A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 3 de agosto de 2008

PARA QUANDO WALT VOLTAR...

(Aspectos do mesmo enrelvamento)

"Você, leitor que pulsa
de vida e orgulho e amor,
assim como eu:
Para você, por isso,
os cantos que aqui seguem!"
(Walt Whitman)


I

Para quando Walt voltar
brindarei a palavra com um bouquet de esperança;
copularei as folhas de relva com suaves alternâncias
e o insosso da cara conservar-se-á algemado
por longos tempos...

Para quando Walt voltar
engravidarei o amor com a libido das manhãs;
as madrugadas gozarão de já e para sempre
do direito de humilhar os fuzis
e a fartura da língua raptará o estômago
pondo fim à cerebral pobreza da vida...

Ai!...
Expurgarei a não-esperança,
vigiarei o ponto-remorso,
desviarei a vil-tormenta;
vergarei o mal-querer!
...................

II

Para quando Walt voltar
é certo que o homem não será o idólatra das partidas,
a dor entornará o estrume dos sacrifícios;
o amor iludirá o cansaço
e o beijo manter-se-á inconfundível
e não voltará (jamais!) a duvidar do orvalho...

Para quando Walt voltar
é certo que a terra não fertilizará
a incerteza das ilusões;
a guerra não fomentará o gás lacrimogêneo das revoltas,
o poeta confundirá o pavor
e a justiça dar-se-á impenetrável
e represará o combustível das lágrimas...

Ai!...
O olhar embaraçará o silêncio,
o trigo abraçará o aço;
o óbito nutrir-se-á de vento
e o artífice santificará o estilhaço!
...................

III

Para quando Walt voltar
calcinarei o coração com um buffet de poemas;
multiplicarei os tapumes da fome
com indecifráveis teoremas
e o ardume do sol conservar-se-á humanizado
por toda a vida...

Para quando Walt voltar
atropelarei a gramática e versejarei com perfeição;
todas as fases da lua falarão de amizade
e a brochura do homem erguerá a leitura
assentando de vez a ternura do grão...

Ai!...
Não serei um escritor difícil,
não julgarei que a solidão é fácil;
abrirei as cortinas
e não deixar-me-ei tombar
pela fomedez
das entrelinhas!


©Benny Franklin
Belém/Pará/Brasil

3 comentários:

Klatuu o embuçado disse...

Bela estreia, caro Amigo, bela homenagem e belo poema o seu! Também sou grande admirador, um poeta raro e um grande homem, que teve de enfrentar muito preconceito e estupidez.

Bem-vindo a esta Casa comum.
Abraço.

Ana Beatriz Frusca disse...

Não conhecia o poeta...gostei imenso do poema!
Sê bem-vindo!

Abraço.

Anónimo disse...

Benny meu querido amigo,
seja bem vindo a esta maravilhosa comunidade lusófona.
Este poema é magnífico!

Flores @>--