A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Dia da Mãe, 1983

















Maria Keil

O que sou é a mãe, o que sei é meu filho

O Homem só existe verdadeiramente por se saber Homem, porém, quando chega a adulto, tende a inverter-se: em vez de ser o que se sabe Homem, passa a ser o saber que tem de si, esquece-se que é o ser que é o saber, não é o saber que é o ser. O saber toma o lugar do ser, o filho toma o lugar da Mãe.

Eu sou o que sei, mas o que sei, por si, não me é. Ser é a Mãe, que está sempre presente, saber é o filho, que nasce constantemente, e que logo deixa de ser a Mãe assim que o faz. O ser humano apega-se ao filho como se ele continuasse a ser a Mãe, mas ele separa-se dela logo que aparece. A separação entre eles não indica que o filho não fosse verdadeiro, é apenas uma inevitabilidade, tendo em conta a natureza da sua relação.

O cérebro representa o embrião do nosso ser, dele nascem os nossos filhos-conhecimentos, somo-los todos, mas como todos eles estão condicionados ao tempo, nenhum deles preenche o nosso ser inteiro, eterno. O filho que nos poderá preencher todo o ser terá de nascer da síntese de todos eles, de unir tudo, de nascer do sentimento de fusão do amor infinito, do saber que se sabe sem ser preciso saber, porque deixou de ser apenas um saber temporário do ser, tornou-se no próprio ser, na Mãe. O verdadeiro saber que a Mãe-Ser pode ter de si é dado pelo filho de Corpo Real, nascido do seu Cérebro Real: o Útero.

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