / Nem me interessa se és branco ou preto.»*. O mesmo direi de cada um de vós. Que comeis. Onde, quando. A que deus ou deuses rezais. Ou a nenhum. Que fazeis na cama. Com quem. Que fazeis na casa. Como vestis. Com que entretenimentos ocupais o tempo vosso"

Klatuu Niktos, Blog NA, Domingo 7 de Setembro de 2008, 02:48

"É apenas à luz do patriotismo trans-patriótico e universalista, como projecto fundamentalmente ético-espiritual e só a partir daí cultural, cívico e social, que considero fazer sentido a existência do MIL. (...) Digo e publico isto, no momento em que se prepara uma refundação do MIL, porque tenho hoje fortes suspeitas de que muitos ou a maior parte dos que aderiram a este movimento e nele têm responsabilidades não tenham percebido toda a dimensão do que nele é proposto. A começar por mim próprio."

Paulo Borges, Blog NA, Sábado 6 de Setembro de 2008, 14:37

"A riqueza cromática e o dinamismo resultante de uma forma de união política, cultural e económica entre Portugal e a Galiza, por exemplo, bastaria para contrabalançar o peso escasso de Portugal numa futura e eventual re-união com o Brasil e afirmar assim o peso e a influência do "pilar europeu" de uma União Lusófona que é, afinal, um dos maiores objetivos (na minha leitura) do MIL"

Clavis, Blog NA, Quarta Feira 10 de Setembro de 2008, 12:58

"Para ir directo ao assunto, se Portugal não é Menino-Jesus-das-Nações não vejo que possa haver um MIL Menino-Jesus-das-ideias; não há, neles, uma essência destinada à progressiva revelação (a neófitos ou a inspiradores); não há, com eles, pré-determinação de pontos de chegada ou, sequer, de etapas de jornada.Definimo-nos em fraternidade, na barca e na estalagem comum da lusofonia – o resto serão coisas de caminhar. Sabemos que andamos em busca, e isso não nos diz onde vamos esta noite dormir: a barbárie indo-europeia deu-nos, entre outras maravilhas, a possibilidade de pensar a vida como uma aventura, e a aventura como uma possibilidade de redenção. Como na história grande do Graal, não estamos frente a uma porta fechada: antes temos na mão uma chave e é o pórtico o que nos falta, antes temos respostas soltas, com que buscamos a grande Pergunta-a-haver."

Casimiro Ceivães, Blog NA, Sábado 6 de Setembro de 2008, 21:07

"Mesmo quem fez a apologia do conceito de Império (como o Casimiro Ceivães), o que poderia despertar algumas suspeitas, fê-lo num sentido não nacionalista-passadista (a ponto de ter sido elogiado pelo Paulo Borges). E também por mim, já agora."

Renato Epifânio, Blog NA, Domingo 7 de Setembro de 2008, 15:46

"A área da lusofonia não é a lusofonia, é o mundo."

Klatuu Niktos, Segunda Feira 1 de Setembro de 2008, 13:44

"Na batalha e no mar, não temos outro escudo e outra espada, que não a fidelidade aos amigos e o amor à pátria."

Jesus Carlos, Blog NA, Terça Feira 2 de Setembro de 2008, 12:08

"Aí, sim, a verdadeira elevação. O mundo não precisa de profetas que se esganiçam a apontar defeitos nos outros, a propagandear a sua razão e o seu mérito. Nós não precisamos de meninos a fazer de conta. Precisamos de nos ver bem lá no fundo, bem lá dentro de nós, onde precisamos de moldar um rosto conversável e nutrir uma alma que seja capaz de se elevar"

Paulo Feitais, Blog NA, Segunda Feira 15 de Setembro de 2008, 08:04

"Alguém me compreenderá se eu disser que esta noite a minha pátria é New Orleans."

Casimiro Ceivães, Blog NA, Segunda feira 1 de Setembro de 2008, 01:37

"Mas é verdade que o Mestre Agostinho nos diz para sermos contagiosos. Mas eu tenho muita dificuldade em defender isto, porque não quero que ninguém se contagie com o eu ser eu. É uma doença tramada. Assim que me levanto de manhã, vejo-me ao espelho e, caramba!, sou eu!"

Paulo Feitais, Blog NA, Sábado 6 de Setembro de 2008, 21:49

"3. O que a Direcção da NOVA ÁGUIA pretende deste Blogue é o que está escrito na passagem que citou: que ele seja um “espaço de reflexão sobre as Raízes e os Horizontes, os Fundamentos e os Firmamentos, da Cultura Lusófona”.

Renato Epifânio, Blog NA, Segunda Feira 29 de Setembro de 2008, 23:19


"Cala-te!, explicou ele"

Personagem de Robert A. Heinlein, a quem dedico este post.

9 comentários:

Renato Epifânio disse...

Caro Casimiro

Haveria muito, mas mesmo muito, a dizer, mas, de facto, por agora, o melhor é ficar calado...

Abraço MIL

Clarissa disse...

Caro casimiro, entre os que guardam e aguardam... os que falam no silêncio... os que rompem o silêncio...há os que estragam o silêncio! Mas como disse um amigo nosso, «é a vocês que deixo sós».
Um grande abraço
de quem tabém guarda e aguarda.

Clarissa disse...

Casimiro, esse personagem é do «Estranho numa terra estranha» ?
Beijinho :)

Casimiro Ceivães disse...

Caro Renato

vamos a Outubro.

Abraço

Renato Epifânio disse...

A Outubro! A um Outubro menos vermelho...

Casimiro Ceivães disse...

Clarissa,

Imagina que estou cada vez mais hesitante. Do "Estranho" julgo que não é"; e agora tenho a dúvida se não será uma frase do Robert Anton Wilson - a verdade é que quando eu era mais garoto achava que eram dois heterónimos...

Leste o "Time enough for love" ("Historia do Futuro" na edição portuguesa) ?

Daí - e agora sem dúvida nenhuma - o curioso:

"Não tentes ensinar o porco a dançar. Perdes tempo e aborreces o porco".

Um abraço

Casimiro Ceivães disse...

Renato!!!!

Pressinto uma alma czarista.

Estou chocado.

Abraço

Clarissa disse...

Casimiro, não li, mas desta vez sou eu que te vou «roubar» esta delicia: "Não tentes ensinar o porco a dançar. Perdes tempo e aborreces o porco".
De qualquer forma fico grata por me teres feito lembrar o «Estranho», uma leitura aconselhada por um namorico de Verão aos 16 :)
Do Outubro, já para aí aparecem as primeiras iluminações de Natal, acho que vamos mesmo entrar no período vermelho,mas o da moda natalícia :)

Beijo

Renato Epifânio disse...

QUE VIVAS TEMPOS INTERESSANTES/MAY YOU LIVE IN INTERESTING TIMES!

Ab MIL