A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sábado, 26 de julho de 2008

Brasília


Brasília minha

Minha resistência
Vem de teus prédios sem cor
e a doçura
dos teus espelhos d'água

Egito dos sonhos
Monumental e miserável

Brasília minha

Cidade fantasma nos fins-de-semana
Nosso amor por ti é interesseiro
Quer tuas riquezas
Sugar tua força
Esforço sem suor

Cidade quase muda
Cidade solitária
Quem te ama?
Quem tolera a tua meninice?
Quem repara na brancura impura
de teus objetos sagrados?

Sou você, Brasília
Na alegria bêbada de teus bares
Na arrogância de tua intelectualidade

Cidade única
Mulher mal-amada
Que esconde sua dor
em uma entrequadra

Abandonada feito uma puta
na Rodoviária

Incompreendida
Suas luzes ofuscam a noite

Discreta
Sem cor
Agressiva sem dar alarde

Cimento e poesia
Matéria-prima do brasiliense

Brasília
Seu pôr-do-sol é incomparável
Mas já vi manhãs mais felizes
em outros paralelos

Adriana Costa
Versos Bárbaros
ad_scosta@yahoo.com

4 comentários:

Klatuu o embuçado disse...

Uma bela homenagem a vossa Capital política - tenho fascínio por cidade planeada em projecto; as cidades do futuro serão a resposta a utopias -; gosto do teu patriotismo, é saudável, sóbrio, lavado, forte.

Ana Margarida Esteves disse...

Há muito boa gente que diz que já tinhamos conhecimento da existência do Brasil muito antes de este ter sido oficialmente "descoberto". Quem sabe se a razão pela qual se calaram foi por terem encontrado um elemento com o qual aqui comungo com tanta intensidade? Elemento este que, ao nos opormos a ele, se torna hostil, e que, se o abraçarmos, nos crucifica.

O Brasil é uma grande cruz, madeira de lei, na qual se crucificam todos os limites, todas as ilusões, todas as identidades estanques. Crucificação esta que continua, dia a dia, até que se desfaçam todas as ilusões de separação entre povos e indivíduos.

Do centro dessa cruz, enterrado na terra vermelha sanguínea do Cerrado, não se ergue um coração, muito menos um coroado de espinhos, nem uma rosa. Ergue-se sim uma ave de grandes asas abertas em pleno voo. Está longe do mar, por isso não creio que seja uma gaivota. Está longe também da Amazónia, por isso não creio que seja uma arara ou tucano. Será uma pomba ou uma ave de rapina?

Essa ave é Brasília.

andorinha disse...

Gostei imenso do poema.
Das interrogações, também...da adjectivação, em suma...gostei de Brasília.

Ruela disse...

Parabéns pela homenagem ;)