A solidão amazônica é úmida
Molha-nos o corpo de suor
Molha-nos o corpo de chuva
É tão verde a solidão da mata
É tão cinza a dor do céu chuvoso
É tão profundo o segredo guardado
No leito do rio
A solidão amazônica anda descalça
Pisa areia quente e encontra as águas mornas
Do rio, do amor ou de si mesma
Entre aguapés se esconde a dor do amor
Na imagem de uma vitória-régia
No topo da sumaúma talvez
No canto do uirapuru
A solidão amazônica desliza triste
Feito barco de pescador
Feito carícias lânguidas depois do amor
No meio da mata cerrada
Brota a semente encantada
Dos sonhos ribeirinhos
A ornar a madrugada
A solidão amazônica descansa
No olhar do boto-cor-rosa
Sobre um rio de águas caudalosas.
Adriana Costa
Versos Bárbaros
ad_scosta@yahoo.com
P.S.: Sinto-me muito bem vinda ao blogue, obrigada aos diretores e a Klatuu pelo convite! Abraços a todos!
Versos Bárbaros
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P.S.: Sinto-me muito bem vinda ao blogue, obrigada aos diretores e a Klatuu pelo convite! Abraços a todos!
4 comentários:
Não tem de quê, Amiga, este é apenas um átrio de uma Casa Comum, e nós, e eu pessoalmente, é que expressamos a nossa gratidão por poema tão belo, evocativo dos mundos de maravilha que as terras do Brasil guardam.
um poema amazónico, com muita beleza, um poema d'Água, muita água
queremos mais poemas!
um abraço
jorge vicente
(:
Klatuu, Jorge Vicente e Alvorecer,
Agradeço tão motivadores comentários!
Abraços @>--
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