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2 comentários:
Toda a nossa sociedade anda a ficar adormecida, alienada e as televisões têm dado um enorme contributo para isso.
Para além do que mencionaste, a programação de qualidade foi varrida quase por completo dos 4 canais em sinal aberto, a única excepção é a TV2, mas essa está sempre marginalizada.
Há quanto tempo não vemos um programa sobre arte? Sobre filosofia (estou a lembrar-me de um em que participava Agostinho da Silva)? Sobre ciência (Cosmos de Carl Sagan, A Odisseia Submarina de Jacques Cousteau).
A cultura está a ser banida da sociedade e a ser substituída pelas pseudo-culturas do futebol e das telenovelas. Não sou contra o futebol, sou contra o exagero que se atingiu, da mesma forma que telenovelas de qualidade também as houve em especial as baseadas nas obras de Jorge Amado (Gabriela, Tieta do Agreste, o Bem Amado).
A dita caixa que revolucionou o mundo, para além de entibiar o espectador,
Molda mentes e opiniões.
Como se pode ver, consoante quem tem destaque nesta- merecido ou obtido por interesses- tira muitas vezes partido mostrando só o que lhes interessa.
E como é sempre mais comodista esperar que alguém- que pensamos que seja na TV- ninguém procura aprofundar mais os assuntos de interesse global. Confiando nos condicionamentos que nos são impostos sem nós mesmos termos conta.
A RTP2 é a única dos 4 canais livres que podemos lhe dar credito pelo espaço educativo e cultural que esta transmite.
Mesmo a nível de telejornal do grupo da RTP ainda é a mais imparcial, tento também a vantagem de expressarmos a nossa opinião.
Mas também existe um outro factor a lembrar:
O Povo!
Povo este que também não procura.
Povo este que tem um foco de atenção muito reduzido.
Foca as novelas.
Foca o Futebol.
Foca as vidas cor-de-rosa.
Foca tudo para o exterior, pois não olham para si...
A televisão é um óptimo instrumento muito mal usado.
Actualmente usado para fazer dinheiro.
E não é pouco os € que movimenta.
Achamos atitudes poucos louváveis de certos governos restringirem o acesso e uso da Internet à sua população.
Mas será que não se passa o mesmo em Portugal perante a cultura e o direito de saber?
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